A distimia é um estado depressivo crônico que costuma aparecer já na adolescência ou mesmo na infância. O início da distimia pode ocorrer na infância caracterizando-a por uma fase anormal. O próprio paciente descreve-se como uma criança diferente, brigona, mal humorada e sempre rejeitada pelos coleginhas. Nessa fase a incidência se dá igualmente em ambos os sexos. A distimia é sub-dividida em precoce e tardia, precoce quando iniciada antes dos 21 anos de idade e tardia após isso.
Ela age gradualmente e o próprio psquiatra pode ter dificuldade pra diagnosticar, e muitas vezes diagnostica depois do problema instalado. Quando a distimia é identificada pelo paciente, este costuma encará-la como algo normal, que faz parte de sua personalidade e não busca ajuda profissional. Por isso é provavél que a distimia tende a permanecer de forma indefinida nos pacientes quando não tratada.
Uma das diferenças entre a distimia e a depressão, é que esta vem em fases mais ou menos fortes e bem delimitadas. Assim como na depressão, na distimia também há alteração do apetite, do sono e menos freqüentemente da psicomotricidade.
O fato de uma pessoa ter distimia não impede que ela desenvolva depressão: nesses casos denominamos a ocorrência de depressão dupla e quando acontece o paciente procura muitas vezes pela primeira vez o psiquiatra. Como a distimia não é suficiente para impedir o rendimento, apenas prejudicando-o, as pessoas não costumam ir ao médico, mas quando não conseguem fazer mais nada direito, vão ao médico e descobrem que têm distimia também.
Estudos mostram que o sentimento de inadequação e desconforto é muito comum, a generalizada perda de prazer ou interesse também, e o isolamento social manifestado por querer ficar só em casa, sem receber visitas ou atender ao telefone nas fases piores são constantes. Esses pacientes reconhecem sua inconveniência quanto à rejeição social, mas não conseguem controlar. Geralmente os parentes exigem dos pacientes uma mudança positiva, mas isso não é possível para quem está deprimido, não pelas próprias forças. A irritabilidade com tudo e impaciência são sintomas freqüentes e incomodam ao próprio paciente. A capacidade produtiva fica prejudicada bem como a agilidade mental.
Fonte: Bula Na Bula
Um comentário:
Parabéns pela iniciativa. No meu ponto de vista como psicólogo , faltou indicação para a psicoterapia, não a psicanálise , pois piora a situação do paciente, e até já aconteceu processos nos USA. Guilherme Falcão psicólogo e pastor.
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