sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amor exilado


Por Fernando Savaglia

Descrita pelo psiquiatra a Síndrome da Alienação Parental é um dos mais nocivos processos que uma criança pode sofrer Richard Gardner em 1985, a Síndrome da Alienação Parental é um dos mais nocivos processos que uma criança pode sofrer em seu desenvolvimento psíquico e afetivo

A partir de sua grande experiência clínica com crianças, a psicanalista Françoise Dolto produziu extenso trabalho que traduziu em palavras toda a angústia de um filho atingido pela experiência da separação e a falta de comunicação entre pais em litígio. Em seu famoso livro Quando os pais se separam, a francesa, uma das fundadoras da Escola Freudiana de Paris, explicita, de maneira clara e veemente, os dolorosos malefícios causados pela desqualificação promovida por um dos genitores em relação ao outro na formação psíquica e afetiva da criança.

Em 1985, o psiquiatra norte-americano Richard Gardner descreveu e batizou de Síndrome da Alienação Parental (SAP) o processo pelo qual esta desqualificação é levada aos extremos, buscando alienar totalmente um dos genitores da vida da criança. Segundo o psiquiatra, ao promover uma programação sistemática, o alienador teria como objetivo o afastamento e o desencadeamento de afetos negativos do filho para com o outro genitor.

Nos últimos anos, porém, vários debates que dizem respeito às situações descritas por Gardner vêm brotando, principalmente entre psicoterapeutas e no meio jurídico brasileiro, trazendo à tona os efeitos da SAP. Para muitos alienados, a discussão representa um alento, nesta que pode ser descrita como uma das mais dolorosas experiências afetivas que um ser humano pode experimentar: o impedimento (respaldado pela justiça) de qualquer contato com os filhos.

"Debates que dizem respeito à sap vêm brotando entre psicoterapeutas e no meio jurídico brasileiro"

Infelizmente, os expedientes colocados em prática por alienadores para conseguir seus intentos extrapolam qualquer limite do bom-senso e são lançados em detrimento das comprovadas consequências nocivas para as crianças, como atesta a jornalista Karla Mendes, vítima da alienação. "Meu pai e minha mãe se separaram quando eu tinha 2 anos de idade e cresci ouvindo-a falar coisas horrorosas a respeito dele: que havia nos abandonado e que, inclusive, tentava agredi-la fisicamente. Passei toda a infância e adolescência vivendo uma farsa".

A jornalista explica que só foi retomar o contato com o pai e tomar consciência do processo da alienação quando saiu da casa da mãe, aos 19 anos. "Descobri que todas as histórias que ela havia me contado sobre ele e sua família nunca existiram. É muito doloroso saber que você foi obrigada a odiar uma pessoa e se sentir a filha de um 'monstro'. Eu sofria muito, inclusive por acreditar que herdaria geneticamente coisas dele". Karla explica que durante anos foi torturada terrivelmente pelos seus próprios questionamentos sobre a ausência do pai. "Sentia muita raiva, queria saber o porquê de ter nascido filha de uma pessoa como aquela. Tentava entender o que eu havia feito para ele fazer isso comigo. Era um sentimento muito conflituoso, pois, ao mesmo tempo em que queria um afastamento total, sentia um vazio de não ter um pai de verdade."

PARA SEMPRE

Especialista na questão da SAP, a psicanalista e mediadora forense Tamara Dias Brockhausen explica que a síndrome deixa marcas por toda a vida afetiva do indivíduo. "Atendo casos de crianças em que os pais estão em litígio. Às vezes, elas parecem absolutamente normais, mas por dentro estão devastadas. O saudável na infância é que se conviva com os dois genitores, até para ter dois modelos e duas referências."

A psicóloga Denise Maria Perissini, que há muitos anos também estuda o assunto, aponta ainda outro aspecto prejudicial que observa constantemente no seu consultório. "Percebo que as pessoas que passaram por esse processo na infância não conseguem desenvolver vínculos afetivos duradouros. Isso porque, geralmente, possuem uma tendência a desenvolver uma grande intolerância às frustrações". Estudos indicam que indivíduos que sofreram da Síndrome da Alienação Parental podem ser mais propensos à depressão, suicídio, envolvimento com drogas e violência.

ATENÇÃO GLOBAL

O site internacional PAS Kids (Síndrome da Alienação Parental Infantil, em tradução livre) traz artigos detalhados sobre os tipos de alienadores. O obsessivo, por exemplo, é considerado o mais perigoso, e pode chegar a fantasiar sérias situações, como abuso sexual, agressão física e moral, não se importando com a saúde mental da criança envolvida. Além disso, o site traz uma detalhada lista de comportamentos de risco de um alienador como, por exemplo, o abuso de álcool e atitudes violentas perto da criança. O site também alerta para os sinais vindos da criança, como atraso para voltar do encontro com o genitor, a recusa em querer se encontrar com algum dos pais, entre outros. Visite http://www.paskids.com. Todo conteúdo está em inglês.


Ainda que tenha retomado seu relacionamento com o pai, Karla Mendes revela: "sempre fica um buraco muito grande. Penso naquele sofrimento todo e como tudo poderia ter sido diferente. A sensação de ter sido rejeitada é muito dolorosa. Ainda mais sabendo que, na realidade, isto nunca aconteceu".

No Brasil, assim como na maioria dos países, no caso de uma separação, uma esmagadora maioria de decisões judiciais determina a genitora como a guardiã do filho, o que explica no caso da SAP, a quantidade de casos relatados, nos quais a mãe se transforma no agente alienador. Porém, não são raros os casos de pais, tios, tias, avós ou padrastos, assumindo consciente ou inconscientemente o papel de alienador. "Existe também a reação passiva da alienação.

Alguns familiares percebem as atitudes insensatas do alienador, mas têm medo de interferir, porque temem virar alvo de sua ira", acrescenta Denise Perissini. "A alienação parental é um recurso que o indivíduo utiliza para induzir a criança a mudar a percepção dela em relação ao seu genitor. Porém, podemos dizer que este recurso só atinge o objetivo quando a criança passa a contribuir para agravar a situação e aí sim, se caracteriza a síndrome, que vem acompanhada de um conjunto de sintomas, entre eles as mudanças de afetos e a capacidade de exprimir emoções falsas", ressalta.

As razões que levam alguém a se colocar como alienador são inúmeras, entre elas, inconformismo em relação à separação e/ou pelo sucesso do ex-cônjuge em reconstruir uma nova relação, não concordar com os termos de divisão de bens ou da guarda, ciúmes, vingança ou mesmo sofrer de psicopatologias.

O ALIENADOR

Muitos casos de alienação seguem um padrão recorrente, como observa Denise Perissini. "Na etapa inicial da SAP a criança ainda gosta do genitor alienado e sente vontade de conviver com ele e com sua família, mas já começa a absorver as mensagens pejorativas que o genitor alienante emite". O nível intermediário, de acordo com a observação da psicoterapeuta, seria aquele em que a criança ainda tem um laço afetivo com o genitor, porém ao absorver os sentimentos do outro, acaba desenvolvendo uma ambivalência em relação aos afetos. "Ela começa a evitar o contato com genitor alienado. A criança já não faz questão de ficar com ele e passa a arrumar compromissos para fugir dos encontros".

Na etapa mais avançada e grave, a criança acaba desenvolvendo aversão a ele. Este doloroso processo vem sendo vivenciado pelo professor O.M., que há 18 meses não tem contato com a filha. "Eu e minha mulher nos divorciamos depois de quase duas décadas de casamento. Na época, nossa menina tinha 8 anos de idade. Ao assinar os documentos da separação, fiquei preocupado com uma das cláusulas do acordo que indicava que eu teria direito às visitas somente a cada 15 dias".

De acordo com o relato do professor, sua ex-mulher o tranquilizou garantindo que aquilo era puramente pro forma e que, sabendo de sua ligação com a menina, nunca o impediria de ver a criança a hora que fosse. O.M. acredita, no entanto, que o fato de ter começado um novo relacionamento após a separação, do qual a ex-esposa tomou conhecimento, pode ter influído no que estava por acontecer. "Sempre buscava minha filha na escola e almoçava com ela. Um dia minha ex-mulher pediu que devolvesse as chaves da casa e começou a exigir que eu tocasse a campainha quando fosse lá".

Aos poucos começou a sentir uma mudança no comportamento da filha também. "Uma vez fui passear com ela e minha ex-esposa exigiu que ela estivesse acompanhada da avó materna. Tentei dar a mão para ela, que se agarrou em minha ex-sogra. Pouco tempo depois desse acontecimento minha filha não queria mais sair comigo. As visitas se restringiam ao portão da casa". O professor explica que todas as formas de comunicação com a filha foram ficando cada vez mais difíceis. "Primeiro ela começou a não responder mais minhas perguntas e, depois, eu não conseguia ter nem mais contato telefônico com ela. Um dia, convidei-a para irmos até uma lanchonete e ela disse que não podia.

A partir daí percebi que algo realmente sério estava acontecendo, pois ela não falava mais 'não quero', e sim 'não posso'". Após insistir no seu direito de ter contatos com a criança, O.M. foi surpreendido com uma grave acusação. "Um dia liguei e me avisaram que eu só poderia falar com minha filha ou minha ex-mulher por meio de advogados. Tentei fazer valer pelo menos o que estava escrito no papel da separação, que me dava direito de visitá-la a cada 15 dias. O advogado dela disse que era melhor eu não vê-la porque existia uma acusação de abuso sexual contra mim". Aturdido, O.M. soube que sua ex-mulher fez um boletim de ocorrência dizendo que ele abusava sexualmente da criança desde os 2 anos de idade. "Recebi um documento nãode destituição de poder familiar, visando a me eliminar legalmente como pai da minha filha. Além do boletim de ocorrência, havia uma acusação de abuso na Vara da Família. Fiquei completamente perplexo."

GRITOS NO SILÊNCIO

Não é raro acontecerem em casos de Síndrome de Alienação Parental falsas acusações de agressão física ou mesmo abuso sexual do alienado para com as crianças. A gravidade de tais denúncias, se comprovadas suas falsidades, revelam a que estaria disposto um alienador mesmo sabendo do risco que envolve a saúde mental da criança.

A advogada Sandra Vilela explica que, no Brasil, não existem estatísticas oficiais de quantas acusações de abuso sexual contra crianças são falsas nos casos de litígio familiar, mas revela um fato preocupante: "recentemente o fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, registrou tantas denúncias nesses moldes vinculadas a processos de separação que as autoridades pediram que o Tribunal de Justiça indicasse um psicólogo para dar uma palestra sobre a SAP".

A psicoterapeuta Andréia Calçada, apontada como uma das maiores autoridades do País no que se refere a avaliações de acusações de abuso sexual contra crianças, revela como deveria ser feito o laudo que vai orientar a justiça na ponderação de cada caso: "é preciso avaliar todos os aspectos que cercam o suposto abuso. É importante colhermos dados de como, quando e onde surgiu a acusação, se existe em torno dessa denúncia brigas por guarda, visitação, por bens. É necessário avaliar, também, o histórico do relacionamento do casal e da família, como a criança se inseria dentro deste contexto e como ficou o relacionamento do casal após a separação".

Um erro apontado pela psicóloga é justamente o de não colher estes dados e focar apenas no relato da criança. "Muitas vezes os profissionais que fazem esta avaliação utilizam abordagens muito direcionadas apenas às crianças. São perguntas muito fechadas, às quais a criança acaba respondendo aquilo a que foi induzida a responder". Autora de dois livros sobre o tema, Falsas Acusações de Abuso Sexual O Outro lado da História e Falsas Acusações de Abuso Sexual e a Implantação de Falsas Memórias, a psicóloga destaca um dado importante sobre o colhimento do depoimento de uma criança que está sendo vítima da SAP: "quando existe uma acusação de abuso, o relato da criança sobre o que aconteceu tende a ficar repetitivo. Ao repetir a história para delegado, psicólogo e outros profissionais, começa automaticamente a gerar falsas memórias e ela mesma passa a acreditar naquilo".

A advogada e psicóloga Alexandra Ulmann vem tendo atuação destacada em casos de litígios familiares que envolvem a SAP no Rio de Janeiro. Há algum tempo, conseguiu desacreditar uma avaliação de um psicólogo num suposto caso de abuso sexual de um pai contra seu filho.

O caso citado exemplifica como algumas variáveis - entre elas a sobrecarga que afeta o sistema judiciário brasileiro e o despreparo de alguns dos profissionais envolvidos nas avaliações - podem beneficiar uma das partes em litígio, em detrimento do bem-estar da criança. "Percebi que o laudo falava algo que não batia com a realidade dos sintomas apresentados e, ainda assim, concluía que havia indícios de abuso sexual. A juíza não percebeu a incoerência, pois não tendo tempo hábil para ler o laudo inteiro, só leu a conclusão". Após apontar as contradições do documento, a advogada conseguiu que a juíza reconsiderasse a sentença. "Posteriormente, a própria mãe confessou que chegou até a falsificar um desenho da criança. Já o psicólogo se justificou dizendo que acabou se enganando na hora de imprimir o documento, anexando a descrição de um caso à conclusão de outro."

"A aceitação da existência da SAP é algo que a sociedade brasileira está vivenciando com 20 anos de atraso"

Para a psicanalista Tamara Dias Brockhausen, alguns psicólogos concursados nem sempre reúnem condições técnicas para trabalhar em casos tão delicados: "muitos não têm a especialidade clínica que permite um diferencial, uma firmeza e mais acuidade na avaliação".

Em relação à conduta dos advogados, Alexandra Ulmann observa: "quando alguns alienadores percebem que vão perder a causa, chegam ao extremo de fazer estas acusações de abuso sexual e o instrumento para se fazer isso é o advogado. Portanto, temos de tomar cuidado para sermos um instrumento do bem e não do mal. Temos de ter consciência de que estamos ali não para ganhar a causa, mas para contribuir da melhor forma para solucionar um problema da criança".

De acordo com sua experiência, Andréia Calçada observa que, em muitos casos, nem o fato de muitos alienadores estarem cientes de como isso pode afetar a estrutura psíquica da criança altera sua determinação em sustentar a farsa. "Verdade que alguns não têm consciência das terríveis consequências, mas observo que em muitos casos o desejo de vingança pesa mais do que o bem-estar do filho".

A LEI

A psicanalista Tamara Dias Brockhausen ressalta que a aceitação da existência da Síndrome da Alienação Parental é algo que a sociedade brasileira está vivenciando com 20 anos de atraso em relação a outros países, como os Estados Unidos. "Percebo que mesmo dentro do meio jurídico ainda há discussão se a síndrome existe ou não. Como mediadora, digo que praticamente todos os casos que avaliei tinham alienação. A alienação tem a ver com o litígio. A questão é que isso pode caminhar para algo muito patológico."

Raiz do termo

Alan Richard Gardner foi um professor de psiquiatria clínica na Divisão de Psiquiatria Infantil da Universidade da Columbia de 1963. Foi ele que cunhou o termo Síndrome de Alienação Parental (SAP), em 1985. Publicou mais de 40 livros e 250 artigos. Gardner testemunhou como perito em muitos casos de detenção nos EUA e foi defensor de pais na batalha prisional, especialmente os acusados de abuso infantil. Em um de seus livros, fala sobre as etapas da alienação - leve, moderada, grave - e sobre o impacto destrutivo sofrido por uma criança alienada. Descreve também os três tipos de alienadores: o ingênuo, o ativo e o obcecado.


A psicoterapeuta acredita que a aprovação da lei que regulamenta a guarda compartilhada, em maio de 2008, tende a chamar mais a atenção da sociedade para a SAP. Observa, ainda, que o fato de nas últimas décadas a relação do homem com os filhos ter se estreitado, também vai contribuir para um novo olhar sobre a questão. "Hoje existe muito mais envolvimento, a ponto de surgirem movimentos políticos de pais ativos, que lutam para terem contato com os filhos, para não serem impedidos de vê-los, para que as visitas sejam estendidas e para não serem relegados a simples pais provedores."

Se muitos advogados e psicólogos ainda têm um conhecimento superficial, ou nulo, sobre a SAP, pode-se dizer que o mesmo ocorre com o Poder Judiciário. Sobre isso, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Caetano Lagrasta Neto afirma: "em muitos casos, o Judiciário tem servido como esteio do alienador. Lá, o alienador é amparado na sua doença, na perseguição ao outro e no estragar a vida da criança". Para o desembargador, bastaria uma maior acuidade na apreciação de cada caso para que muitas injustiças fossem evitadas: "o que os juízes precisam fazer é aplicar a Constituição. Existe uma diferença entre se aplicar o princípio constitucional e a lei. O juiz geralmente é extremamente formal e conservador e dificilmente temos decisões que ultrapassem aquilo que a lei determina".

Tamara Brockhausen complementa: "já vi alienações serem desinstaladas imediatamente pelo simples fato de o juiz perceber o jogo do alienador e mostrar que as punições acontecerão em caso de não haver mudanças de comportamento do guardião".

Para o desembargador Lagrasta, o desconhecimento da matéria é um complicador muito grande no trabalho de quem está julgando casos litigiosos que envolvem a guarda de crianças. "Infelizmente, ainda não há um estudo específico sobre o tema; o que existe é um esforço individual no que se refere às informações sobre a SAP. Nos julgamentos que faço, sempre levo em consideração sua existência. Seria muito importante existir uma especialização sobre o tópico."

"Existe uma diferença entre se aplicar o princípio constitucional e a lei. O juiz geralmente é extremamente formal"

O projeto de Lei 4053/2008, do deputado Regis de Oliveira e idealizado pelo Juiz do Trabalho Elizio Luiz Perez, que foi aprovado por unanimidade em Julho deste ano na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, diz respeito especificamente à Síndrome de Alienação Parental e determina que, entre outras medidas referentes ao tema, todo psicólogo designado para avaliações precisa comprovar ser conhecedor da existência da Síndrome. Outro ponto do texto diz respeito especificamente a uma das maiores queixas dos genitores alienados: a impunidade de quem comete a alienação.

De acordo com o projeto, as punições passariam a ser imputadas de forma expressa para o caso da desobediência das ordens judiciais cometidas pelos alienadores. "No texto, tomamos muito cuidado para demonstrar que qualquer atitude que faça que a criança seja afastada de um dos genitores merece ser punida, independentemente se a chamamos de síndrome ou não", explica a advogada Sandra Vilela, uma das redatoras do projeto. "Para mim, esse artigo que declara espécies de punição ao alienador é o mais importante", observa o desembargador, que compartilha com a advogada Sandra Vilela da opinião que, com ou sem lei, a punição pode ser aplicada a qualquer momento pelo juiz, quando percebe uma conduta alienante.

Fonte: amigos do freud

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Obra que representa Hitler no colo de santa católica causa polêmica na Itália


VENEZA – Uma obra de arte que retrata o ditador nazista Adolf Hitler criança com o uniforme militar no colo de uma santa católica, no estilo das pinturas do artista renascentista Rafael, está gerando polêmica na cidade de Verona, no norte da Itália, onde foi exposta.

A pintura é do artista italiano Giuseppe Veneziano e foi apresentada em uma galeria durante o evento ArtVerona, uma feira que apresenta obras de arte modernas e contemporâneas, gerando críticas das comunidades judaica e católica, que as julga como uma provocação e dizem que é um trabalho que só merece “o desinteresse e o silêncio”.

O rabino de Verona, Crescenzo Piattelli, disse ao jornal Corriere del Veneto, que esta “é uma obra blasfematória e ofende profundamente os cristãos, e também os judeus, visto como a imagem de Hitler é retratada”.

O prefeito da cidade, Flavio Tosi, disse, por sua vez, que “naquele quadro não existe nada de artístico e de bonito. Se dependesse de mim, eu mandaria cobrir a pintura”.

“Desta forma o autor conseguiu obter o resultado que ele queria, buscando, de forma provocatória, a divulgação de seu trabalho através da ofensa à religião cristã. Quem organizou a manifestação, a feira de Verona, não deveria ter permitido tal exposição”, declarou Tosi.

O prefeito acredita ainda que a escolha de mostrar a obra “se deve a uma falta de controle preventivo ou a um grande erro” e explicou que “a prefeitura só patrocinou o evento como todos os outros que acontecem no espaço de exposição e não tem nenhuma possibilidade de fazer uma triagem” antes.

Por sua parte, Giuseppe Veneziano explicou que este é um trabalho que nasce da crise religiosa que caracteriza a época atual, defendendo que “destaca o fato de que Hitler também era filho de Deus e que o monstro existe de forma potencial em todos nós”.
Fonte: ANSA/UOL/O Verbo
Pitaco da Meire: Considerando que a ICAR apoiou o ditador nazista Adolf Hitler, e foi uma verdadeira mãe para o nazismo, o quadro deixa de ser ofensa aos cristãos. Que esse quadro funesto deixe a lição de que religião alguma pode apoiar atrocidades como as causadas pelo regime nazista.

Apesar de ter colaborado com o nazismo e de não desistir da canonização de Pio XII – o Papa de Hitler –, o actual pontífice procura atribuir ao ateísmo a vocação totalitária que é a sua. Nem lhe ocorre que o Vaticano é filho de Mussolini, que este déspota tornou o ensino da religião católica obrigatório nas escolas do Estado fascista de Itália, de acordo com a Concordata e a vontade de Pio XI que descreveu Il Duce como «um homem enviado pela Providência», um biltre que usou gás venenoso na Abissínia sob o pretexto de que os seus habitantes persistiam na heresia do monofisismo, um dogma incorrecto da Encarnação condenado pelo Concílio de Calcédon… em 451.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Absurdos e heresias dos livros Apócrifos.


Ensinam Artes Mágicas ou de Feitiçaria como método de exorcismo:

a) Tobias 6:5-9 - “Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto, para que lhes bastassem até chegassem a Ragés, cidade dos Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe que me digas de que remédio servirão estas partes do peixe, que tu me mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração sobre brasas acesas , o seu fumo afugenta toda a casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão".

b) Este ensino que o coração de um peixe tem o poder para expulsar toda espécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre como enfrentar o demônio.

c) Deus jamais iria mandar um anjo seu, ensinar a um servo seu, como usar os métodos da macumba e da bruxaria para expulsar demônios.

d) Satanás não pode ser expelido pelos métodos enganosos da feitiçaria e bruxaria, e de fato ele não tem interesse nenhum em expelir demônios (Mt 12:26).

e) Um dos sinais apostólicos era a expulsão de demônios, e a única coisa que tiveram de usar foi o nome de Jesus (Mc 16:17; At 16:18)

Ensinam que Esmolas e Boas Obras - Limpam os Pecados e Salvam a Alma

a) Tobias 12:8, 9 - “É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna”.

Eclesiástico 3:33 - “A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados”

b) Este é o primeiro ensino de Satanás, o mais terrível, e se encontrar basicamente em todas as seitas heréticas.

c) A Salvação por obras, destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do pecador. Se caridade e boas obras limpam nossos pecados, nós não precisamos do sangue de Cristo. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas quanto o valor exclusivo do sangue como um único meio de remissão e perdão de pecados:

- Hb 9:11, 12, 22 - “Mas Cristo . . . por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção . . . sem derramamento de sangue não há remissão.”

- I Pe 1:18, 19 - “sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo”.

d) Contradiz Bíblia toda. Ela declara que somente pela graça de Deus e o sangue de Cristo o homem pode alcançar justificação e completa redenção:

- Romanos 3:20, 24, 24 e 29 - “Ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei . . . sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. A quem Deus propôs no seu sangue . . . . Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”.

Ensinam o Perdão dos pecados através das orações

a) Eclesiástico 3:4 - “O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias”.

b) O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado, a oração por si só, é uma boa obra que a ninguém pode salvar. Somente a oração de confissão e arrependimento baseadas na fé no sacrifício vicário de Cristo traz o perdão (Pv. 28:13; I Jo 1:9; I Jo 2:1,2)

Ensinam a Oração Pelos Mortos

a) 2 Macabeus 12:43-46 - “e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição, (porque, se ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados “.

b) É neste texto falso, de um livro não canônico, que contradiz toda a Bíblia, que a Igreja Católica Romana baseia sua falsa e herética doutrina do purgatório.

c) Este é novamente um ensino satânico para desviar o homem da redenção exclusiva pelo sangue de Cristo, e não por orações que livram as almas do fogo de algum lugar inventado por homens falhos e pecadores que com tais ensinos negam o claro registro dos ensinos dos apóstolos de Cristo.

d) Após a morte o destino de todos os homens é selado, uns para perdição eterna e outros para a Salvação eterna - não existe meio de mudar o destinos de alguém após a sua morte. Veja Mt. 7:13,13; Lc 16:26

Ensinam a Existência de um Lugar Chamado PURGATÓRIO.

a) Este é o ensino herético e financeiramente conveniente para a Igreja de que o homem, mesmo morrendo perdido, pode ter uma segunda chance de Salvação.

b) Sabedoria 3:1-4 - “As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".

c) A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na última parte deste texto, onde diz: “E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade”.

- Eles ensinam que o tormento em que o justo está, é o purgatório que o purifica para entrar na imortalidade.

- Mas isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo que simplesmente não é claro sobre essa própria doutrina.

d) Leia atentamente as seguinte textos das Escrituras, que mostram a impossibilidade do purgatório : I Jo 1:7; Hb 9:22; Lc 23:40-43; I6: 19-31; I Co 15:55-58; I Ts 4:12-17; Ap 14:13; Ec 12:7; Fp 1:23; Sl 49:7-8; II Tm 2:11-13; At 10:43).

Nos Livros Apócrifos Os Anjos Mentem

a) Tobias 5:15-19 - “E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de tribo és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua geração.

b) Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade, sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus, foram verdadeiros quando lhes foi perguntado a sua identidade. Veja Lc 1:19

Mulher que Jejuava Todos os Dias de Sua Vida

a) Judite 8:5,6 - “e no andar superior de sua casa tinha feito para si um quarto retirado, no qual se conservava recolhida com as suas criadas, e, trazendo um cilício sobre os seus rins, jejuava todos os dias de sua vida, exceto nos sábados, e nas neomênias, das festas da casa de Israel”

b) Este texto legendário tem sido usado por romana relacionado com a canonização dos “santos” de idolatria. Em nenhuma parte da Bíblia jejuar todos os dias da vida é sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites e depois não jejuou mais.

c) O livro de Judite é claramente um produção humana, uma lenda que só pode ter sido inspirada pelo diabo, para escravizar os homens a ensinos errados e antibíblicos.

Ensinam Atitudes Anticristãs, como: Vingança, Crueldade e Egoísmo

a) VINGANÇA - Judite 9:2

b) CRUELDADE e EGOÍSMO - Eclesiástico 12:6

c) Contraria o que a Bíblia diz sobre:
- Vingança (Rm 12:19, 17)
- Crueldade e Egoísmo ( Pv. 25:21,22; Rm 12:20; Jo 6:5; Mt 6:44-48)

A igreja Católica tenta defender a IMACULADA CONCEIÇÃO baseando em uma deturpação dos apócrifos (Sabedoria 8:9,20) - Contradizendo: Lc. 1:30-35; Sl 51:5; Rm 3:23)

Diante de tudo isso perguntamos: Merecem confiança os livros Apócrifos ? A resposta obvia é, NÃO.

O veneno da Língua


Conta-se que certa vez um mercador grego, rico, ofereceu um banquete com comidas especiais. Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a melhor iguaria. O escravo retornou com belo prato. O mercador removeu o pano e assustado disse: -Língua?!! Este é o prato mais delicioso ? O escravo, sem levantar a cabeça, respondeu: - A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua que pedimos água... ...dizemos "mamãe", fazemos amigos, perdoamos. Com a língua reunimos pessoas, dizemos "meu Deus", oramos, cantamos, dizemos "eu te amo"...

O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria de seu escravo, e o mandou de volta ao mercado, desta vez para trazer o pior alimento. O escravo voltou com um lindo prato, coberto por fino tecido. O mercador, ansioso, retirou o pano para conhecer o pior alimento. - Língua, outra vez?!!, disse, espantado. -Sim, língua, respondeu o escravo. É com a língua que condenamos, separamos, provocamos intrigas e ciúmes, blasfemamos. É com ela que expulsamos, isolamos, enganamos nosso irmão, xingamos pai e mãe... Não há nada pior que a língua; não há nada melhor que a língua. Depende do modo que a usamos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

DISTIMIA OU DEPRESSÃO?


A distimia é um estado depressivo crônico que costuma aparecer já na adolescência ou mesmo na infância. O início da distimia pode ocorrer na infância caracterizando-a por uma fase anormal. O próprio paciente descreve-se como uma criança diferente, brigona, mal humorada e sempre rejeitada pelos coleginhas. Nessa fase a incidência se dá igualmente em ambos os sexos. A distimia é sub-dividida em precoce e tardia, precoce quando iniciada antes dos 21 anos de idade e tardia após isso.

Ela age gradualmente e o próprio psquiatra pode ter dificuldade pra diagnosticar, e muitas vezes diagnostica depois do problema instalado. Quando a distimia é identificada pelo paciente, este costuma encará-la como algo normal, que faz parte de sua personalidade e não busca ajuda profissional. Por isso é provavél que a distimia tende a permanecer de forma indefinida nos pacientes quando não tratada.

Uma das diferenças entre a distimia e a depressão, é que esta vem em fases mais ou menos fortes e bem delimitadas. Assim como na depressão, na distimia também há alteração do apetite, do sono e menos freqüentemente da psicomotricidade.

O fato de uma pessoa ter distimia não impede que ela desenvolva depressão: nesses casos denominamos a ocorrência de depressão dupla e quando acontece o paciente procura muitas vezes pela primeira vez o psiquiatra. Como a distimia não é suficiente para impedir o rendimento, apenas prejudicando-o, as pessoas não costumam ir ao médico, mas quando não conseguem fazer mais nada direito, vão ao médico e descobrem que têm distimia também.

Estudos mostram que o sentimento de inadequação e desconforto é muito comum, a generalizada perda de prazer ou interesse também, e o isolamento social manifestado por querer ficar só em casa, sem receber visitas ou atender ao telefone nas fases piores são constantes. Esses pacientes reconhecem sua inconveniência quanto à rejeição social, mas não conseguem controlar. Geralmente os parentes exigem dos pacientes uma mudança positiva, mas isso não é possível para quem está deprimido, não pelas próprias forças. A irritabilidade com tudo e impaciência são sintomas freqüentes e incomodam ao próprio paciente. A capacidade produtiva fica prejudicada bem como a agilidade mental.

domingo, 13 de setembro de 2009

IGREJA ONDE MARADONA É "deus" (com d minúsculo)‏


Por Ciro Zibordi

FUNDADA EM ROSÁRIO, NA ARGENTINA, EM 1998, A IGREJA MARADONIANA JÁ CONTA COM DEZESSEIS MIL SEGUIDORES NO BRASIL.

Tudo começou na madrugada de 30 de outubro daquele ano, quando dois amigos se encontraram: o jornalista Hernan Amez e seu amigo Hector Campomar. Um olhou para o outro e disse: “Feliz Natal!”, numa alusão ao aniversário de Maradona, o maior jogador de futebol argentino — para muitos, o melhor do mundo.

Essa brincadeira escarnecedora evoluiu para uma idéia que a dupla chamou de mágica. Convidaram outro amigo e fanático por Maradona, Alejandro Verón, e juntos resolveram fundar a IGREJA MARADONIANA. Desde então, para esses zombeteiros, o calendário passou a ser dividido em a.M. e d.M., isto é, antes e depois de Maradona. Nesse caso, estamos hoje no ano 49 d.M.

Todos os anos, desde 1998, os seguidores de Maradona festejam o seu Natal, a 30 de outubro, e o que chamam de Páscoa, a 22 de junho, numa referência ao gol que consideram milagroso contra a Inglaterra, na Copa de 1986, quando o jogador driblou vários adversários. No mesmo jogo, o craque argentino fez um gol com a mão e respondeu aos jornalistas, após a partida, cinicamente: “GOL COM A MÃO? FOI A MÃO DE DEUS”.

No lugar onde os maradonianos se reúnem há um ALTAR AO SEU ÍDOLO, ONDE OS SACERDOTES, COM TRAJES SIMILARES AOS DOS PADRES CATÓLICOS, ACENDEM VELAS. ALÉM DISSO, HÁ UMA BOLA “ENSANGUENTADA”, COM UMA COROA DE ESPINHOS.

Numa entrevista ao jornal Lance!, o fundador do movimento afirmou que é possível ser católico e maradoniano, pois um é o deus do coração, e o outro da razão, numa demonstração de que não está brincando quando endeusa o ex-jogador. E concluiu: “Não queremos mudá-lo, o adoramos como ele é”.

ZOMBANDO DO CRISTIANISMO E IDOLATRANDO MARADONA, O MARADONIANISMO JÁ CONTA COM CEM MIL SEGUIDORES PELO MUNDO.

Desse número, como já mencionei, mais de quinze por cento são brasileiros, entre eles alguns famosos, como: Ronaldinho Gaúcho, Deco (que atua pela Seleção de Portugal) e o ex-jogador Careca (grande amigo de Maradona). Este declarou, endeusando o atual técnico da Seleção Argentina: “Ele é mesmo um Deus. É a maneira de o povo retribuir tudo o que ele já fez pela Argentina, e mostrar sua admiração. Sou um desses admiradores também” (Lance!, 4 de setembro de 2009, p.26).

Sei que, para muitos, tudo isso não passa de uma brincadeira. Mas, como diz a Palavra do Senhor, “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).

A Idolatria


“Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são.” 1Sm 12.20,21

A idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua história no AT, cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na família de Jacó (Israel). Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de imagens de deuses estranhos (Gn 35.1-4). O primeiro caso registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu-se com idolatria foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no monte Sinai (Êx 32.1-6). Durante o período dos juízes, o povo de Deus freqüentemente se voltava para os ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de Saul ou de Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por freqüente idolatria em Israel (1Rs 11.1-10). Na história do reino dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os judeus.

O FASCÍNIO DA IDOLATRIA.

Por que a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários fatores implícitos.

1) As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a vários deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras: quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus, no sentido de se manter santo e separado delas.

2) Os deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não requeriam o tipo de obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo, muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto, tendo para isso prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida, atraía muitos em Israel. Deus, por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.

3) Por causa do elemento demoníaco da idolatria (ver a próxima seção), ela, às vezes, oferecia, em bases limitadas, benefícios materiais e físicos temporários. Os deuses da fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua, chuva etc.) prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e os deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas. A promessa de tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir aos ídolos.

A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA.

Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos sua verdadeira natureza.

1) A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de “vaidades” (12.21), e Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1Co 8.4; cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas (e.g., Sl 115.4-8; 135.15-18) e os profetas (e.g. 1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) freqüentemente zombavam dos ídolos.

2) Por trás de toda idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17 nota) quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos deuses com demônios. Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: “as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus” (1Co 10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder de Jesus Cristo é maior do que o dos demônios. Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua (ver 1Jo 5.19 nota; cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20) e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais. Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf. Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).

3) A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11 notas; Ap 9.21 nota). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel (28.8-14), i.e., ela viu um demônio subindo do inferno.

4) O Novo Testamento declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a declaração de Jesus: “Não podeis servir a Deus e a Mamom [as riquezas]” (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a admoestação de Paulo: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1Co 10.21).

DEUS NÃO TOLERARÁ NENHUMA FORMA DE IDOLATRIA.

1) Ele advertia freqüentemente contra ela no Antigo Testamento. (a) Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de Israel (ver Êx 20.3,4 notas). (b) Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões (e.g., Êx 23.13, 24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2Rs 17.35,37,38). (c) Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Êx 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).

2) A história dos israelitas foi, em grande parte, a história da idolatria. Deus muito se irou com o seu povo por não destruir todos os ídolos na Terra Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos deuses. Daí, Deus castigar os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles. (a) O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo. (b) A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2Rs 17.6-18). (c) O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a idolatria se arraigou na nação de Judá (2Rs 21.1-11). Como resultado, Deus disse, através dos profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria continuou (e.g., Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (2Rs 25).

3) O Novo Testamento também adverte todos os crentes contra a idolatria. (a) A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente. Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo, poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo. (b) Daí, o Novo Testamento nos admoestar a não sermos cobiçosos, avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6) e, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatria (1Co 10.14; 1Jo 5.21). Deus reforça suas advertências com a declaração de que aqueles que praticam qualquer forma de idolatria não herdarão o seu reino (1Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15).

Fonte: vivos

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ANÁLISE DO PAPADO À LUZ DA BÍBLIA E DA HISTÓRIA


Por Antônio Pereira da Costa Júnior

“Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado”. (Mt 23.8-12)

A palavra "Papa" significa pai, assim como Padre; até o século V todos os bispos ocidentais foram chamados assim. Aos poucos restringiram esse tratamento aos bispos de Roma, útero que gerou o Papado. Porém a Bíblia diz: "A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus." (Mt 23.9) Segunda a Igreja Católica Papa é o Sumo Pontífice (= ponte). Mas a Bíblia diz: "... Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Porquanto há um só Deus e um só mediador entre deus e os homens, Cristo Jesus, homem." (Ef 5.23; 1Tm 2.5)

UM POUCO DE HISTÓRIA:

A igreja cristã recebeu o nome de Católica no Concilio de Constantinopla, presidido pelo imperador Romano Teodósio com o decreto "Cunctos Populos" no ano de 381. – Apostólica ela não é; Também não sabemos como ela pode ser Universal e Romana ao mesmo tempo.

Ainda não havia "Papa", mas, nos fins do século IV as igrejas viram-se dominadas por cinco "patriarcas", que foram os bispos de Antioquia, Jerusalém, Constantinopla, Alexandria, e Roma sobre a liderança do Cristianismo, mas o concilio de Calcedônia, no ano de 451, interveio concedendo igualdade com o bispo de Constantinopla com o de Roma.

O Catolicismo começou a tomar forma quando no ano 325 o Imperador Romano Constantino, convertido ao Cristianismo, convocou o 1º Concílio das igrejas que foi dirigido por Hósia Córdova com 318 bispos presentes. Constantino construiu a igreja do Salvador e os Papas passaram a ocupar um palácio oferecido por Fausta. – No século XV demoliram a igreja do Salvador para dar lugar à Basílica de São Pedro.

As igrejas que eram livres começaram a perder autonomia com o Papa Inocêncio I, ano 401 que dizendo-se "Governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele."

O Papa Leão I, ano 440, impôs mais respeito prescrevendo "Resistir a sua autoridade seria ir para o inferno" — Este papa aumentou sua influência bajulando o imperador Valentiniano III no ano 445, que cedeu a pretensão dele de exercer autoridade sobre as igrejas até então nas mãos do Estado.

Os historiadores viram nele "O papado emergindo das ruínas do império romano que desintegrava herdando dele o autoritarismo e o latim como língua".

Naquele tempo ninguém supunha que “São Pedro fora Papa” – Ele era casado e não teve ambições temporais. O Papa Nicolau I anos 858-67 foi o primeiro a usar coroa; serviu-se com muito efeito de documentos espúrios surgidos no ano 857 conhecidos como "Pseudas Decretas De Isidoro" - Essas falsas "decretais" eram pretendidas serem de bispos do II e III séculos que "exaltavam o poder dos papas".

Foram invenções corruptas e premeditadas cuja falsidade foi descoberta depois da morte desse Papa – Nicolau havia mentido que esses documentos haviam estado por "séculos na igreja".

As "Pseudas Decretais de Isidoro" selaram a pretensão do Clero Medieval com o sinete da antigüidade e o Papado que era recente tornou-se coisa antiga. Foi o maior embuste da história, os historiadores registraram que esses falsos documentos fortaleceram o Papado. ANTECIPOU EM 5 SÉCULOS o poder temporal deles e serviu de base para as leis canônicas da Igreja Católica Romana! (citado por Halley, Pochet Bible Handbook pág. 685)

O papado que esteve 70 anos em Avinhão na França, voltou a ocupar o Vaticano no ano 1377, trazidos por Gregorio XI; derramaram muito sangue em guerras políticas e religiosas até 1806 quando Napoleão aprisionou o Papa Pio VII, 1740-1823. Mais tarde tentaram reagir, mas, Vítor Emanuelli no ano 1870 derrotou "as tropas do papa" tornando-se o primeiro Rei da Itália, pondo fim no Santo Império Romano, que de santo não tinha nada! (Isso se sucedeu no dia 20 de Setembro de 1870).

Os papas ficaram confinados no Vaticano até 1929 quando Mussolini e Pio XI no tratado de Latrão legalizaram esse estado religioso que é "controlado pela Cúria Romana e governada por 18 velhos Cardeais que controlam a carreira de bispo e monsenhores; o papa fica fora dessa pirâmide". (Estado 20-3-82)

No Brasil os católicos são orientados por 240 bispos mais conhecidos pela posição política do que pela religiosidade, estão divididos entre Conservadores, Progressistas e Não Alinhados... (Revista Veja 30-1-80).

Sem um sustento legítimo por estarem desacreditados os papas e a igreja sancionaram o blefe, canalizando para seus cofres quantias fabulosas, negociando Cargos fabulosos e Cardinalatos, posições que valiam fortunas! Além de vender relíquias e "pedaços da cruz", negociavam o perdão de pecados mediante indulgências e amedrontam seus fiéis com o fogo do purgatório que criaram, prometendo, no entanto, aliviar essa situação com missas pagas!

Desconhecendo a Bíblia Sagrada e o Amor de Deus milhões acabam aceitando esses expedientes matreiros do Catolicismo Romano. O papa João XXIII, ano 1410, cobrava impostos dos prostíbulos contabilizando-os no orçamento do Vaticano. (não confundir com o João XXIII mais recente).

O dominicano João Tétzel tornou-se famoso vendendo um documento oficial que "dava o direito antecipado de pecar!" Negociava outra indulgência incrível que garantia: "Ainda que tenhas violado Maria mãe de Deus, descerás para casa perdoado e certo do paraíso!"

O papa Leão X ano 1518 continuou o blefe, necessitando restaurar a igreja de São Pedro que rachava usou cofres com dizeres absurdos tais como: "Ao som de cada moeda que cai neste cofre uma alma desprega do purgatório e voa para o paraíso!" (Tayne, Hist. da Literatura Ing. Coroado pela Acad. Francesa e Vol. II, pág. 35,de O Papa e o Concílio).

O Purgatório é o nervo exposto da igreja, não querem que toque! Mas esse dogma no dizer do historiador Cesare Cantú é a "Galinha dos ovos de ouro da Igreja" e o ex-padre Dr. Humberto Rodhen confirma, que com esse expediente a Igreja Católica recolhe por dia em todo o mundo 500 milhões de dólares! Nos primeiros séculos da era Cristã ninguém ia para o purgatório porque não existia; foi criado por um decreto papal! – Nos países protestantes e nas outras igrejas cristãs não há esse perigo, criaram-no só para almas católicas!

Com esse dogma a Igreja peca duas vezes e cria um problema de consciência para os padres: Primeiro por oficializar uma inverdade, segundo por receber dinheiro em nome dessa inverdade! O purgatório tornou-se "comércio espiritual" a partir de 1476 com o Papa Sixto IV, a Igreja é a única instituição no mundo que "negocia com as almas dos homens" (Apocalipse 18:13). Nunca informam quando elas deixam o tormento, celebram missas por uma mesma pessoa falecida, sempre que haja um simplório para pagar! – Não há textos bíblicos de apoio a esse dogma, a não ser uma referência no livro apócrifo de Macabeus, sem valor.

São Bernardo, doutor da Igreja exprimia-se com amargura: "O Clero se diz pastores, mas o que são é roubadores, não satisfeito com a lã das ovelhas bebem seu sangue!" (Roma, a Igreja e o Anticristo, Ernesto L. Oliveira, pág.178).

O Vaticano é a corte mais suntuosos da Europa, já não se preocupa com migalhas; aplicam os proventos desse comércio espiritual de tal forma que possuem Bancos próprios, edifícios e fazendas. – Presentemente católicos americanos reunidos em Chicago estão exigindo do Vaticano relatórios e balanços financeiros! (Est. S. Paulo 28-6-85).

Bem situados fizeram "OPÇÃO PELOS POBRES", lutando para distribuir as riquezas dos outros sem tocar nas suas. A influência religiosa do Vaticano e dos papas vem diminuindo sensivelmente, surgiu como poder mundial no século VI atingindo o ápice no século XIII, passando a declinar até nossos dias.

Com um passado pouco honroso, com seus dogmas questionados pela Cristandade, instituidores de celibato e com fortes pretensões políticas, a Igreja vem perdendo influência como instituição cristã. – Suas bulas e encíclicas já não são levadas a sério e quando mencionadas, não surtem efeito.

Essa perda de influência sucede por fora e por dentro. O Geral dos Minoristas João del Parma, canonizado, registrou que "A Cúria Romana está entregue a charlatania, ao embuste e ao engano sem dar atenção às almas que se perdem!"(Slimbene, Vita del Parma, pág. 169).

Vazios espiritualmente recorreram ao artificialismo para conservar o povo ao seu redor. – Se o papa celebrasse as cerimônias, como fazem os pastores de outras igrejas cristãs, reduziria em 70% os curiosos, por essa razão sua indumentária é de espantar! Conforme o cerimonial o papa se apresenta com o Báculo, a Mitra, a Casula, a Meseta, a Estola, a Batina, o Manto, o Pálio, a Sobrepeliz, a Roquêta, a Faixa, o Solidéo, o Escapulário, a Coroa, a Tiara, as luvas de seda e os sapatos vermelhos de pelica, tudo muito colorido e atraente!

O Papa João Paulo II acrescentou mais uma peça na sua indumentária: Colete à prova de bala! – Comprou dois deles na firma Armoured Body nos Estados Unidos (Jornal de Milão, IL GIORNIO).

Se a igreja Católica não se gloriasse de "ser a única" e os papas não ambicionassem a infalibilidade, não haveria razão para citar suas divergências e contradições: - O papa Gregório I, por exemplo, pronunciava-se contra um "Sacerdócio universal nas mãos de um só homem", mas foi o que fizeram!

No ano 896 o Papa Estevão VI desenterrou o cadáver do Papa Formoso, tirou-lhe as vestes, cortou sua cabeça e o jogou no Rio Tibre, em Roma! Entre os anos 1305-77 a igreja foi governada por dois papas ao mesmo tempo, ambos infalíveis. Um em Avinhão na França e outro em Roma, proferindo anátemas e maldições um contra o outro.

A INFABILIDADE PAPAL – Essa pretensão começou com as "Pseudas Decretais de Isidoro", mas os Concílios de Posa, o de Constança em 1414, o de Basiléa em 1431 e outros resistiram prescrevendo que "Os Papas estão sujeitos aos Concílios".

Mais tarde, Pio IX ambicioso de poder e glória, impôs o dogma no Concílio Vaticano em 1869-70 tornando-se por decreto "Infalível!" Eis a ficha desse papa: Verberou as liberdades de consciência, de palavra, de culto e de imprensa; fomentou as superstições das relíquias e por conta própria, sem consultar nenhum Concílio, decretou o dogma da Imaculada Conceição em 1854! A Igreja Ortodoxa chamou a "Infalibilidade" de blasfêmia que coroou o papado!

Quando ainda não eram "infalíveis" por volta do ano 1640 erraram no julgamento de Galileu! – Doente e com 70 anos o sábio foi trazido de maca diante do papa Urbano VII para retratar-se de seus conhecimentos de astronomia. Galileu, temendo a inquisição, retratou-se assinando que a terra "não gira em torno do sol". Ao sair de diante do papa perguntaram-lhe se havia assinado a retratação, Galileu disse: "Assinei, mas que gira, gira!" (Diálogos T.X. pág. 281)

Nunca se ajeitaram com liberdade e democracia, reclamam esses direitos somente onde não dominam; Pio IX dizia que "A liberdade de consciência foi o mais pestilento de todos os erros!" – A revista NEWSWEEK escreveu que "A Igreja Católica reclama Direitos Humanos no exterior, mas nega concedê-los aos seus próprios povos". (Encíclica de 15-8-1954. Estado, 2-8-83)

Presentemente estão bloqueando o pedido insistente de 6mil padres que desejam deixar a batina, mesmo assim 1274 deles "escaparam" em 1982. O Vaticano informou que durante a década 1973-83 em todo mundo 81.713 padres deserdaram! (Estado 13-2-80, 11-9-84 e 7-9-1985)

O sincretismo religioso atesta as contradições da Igreja: as doutrinas básicas da Bíblia não são importantes e as estatuetas religiosas do Catolicismo e as dos "Terreiros" se misturam nas procissões e nos lares. Divorciado dos Evangelhos, o Catolicismo não consegue gerar seus próprios sacerdotes. "A metade dos padres no Brasil são estrangeiros!" (Ver. Veja 30-1-80)

Muitos bispos e maiores na hierarquia divergem de vários dogmas que fossem abolidos aplaudiriam! – Está surgindo entre os Redentoristas e os Paulinos, padres que questionam o culto à Maria e às suas “enganosas aparições”. A mariolatria tende a decrescer e quem sabe, os Católicos se voltarão para Cristo "Nossa única esperança!” (Ver reportagem no Estado, 7-9-85)

O Vaticano manifesta-se contra o divórcio ficando "angustiado" quando é votado nos países católicos, mas mantém o Tribunal de Rota que anula casamentos de casais ilustres por grandes somas! – Querem o monopólio.

Induzem consciências sensíveis, especialmente do sexo feminino, escravizando-as: Há milhares de mulheres e moças sem identidade, enclausuradas em conventos devido à fé falsa que abraçaram! – Ninguém sabe que tipo de tratamento recebem. O Vaticano deveria ordenar a recuperação de suas mentes distorcidas, abrir os portões, devolvendo-as à sociedades! "O Convento”, no dizer do escritor Jules Michelet, “é o inferno onde a lei não entra!" (O Padre, a Mulher e a Família, pág 144).

O Estado do Vaticano não pode Gloriar-se do seu Passado

As nações orgulham-se do seu passado e festejam seus benfeitores, mas o Vaticano evita mencionar sua história ou reproduzir a biografia de muitos papas por não harmonizar com o que diziam representar. O papado no princípio sobreviveu apoiado pelo Império Romano e mais tarde fazendo alianças astutas com os francos, posteriormente ganhou prestígio com as "FALSAS DECRETAIS DE ISIDORO", no começo da idade média usou a força dos países subservientes e mais tarde impôs autoridade derramando muito sangue na Inquisição, instituída pelo papa Inocêncio III.

Quase todos os papas foram autoritários, como Nicolau V, anos 1447-55, que autorizou o rei de Portugal "a guerrear com povos africanos, confiscar suas terras e fazer escravos”. Esse papa dizia: "Sou tudo em todos, minha vontade prevalecerá; Cristo mandou Pedro embainhar a espada, mas eu mando desembainhar”.

Santo Afonso Leguori também surpreendeu quando prescreveu que a Igreja sanciona o roubo! Esse "Santo", canonizado disse que "Se alguém roubar pouco, principalmente se for pobre não comete pecado!" (Dabium Leguori, citado por CHINIQUI, pág, 122)

VEJA SUAS PRINCIPAIS MATANÇAS:

1º - Em 1208 exterminaram os cristãos Albaneses.
2º - O FRADE TORQUEMADA, anos 1420-98, comandou por 8 anos a morte de 10.200 protestantes e intelectuais queimados vivos, foi horrível! – o bispo Hooper foi queimado com fogo insuficientemente e gritada: "Mais lenha, aumente o fogo!" Ao seu lado numa caixa estava o papel de perdão, bastava retratar-se, mas não o fez!
3º - Só na Espanha 31.912 cristãos não católicos foram mortos. 291.450 martirizados e dois milhões banidos; a Espanha que era nação poderosa tornou-se país sem expressão!
4º - Carlos V anos 1500-58, eliminou por ordem do papa 50 mil cristãos alemães!
5º - O Papa Pio V anos 1566-72, exterminou 100.000 Anabatistas.
6º - O Papa Gregório XIII anos 1572-85, organizou com os jesuítas o extermínio dos protestantes franceses e na noite de 24 de agosto de 1572 mataram 70 mil deles! – Esse papa comemorou mandando que as Igrejas cantassem o TE DEUN, trocassem presentes e cunhou moedas comemorativas as massacre.
7º - Em 1590 o catolicismo eliminou uns 200 mil cristãos Huguenotes.
8º - O Monarca alemão Fernando II anos 1578-1637 instigado pelos jesuítas começou uma guerra de extermínio aos protestantes; essa guerra religiosa terminou em guerra política e tirou a vida de 15 milhões de pessoas! (1618-48)

O JURAMENTO DOS JESUÍTAS encontra-se no livro "Congressional de Relatórios", pág. 3262 e em resumo diz: "Prometo ensinar a guerra lenta e secreta contra os protestantes e maçons... queimar vivo esses hereges, usar o veneno, o punhal ou a corda de estrangulamento...farei arrancar o estômago e o ventre de suas mulheres e esmagarei a cabeça de seus filhos contra a parede, a fim de aniquilar a raça!"

"Se eu for perjuro, as milícias do papa poderão cortar meus braços e minhas pernas, degolar-me, cortando minha garganta de orelha a orelha, abrir minha barriga e queimá-la com enxofre, etc.! – Assino meu nome com a ponta deste punhal molhado no meu próprio sangue".

Papa Clemente VII os repudiou chamando-os de "intrigantes". Mais tarde Clemente XVI em 21-7-1773, aboliu a Ordem, mas Pio VII no ano de 1914, restaurou os jesuítas que se dizem "Defensores do papa e braço direito da Igreja!" Foram expulsos de Portugal e da França em 1759, da Boêmia em 1762, banidos da Espanha em 1766, Malta livrou-se deles em 1768 e a Dinamarca em 1772, etc. Os Jesuítas consideram-se acima dos bispos por terem bulas que os isenta de sua jurisdição, os bons dicionários os identificam como astuciosos e hipócritas".

Em 1517 o Monge Martin Lutero encontrou a Bíblia, inspirou-se nas palavras do apóstolo Paulo em Romanos 1:17, onde diz: "O justo viverá da fé". Raciocinou que a Salvação nos é dada pela fé em Cristo e não pelos ritos, sacramentos e penitências receitadas pelo catolicismo.

No escudo do Papa João Paulo II, com referência à Maria - mãe de Jesus, está gravado: "TOTUS TUUS", ou seja, TODO TEU! O Papa refere-se a ela como co-redentora.

O Declínio do Papado

O PAPADO FOI PODER MUNDIAL, dominou vastos territórios, submeteu reis, recolheu impostos, teve exércitos armados e destruiu seus opositores! – Declaravam que "Tinham poderes para revogar leis, mudar os tempos e MUDAR OS PRECEITOS DE CRISTO!" - Podemos, diziam, fazer com que o errado seja certo! (Ver Decretal da Transl. Episc.) Mas depois do século XIII o papado começou a declinar tanto que nos fins do século XVIII só lhes restava o Vaticano!

Títulos e Fábulas

O Catolicismo por ser latino adotou títulos espanhóis e italianos, que resultaram numa hierarquia. – Esses títulos nada tem a ver com o Cristianismo ou com o Novo Testamento, é criação do sistema deles.

VEJA ALGUNS:

PAPA significa pai, termo de ternura que perdeu o sentido desde que os papas organizaram exércitos, demarraram sangue e tornaram-se políticos. NÚNCIO é embaixador do Vaticano. CARDEAL são os que elegem o papa. MONSENHOR é título para as altas figuras do clero. ARCEBISPO é o superior do Bispo. BISPO é o que governa uma diocese. CÔNEGO é o elemento de uma Catedral. MONGE é o religioso de Mosteiro. VIGÁRIO é o que toma o lugar do outro. FREI e FRADE é de Ordem religiosa e militar. SACERDOTE é o termo do paganismo e do judaísmo. CURA é o pároco da aldeia. ABADE é prelado que dirige o mosteiro. DOM foi título dos reis da Espanha, muito apreciado pelo clero. PURPURADO e PRELADO SÃO DISTINÇÕES que todos eles cobiçam. PADRE, o mesmo que pai, e é o que deveriam ser tendo esposa, filhos e um lar.
Os papas são obcecados por títulos! – Se intitulam de Salvatore, Filius Dei, Sacratíssimus Dominus Noster, Pontífice Maximus, Augustos (digno de ser adorado) e outros superlativos que os distancia de Cristo!

Rui Barbosa dizia que "A Igreja Católica é uma religião de FÁBULAS" e o apóstolo Paulo mandava rejeitá-las. (1Tm 4.7)

As Imoralidades dos Papas

O testemunho da história não favorece a Igreja e muitos papas. – Devido à adoção do celibato, os escândalos sempre acompanharam o sistema religioso que criaram. – O período mais tenebroso do Papado, amos 904-963 ficou conhecido como "PORNOCRACIA OU DOMÍNIO DAS MERETRIZES."- Ainda hoje é um constante na imprensa secular os escândalos e deslizes morais entre eles.

É bom salientar que imoralidades humanas existem em qualquer religião, mas preste atenção na diferença entre erros humanos e erros doutrinários. Aqui ambos são registrados.

O papa João XI era filho ilegítimo de Marózia, amante do papa Sergio III, ano 941. – O papa João XII, ano 955, violava virgens, viúvas e conviveu com a amante de seu pai: fez do palácio papal um bordel, e, foi morto num ato de adultério, pelo marido da mulher que violava.

O Papa João XXIII ano 1410, (não confundir com o João XXIII mais recente), foi o pior deles! Mulheres casadas foram alvo de seus galanteios; mais de 200 freiras e donzelas foram violadas por esse papa!
Pio II, ano 1458, além de sedutor foi corrupto, ensinava os jovens a praticar atos obscenos. Logo depois surgiu o papa Inocêncio VIII, ano 1484-92, que teve 16 filhos com mulheres casadas!

O papa mais devasso foi Alexandre VI 1492-1503, teve filhos legítimos e foi amante da sua própria filha Lucrécia Bórgia; também foi amante da irmã de um Cardeal, que se tornou o papa seguinte, Pio III, ano 1503.
Quem for visitar o Vaticano hoje em dia, poderá dar uma olhada nos aposentos do Papa Alexandre VI em exposição, uma raridade! – Horresco reférens!...

O papa Leão X, anos 1518-21 era rico. Comprou sua posição na igreja! Com apenas 8 anos de idade já era Arcebispo e 13, Cardeal. Manteve uma corte licenciosa e com seus Cardeais praticava "Passatempos voluptuosos" em deslumbrantes palácios! – Foi esse papa que Lutero enfrentou! Bispo de Orleans, referindo-se aos papas João II, Leão VIII e Bonifácio VII, chamou-os de "Monstros cheirando imundícias."

Papa Marcelo II, ano 1555, registrou em sua biografia: "Não sei como um papa poderá escapar do inferno!"(Vita del Marcelo, página 132) Santo Ulrico, bispo de Augsburgo, contou que o papa Gregório VII, anos 1703-85, ordenara que se esvaziasse um aquário num convento de Monjas em Roma e encontraram 6.000 esqueletos de bebês! Diante desse horror, esse papa aboliu o Celibato, mas seus sucessores restabeleceram-no. – Noutro convento em Niuberg, Áustria, desenterraram 20 potes de barro com esqueletos de recém-nascidos!

Pio IV redigiu uma bula pedindo que todas "as mulheres violadas pelos padres apresentassem acusação; os casos foram tantos ‘só em Sevilla, Espanha, que suspenderam os processos! (Conv. De Mesa nr. DCCLXII e CHINIQUI, ex-padre).
Presentemente o Vaticano reembolsa despesas com pílulas anticoncepcionais de seus funcionários! (Estado de São Paulo, 23.03.83)

EXPRESSÕES ATRIBUÍDAS AO PAPA QUE CONTRARIAM A BÍBLIA:

Sumo Pontífice – É a Ponte ou caminho entre nós e Deus – Refutação: Jo 14.16-18. 1Pe 5.4.
O Vigário (substituto) de Cristo – Refutação: Jo 14.16-18 João 14.26. (Veja João 14.16; 1Coríntios 2.11; 1Coríntios 2.12-13).

PEDRO FOI O PRIMEIRO PAPA?

Tenha estado ou não em Roma, o fato é que se Pedro foi Papa, foi um papa bem diferente dos que já apareceram, se não vejamos:
Pedro era financeiramente pobre. (At 3.6)
Pedro era casado. (Mt 8.14,15)
Pedro foi um homem humilde. (At 10.25,26)
Pedro foi um homem repreensível. (Gl 2.1 1,14)

É admirável que Pedro, sendo o "Príncipe dos Apóstolos", conforme o catolicismo romano afirma, quem era o pastor da comunidade cristã em Jerusalém era Tiago (At 15). Sendo assim, é lançada por terra a pretensão do catolicismo romano de ter o apóstolo Pedro como seu primeiro Bispo.

PECADOS DE JOÃO PAULO II

João Paulo II nasceu em 18 de maio de 1920 na cidadezinha polonesa de Vadovice e recebeu o nome de Karol Wojtila. Com 99 dos 108 votos dos cardeais, ele se elegeu e homenageou seus três antecessores (João XXIII, Paulo VI e João Paulo I). O papa João Paulo II, com 84 anos e sofrendo de mal de Parkinson e com dificuldades de falar, respirar e andar, morreu em abril de 2005. Contudo, ele não foi um santo como muitos pensam: Expulsou vários teólogos que ousaram questioná-lo, como o frei brasileiro Leonardo Boff. A sua condenação do preservativo, como modo de luta contra a AIDS, provoca um grande número de mortos, difícil de estimar. Pratica uma política ativa de sabotagem às medidas de controle da natalidade no terceiro mundo. As conseqüências são difíceis de contabilizar, mas podem ser medidas em termos de fome, miséria, criminalidade e falta de assistência médica nos continentes mais pobres – América do Sul e África.

O PAPA JOÃO PAULO EM NÚMEROS: (1) O artigo 1 da Lei fundamental do Vaticano diz que João Paulo II tem a plenitude dos poderes legislativo, execultivo e judiciário. Isso faz dele o único monarca absolutista do mundo. (482) Número de santos que ele canonizou, um recorde absoluto. De 1594 até 1978, houve 302 canonizações. (1590) Número de encontros que ele teve com chefes de Estado e primeiros-ministros. (17 600 000) Número de fiéis que foram vê-lo nas 1 760 missas que ele celebrou às quartas-feiras na Praça de São Pedro. (26) É o número de anos nos quais o papa esteve à frente da igreja. (129) São os países já visitados pelo papa. A ONU possui 191 estados-membros. (317) Número de paróquias de Roma já visitadas pelo papa, na condição de bispo local. Há no total de 333. (263) É o número de papas que vieram antes de João Paulo II, segundo números oficiais da igreja. (0) É o salário do papa. Mas todas as suas despesas são pagas pelo Vaticano.

Na Carta Encíclica: “REDEMPTORIS MATER”, João Paulo II Declara: “A MÃE DO REDENTOR tem um lugar bem preciso no plano da salvação, porque, «ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher, nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei e para que nós recebêssemos a adoção de filhos. E porque vós sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: ‘Abbá! Pai!’" (Gl 4.4-6).

“A Carta aos Efésios, falando da «magnificência da graça» pela qual «Deus Pai ... nos tornou agradáveis em seu amado Filho», acrescenta: «N'Ele temos a redenção pelo seu sangue» (Ef 1.7). Segundo a doutrina formulada em documentos solenes da Igreja, esta «magnificência da graça» manifestou-se na Mãe de Deus pelo facto de ela ter sido «redimida de um modo mais sublime». Em virtude da riqueza da graça do amado Filho e por motivo dos merecimentos redentores d'Aquele que haveria de tornar-se seu Filho, Maria foi preservada da herança do pecado original. Deste modo, logo desde o primeiro instante da sua concepção, ou seja da sua existência, ela pertence a Cristo, participa da graça salvífica e santificante e daquele amor que tem o seu início no «amado Filho», no Filho do eterno Pai que, mediante a Incarnação, se tornou o seu próprio Filho. Sendo assim, por obra do Espírito Santo, na ordem da graça, ou seja, da participação da natureza di vina, Maria recebe a vida d'Aquele, ao qual ela própria, na ordem da geração terrena, deu a vida como mãe”.

“A cooperação de Maria participa, com o seu carácter subordinado, na universalidade da mediação do Redentor, único Mediador”.

MARIA É CO-REDENTORA COM CRISTO?

Em concílios anteriores ao do Vaticano II (1962/1965), vários Papas declararam Maria co-redentora com Cristo, havendo, ainda hoje, uma forte pressão laica para validar este ponto de vista! Em vão adoram o Senhor, "ensinando doutrinas que são preceitos dos homens" (Mateus 15.8-9). Só há um único redentor – Jesus Cristo: Lc 2.38; Lc 21.28; Rm 3.24; 1Co 1.30; Ef 1.7; Cl 1.14; Hb 9.12.

MARIA É MEDIANEIRA, INTERCESSORA E ADVOGADA?

Na pág. 1O9 do Compêndio Vaticano II, lê-se: "A Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Adjutriz, Medianeira". Nosso raciocínio deve ser norteado não pelo que os homens afirmam, declaram, proclamam ou decidem. Em assuntos tais, a Bíblia é a nossa bússola, nosso guia, nossa regra. "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra". (2Tm 3.16-17). A Bíblia declara que só Jesus é Mediador, Intercessor e Advogado nosso junto ao Pai. Veja: "PORQUE HÁ UM SÓ DEUS, E UM SÓ MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, CRISTO JESUS, HOMEM" (1Tm 2.5). Leia ainda: 1Jo 2.1; Hb 7.25; Jo 14.6; Mt 15.6; Mc 7.8; Cl 2.8.

HABEMUS PAPAM: Foi eleito no dia 19 de abril de 2005 o substituto de João Paulo II. O novo papa (número 265, segundo o Vaticano) chama-se Bento XVI. Joseph Hatzinger (Alemão), nasceu em 15 de abril de 1927. Assume o papado aos 78 anos de idade. Tem como característica ser duro, ortodoxo e perseguidor. Chefiou a “Congregação pela Doutrina da Fé”, órgão do Vaticano que sucedeu à Inquisição. Considerado como o guardião dos dogmas da igreja. Já tem feito algumas mudanças radicais, como obrigar de novo o Latim nas missas e declarando que a única Igreja Verdadeira é a romana. No discurso de posse declarou: “Maria santíssima,nossa mãe está nos apoiando”. Como disse Mussoline, fundador do facismo na Itália: "uma mentira repetida vinte vezes acaba por se tornar uma verdade". Quem viver, verá!

EXEGESE DE MATEUS 16:16-18:

A Igreja do primeiro século desconhecia a figura do PAPA.

a) A Pedra é Cristo: A primeira interpretação papista de Mt. 16:16-18 é uma camisa-de-força. A expressão: "Sobre esta Pedra", significa sobre a resposta de Pedro: "Tú és o Cristo, Filho de Deus Vivo." Sobre Cristo foi edificada, e não sobre Pedro, a menos que o clero Romano admita que o Catolicismo tenha erigido sobre Pedro.

b) A Pedra no contexto Bíblico: Desde a época do salmista (Sl. 118:22), passando pelo profeta Isaias, a palavra profética já anunciava o Messias, como a PEDRA DE ESQUINA (Is. 28:16). Jesus afirmou ser ele mesmo a Pedra (Mt. 21:42). O próprio apostolo Paulo afirma que Pedro é apenas uma pedra como os demais apóstolos, sendo Jesus Cristo a Pedra Principal (Ef. 2:20). Falta, portanto, fundamento Bíblico para sustentar a figura do Papa.

SOMOS SALVOS POR PRATICAR BOAS OBRAS?

Para sermos salvos, a doutrina católica ensina que devemos continuamente praticar boas obras "Contudo não se salva, embora esteja incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece dentro da Igreja, com o corpo, mas não com o coração". REFUTAÇÃO: (Ef 2.9, -9). Leia ainda: Tt 3.5; Rm 3.28; CI 3.8-26; Cl 2.21, Mt 7.21,22.

SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER

Fonte: Pr. Antonio Júnior

Liderança: uma necessidade de confirmação


Há muitos líderes que deveriam estar em outra posição, menos na liderança. Os líderes não são apenas escolhidos por homens, mas pela vontade soberana de Deus. Temos visto em muitas igrejas, líderes que não possuem nenhuma capacidade para liderar pessoas. Alcançaram a liderança por seu alto dízimo, ou pela morte do pai, ou por alguma influente família que há na igreja. É a vontade de Deus, e não a nossa, que deve ser feita assim na terra como no céu.

O ilustre escritor Michael Yossef, em seu livro O estilo de liderança de Jesus, escreve sobre a necessidade do líder ser confirmado antes de exercer a sua liderança. Para fundamentar sua tese, cita o clássico exemplo da liderança de Jesus. O evangelho de João mostra que Jesus estava sempre dando provas daquilo que afirmava acerca de Si mesmo.
Aplicaremos esse principio à liderança espiritual na igreja, observando o nosso maior exemplo, a liderança de Jesus.

1) O testemunho de João Batista (Jo 1.29) - João Batista foi o precursor de Jesus. Ele viu o Espírito Santo descer sobre Ele no Jordão. Vendo que Jesus se aproximava, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim” (Jo 1.29,30). João compreendia claramente sua missão e não quis ir além daquilo que lhe foi designado. Logo que Jesus se manifestou, João saiu de cena. Ele disse, com absoluta certeza: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). O papel de João foi como o de uma telefonista: logo que introduz a pessoa com quem precisamos falar, sai de cena.

2) O testemunho do Espírito (Jo 1.32,34) – O Espírito Santo abençoou Jesus na ocasião do seu batismo, quando desceu sobre Ele. E o Espírito permaneceu Nele (Jo 1.32-34). A presença do Espírito Santo deu a Jesus autoridade para falar e realizar milagres (Lc 4.36). Jesus não abriu mão do poder do Espírito Santo em sua vida e ministério. O Espírito desceu sobre Ele no batismo (Lc 3.21,22). Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo (Lc 4.1,2). Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia (Lc 4.14). Ele entrou na sinagoga de Nazaré, tomou o rolo do livro de Isaías em suas mãos e leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim....” (Lc 4.18). A Bíblia é clara quando diz: “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder....” (At 10.38).

3) O testemunho do Pai (Jo 5.37) – O próprio Pai que enviou a Jesus é quem deu testemunho a seu respeito: “O Pai que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim” (Jo 5.37). No Jordão, quando Jesus foi batizado, de forma pública o Pai deu testemunho acerca Dele. O evangelista Mateus registra as palavras do Pai: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). No monte da transfiguração, o Pai demonstra a singularidade do seu Filho e sua supremacia sobre Moisés e Elias, dizendo: “.... este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi” (Lc 9.35).

4) O testemunho das Escrituras (Jo 5.39) – O Antigo Testamento confirma o ministério de Jesus. Os patriarcas falaram Dele. Os profetas apontaram para Ele. Seu nascimento, seu ministério, sua morte e sua ressurreição foram profetizados. Jesus mesmo disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39). Jesus é o centro das Escrituras. O A.T o profetizou; o N.T falou de sua vida, de seu ministério, de sua morte e de sua ressurreição. A Bíblia começa com a promessa de sua vinda (Gn 3.15) e termina com a promessa de sua volta gloriosa, sua vitória triunfante e seu reino eterno (Ap 19.11-21).

5) O testemunho dos discípulos (Jo 6.68) – Os discípulos acompanharam Jesus, ouviram seus ensinamentos, viram seus milagres, creram Nele, foram transformados por Ele. A seu respeito, disse Pedro: “.... Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.68). Pedro também disse: “...Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16). Os líderes de hoje, certamente, não lideram com as mesmas qualificações singulares de Jesus. Mas o principio permanece: a chamada para a liderança precisa ser confirmada. Um líder é vocacionado por Deus, escolhido pelo povo de Deus e deve ser um referencial para os que estão de fora.

O apostolo Paulo instruindo a Timóteo sobre a ordenação dos oficiais da igreja, disse: “É necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo” (1 Tm 3.7).

Que analisemos nossas vidas e, principalmente nossas lideranças, se estas passam no crivo da Palavra de Deus. Nossa liderança foi confirmada por Deus, pela sua Palavra, pelo Espírito e pelos nossos irmãos? É tempo de revermos nossas lideranças e ver se estamos verdadeiramente fazendo o que Deus nos mandou, ou se estamos “trocando os pés pelas mãos” e assim, tomando o lugar que é do próximo.

Em oração, Pr Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora 2006.Lopes, Hernandes Dias. Mensagens Selecionadas. Ed. Hagnos 2007.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Que hinferno!


Por Ciro Sanches Zibordi

Calma, pessoal! O erro ortográfico acima foi proposital. Mas, como a hifenização vigente tornou-se “infernal”, só posso chamá-la mesmo de hinfernização.

Não foi por acaso que o intelectual Fernando Henrique — com todo o respeito ao presidente Lula — não quis assinar o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entre os países lusófonos (Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Macau).

Considero o atual uso do hífen “infernal” porque o aludido Acordo tornou essa matéria ainda mais controvertida em muitos aspectos. Assisti a uma palestra com a professora Lurdes Theresinha Rissi, na sessão de abertura do ano sócio-cultural da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB), há algum tempo, e ela — que é uma especialista no assunto — afirmou que o Acordo veio mesmo para complicar.

Para começar, não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal que inicia o segundo elemento. Fácil, não? Veja: aeroespacial, anteontem, antiespírito, autoestrada, infraestrutura, plurianual, semiaberto, coautor, coedição... Ah, no caso do prefixo “co” há mais uma exceção: ele aglutina-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por “o”. Observe: coobrigar, coordenar, cooperar, coocupante.

Também não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”. Eis alguns exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autopeça, coprodução, pseudoprofessor... Aliás, não sei se você sabe, há muitos crentes seguindo a pseudopastores, considerando-os semideuses. Talvez isso se dê pelo fato de muitos deles serem ultramodernos — ou ultramundanos? Ah, já ia me esquecendo... Com o prefixo “vice” usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante, vice-presidente, etc.

Não se usa o hífen, ainda, quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”. Nesses casos ocorre uma estranha duplicação das letras: antirracismo, antirreligioso, antissocial, biorritmo, minissaia, microssistema, ultrassom, ultrarresistente, neossimbolista... Bem, para muitos, a hifenização (ou hinfernização?) é um contrassenso...

Quando se usa o hífen? Primeiro, ele deve ser empregado sempre depois dos prefixos antecedidos de “h”. Entendeu? Por exemplo, anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, super-homem, ultra-humano... Mas, quando parece estar tudo bem, surge uma desumana exceção: subumano. Por que o “h” e o hífen não valem para esta palavra? Alguém pode explicar? Deixa pra lá. Vamos adiante...

Segundo, quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Por exemplo: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflamatório, contra-almirante, contra-ataque, semi-internato, auto-observação, micro-ondas, micro-ônibus... Quê? Até os “oos” são hifenizados? Isso mesmo. Como vimos, eles só não recebem hífen nos casos em que ocorre o prefixo “co”.

Terceiro, emprega-se o hífen quando o prefixo termina por consoante, se o segundo elemento começar pela mesma consoante: hiper-requintado, inter-racial, super-romântico, super-resistente... “Que é isso? E a duplicação da letra r, mencionada acima?” — alguém poderá perguntar. Nesses casos, a duplicação da letra não se aplica, e vejo aqui sensatez, posto que, não havendo uso de hífen, a pronúncia das palavras seria diferente (faça o teste lendo-as sem o hífen). Mas, nos demais casos, o hífen permanece ausente: hipermercado, superinteressante, superproteção...

Como é preciso ter uma hiperpaciência e fazer um esforço sobre-humano para examinar cada um desses detalhes, vou parando por aqui. Mas ainda não terminei! Creio que precisarei de, pelo menos, mais dois artigos para discorrer sobre a hifenização, que, sem dúvidas, é a parte mais complicada do Acordo Ortográfico.

Bem, se eu fosse um super-revolucionário, me revoltaria contra o Acordo em análise. Mas, como estou superotimista com o progresso das minhas pesquisas, prefiro continuar me adaptando, a cada dia (e compartilhando o que tenho aprendido), a fim de que não me torne, no futuro, um semianalfabeto.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vida a dois: É possível mudar o outro?


Por Patricia Gebrim

É possível mudar o nosso parceiro em um relacionamento?

Gente!!! É muito sério o que tenho para dizer. Por favor, peguem uma folha de papel em branco, canetinhas coloridas de todas as cores, purpurina, tintas... e escrevam bem grande no centro da folha, com direito a gliter e luzes coloridas:

* NINGUÉM MUDA NINGUÉM*

Escreveu?

Agora pendure a folha em um lugar bem visível e leia essa frase ao menos 100 vezes todos os dias, antes de dormir e ao despertar!

Acreditem, é incrível o número de pessoas que ainda desconsideram essa verdade.

Entram em relacionamentos e se enganam, fingindo que certas características do parceiro estão lá quase por acaso, mas que com certeza essas coisas mudarão quando a fada boa do amor cantar sua canção de ninar para o casal apaixonado. Quase como se o amor fosse uma espécie de borracha gigante com a qual pudéssemos apagar do outro as imperfeições que tanto nos incomodam.

Repito... isso não vai acontecer! Amor não é borracha!

Um dos maiores problemas que vejo nos relacionamentos atualmente está no fato de que as pessoas ficam tão desesperadas para encontrar um parceiro que basta alguém as escolher para que se sintam imediatamente gratas por serem salvas desse horrendo destino: solidão. Com isso, nunca escolhem. Basta que sejam escolhidas. Se um sapo as escolhe, vira príncipe na hora!

E se forem escolhidas por alguém que tenha valores muito diferentes dos seus, por exemplo, as pessoas resolvem essa “pequena dificuldade” negando essas diferenças e dizendo a si mesmas que com o tempo isso irá mudar e, magicamente, os dois se tornarão parecidos, quase iguais.

BESTEIRA!

O tempo vai passando e isso não acontece. O outro não muda! E aquelas diferenças começam a incomodar. E em breve os dois estão desesperadamente tentando mudar um ao outro, como se essa fosse a saída para que a relação pudesse funcionar. Em geral nesse processo alguém se torna o cobrador e o outro se torna o que é cobrado e sufocado. Ambos vivenciam a frustração e a dor ao se deparar com a dura verdade: o outro simplesmente não vai mudar.

O outro não vai dar mais do que pode só porque você quer.

O outro não vai aceitar menos do que acredita merecer só porque você quer!

Tente perceber... é muito importante que você perceba isso:

Se, lá no começo de tudo, você tiver calma, se der a si mesmo tempo para conhecer melhor a pessoa que chegou à sua vida, se conseguir escapar dessa loucura coletiva que o leva a aceitar a primeira pessoa que aparecer... se puder fazer isso, talvez possa dar a si mesmo a chance de conhecer o outro melhor antes de fazer uma escolha. E ao fazer isso, talvez possa escolher melhor.

Imagine que você seja uma pessoa doce e carinhosa e decida ter um bichinho de estimação. Você fica tão ansioso para comprar o bichinho que acaba comprando o primeiro que encontrou... um lindo peixe dourado em um aquário redondo. Você leva o aquário para casa todo feliz e o coloca em um lugar de destaque na sua sala. Mas aí a noite chega e você começa a se sentir só... e percebe que sente falta de toque. Pega o peixe dourado e ... o coloca no colo... Ops! E agora?Peixes não são muito de abraçar. Para falar a verdade eles parecem morrer quando os tiramos de seu mundinho particular... entenda... não adianta querer colocar no colo um peixinho dourado! Não vai funcionar!

Se era tão importante para você afagar um bichinho... por que comprou logo um... peixe????

Devia ter comprado um cachorro... um coelho... talvez um gato (se bem que a maioria dos gatos não são muito de afagos). Mas... um peixe????

Com isso quero deixar clara a importância da escolha, de uma escolha consciente.

Agora, se você já comprou o peixe... NÃO ADIANTA QUERER QUE ELE VIRE UM CACHORRO, entende? Ele não irá NUNCA latir ou se deitar no seu colo. Ou você aceita o peixe como é ou aceita que fez uma besteira, escolheu errado. Nesse caso, deixe que o peixe se vá e corra a um pet shop em busca do cachorrinho mais fofo e peludo que encontrar!

Loucura, no meu ver, é o que vejo em muitos relacionamentos. Gente brigando anos para transformar peixe em cachorro, tartaruga em águia, elefante em gazela... gente perdendo um tempo precioso que não volta mais, tentando encontrar culpados onde não há culpa alguma.A culpa não é do outro! Um peixe tem todo o direito de ser peixe, afinal!

Nós é que precisamos ter mais clareza do que buscamos, aprender a ter mais calma e consciência em nossas escolhas e parar de agir desesperadamente por medo dessa tal solidão.

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