sexta-feira, 18 de julho de 2008

Livra os que estão a um passo da morte


Para quem pensa que distribuir folhetos pouco contribui para a evangelização do mundo, a versão da Bíblia que mais usamos, em português, foi preparada por um homem que conheceu o evangelho após ter recebido um panfleto evangelístico. Seu nome? João Ferreira de Almeida.A Palavra de Deus diz: “Livra os que estão destinados à morte, e os que são levados para a matança, se os puderes retirar” (Pv 24.11). “E salvai alguns, arrebatando-os do fogo...” (Jd v.23). E, às vezes, um simples gesto de entregar um folheto pode livrar alguém que está a um passo da morte, como veremos no testemunho abaixo. Não deixe de ler. É inspirativo.

Todos os domingos à tarde, depois do culto da manhã, um pastor e seu filho, de onze anos, saíam pela cidade para entregarem folhetos evangelísticos.Numa tarde, quando chegou a hora de saírem pelas ruas, fazia muito frio e chovia muito.O menino se agasalhou e disse:

— Ok, papai, estou pronto.

— Pronto para quê?

— respondeu-lhe o pai.

— Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos.

— Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo...Surpreso, o menino perguntou ao pai:— Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?

— Filho, eu não vou sair nesse frio.Triste, o menino suplicou-lhe:

— Pai, eu posso ir? Por favor...

— Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado, meu filho.

— Obrigado, pai!
Então, o menino de onze anos saiu no meio daquela chuva pelas ruas da cidade, de porta em porta, entregando folhetos evangelísticos aos moradores. E, depois de caminhar por duas horas na chuva, estava todo molhado... Mas tinha ainda de entregar o último folheto...

Parando na esquina, procurou por alguém para entregar o panfleto, mas as ruas estavam desertas. Então, virou-se em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até à porta e tocou a campainha insistentemente, mas ninguém respondia.
Ele esperou um tempo, e não havia resposta.Finalmente, quando ele já se preparava para ir embora, uma senhora idosa, com um olhar muito triste, apareceu na porta.

— O que eu posso fazer por você, meu filho?Radiante e um sorriso que iluminou o mundo dela, o menino lhe respondeu:

— Me perdoe se eu estou perturbando a senhora, mas eu só gostaria de dizer que Jesus a ama muito, e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto, que lhe dirá tudo sobre Jesus e seu grande amor.Quando ele se virou para ir embora, a senhora o chamou e disse-lhe:

— Obrigada, meu filho! E que Deus o abençoe!No domingo seguinte, o pastor da igreja e pai do menino, perguntou durante o culto se alguém teria um testemunho para compartilhar. Na última fila do templo havia uma senhora idosa, que se dirigiu à frente e começou a falar. Um olhar glorioso transparecia em seu rosto.

— Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Há uma semana eu não era cristã. Meu marido faleceu há algum tempo, deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu decidi pelo suicídio, pois não tinha mais esperança ou vontade de viver. Peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão. Amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a corda em volta do pescoço...Diante da surpresa de todos, ela prosseguiu:

— De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava pronta saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. E eu pensei: “Vou esperar um minuto. Quem quer que seja irá embora. Esperei, esperei, mas a campainha não parava de ser tocada...Em lágrimas, ela continuou:

— Quem neste mundo poderia me visitar? Ninguém tocaria a campainha da minha casa. Então, eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta. E, quando a abri, vi quem era; eu mal pude acreditar. Na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida. Seu sorriso eu nunca conseguiria descrever... Mas as palavras que saíram da sua boca fizeram com que o meu coração, morto há muito tempo, saltasse para a vida!

— Senhora, eu só vim aqui para lhe dizer que Jesus a ama muito — disse o garoto. Então, ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos, no qual consta o endereço desta igreja. Li cada palavra deste folheto. E, depois, subi ao sótão, peguei a corda e a cadeira. E agora sou uma filha de Deus. Estou muito feliz!
Aleluia!

Façamos, pois, a obra que o Senhor Jesus nos confiou, de pregar o evangelho a toda a criatura (Mc 16.15), ainda que seja por meio de um pequeno gesto.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

CAPOEIRA GOSPEL?


A prática da capoeira é bem comum no Brasil; de norte a sul encontra-se terreiros e mestres prontos a conduzi-lo pelo mundo dos jogos acrobáticos. É uma forma de luta genuinamente brasileira, praticada ao som de instrumentos tais como: berimbau, agogô, atabaque, pandeiro, entre outros. Atualmente, nos quatro cantos do planeta, há praticantes. Os benefícios para o corpo físico são facilmente comprovados, pois, exige de seus praticantes um excelente preparo para a execução das acrobacias.
Apesar de não defender uma tendência religiosa, facilmente, identifica-se uma profunda interação com as religiões afros, nas ações e cânticos. Não os condeno, afinal, a liberdade e o direito de culto, e a prática das mais diversas filosofias religiosas estão asseguradas na Constituição Federal. No entanto é incompatível com os princípios bíblico e conseqüentemente, desaconselhável a sua prática pelos que professam a fé evangélica.
Veja o depoimento do Mestre Decânio:
“Mestre Decânio, o mais idoso "Filho de Bimba" ainda vivo, decano da Capoeira Regional, médico e filósofo, pesquisador da capoeira, contribuiu recentemente com interessantes observações sobre a questão da origem da capoeira. Estudando os ritmos do candomblé, percebeu que o ritmo básico de Logunedê corresponde às batidas do pandeiro na capoeira. Podemos concluir:"O candomblé é a fonte mística... donde brota a magia da capoeira!" Há grande similitudes entre os movimentos da capoeira e os movimentos das danças rituais do candomblé, e outras semelhanças: no candomblé, o ritmo dos atabaques é o nexo entre "os Orixás e o Vodunce", assim como na capoeira, o estilo do jogo acompanha a musicalidade do toque.
A capoeira é o processo complexo constituído pela fusão ou caldeamento de fatores de várias origens... dos africanos herdamos os movimentos rituais fundamentais do candomblé...” www capoeiradobrasil.com.br
Mesmo vivendo em dias nos quais as igrejas estão cada vez mais permissivas e tendenciosas a copiar as práticas comuns aos não evangélicos. Inclusive, já existe uma versão “gospel” da capoeira, na qual os cânticos foram adaptados. Afirmam seus criadores que o objetivo é alcançar para o evangelho os adeptos da capoeira; sinceramente, não consigo ver sustentação na Palavra de Deus para justificar a adaptação de costumes sabidamente não cristãos, com o fim, de angariar seguidores para as igrejas. O Senhor Deus não precisa de inovações, precisa sim, de vidas cheias de poder e autoridade para manifestar a Sua glória.
É imperioso ouvir-se Espírito Santo e que os corações sejam sensibilizados para a verdade da impossibilidade da modernização do evangelho, afinal, a palavra é imutável. As filosofias diversas, não devem encontrar lugar no coração do homem que procura santificar-se e ser instrumento nas mãos do Senhor Deus. É preciso que haja discernimento do Espírito, afinal, a vida que nos é proporcionada deve ser exclusivamente para honra e gloria do Eterno, e isto com todas as forças possíveis. E nesta visão, é preciso abrir-se mão de muitas atitudes aparentemente normais e inofensivas à vida espiritual.
Amado, aconselho que seja sensível ao Espírito Santo, que tenha discernimento e sabedoria do Alto para julgar o grau de importância das ações. O que é mais importante, agradar a Deus ou satisfazer os anseios da vontade?
O Senhor aconselha:
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” 2 Co 6:14;
“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz... E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” Ef 5:8,11;
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.” Cl 1:13;
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” 1Pe 2:9;
"Não imitem os costumes dos povos que eu vou expulsar dali, conforme vocês forem tomando posse da terra. Eu fiquei aborrecido com eles por causa das coisas imorais que faziam." Lv 20.23.
Não se deixe levar por vãs filosofias e toda sorte de doutrinas; seja fiel, santo, puro e cheio do Espírito Santo, assim, de tua vida fluirá um rio de água viva!
Elias R. de Oliveira

A DIFERENÇA ENTRE PASTORES E LOBOS


Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.
Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.
Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.
Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.
Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores (Mateus 7:15).
Osmar Ludovico da Silva, diretor e mentor espiritual, dirige cursos de espiritualidade, revisão de vida e de pastoreio de pastores e missionários. Casado com Isabelle e pai de Priscila e Jonathan, reside em Cabedelo, Paraíba.
Obtido de http://www.revistaenfoque.com.br/, edição 54

sábado, 12 de julho de 2008

TEOLOGIA REFORMADA


por
James Montgomery Boice

A Teologia Reformada recebe seu nome da Reforma Protestante do século XVI, com suas ênfases teológicas distintas, mas é teologia solidamente baseada na própria Bíblia. Os crentes na tradição reformada têm alta consideração as contribuições específicas como as de Martinho Lutero, Jonh Knox e, particularmente, de João Calvino, mas eles também encontram suas fortes distinções nos gigantes da fé que os antecederam, tais como Anselmo e Agostinho e principalmente nas cardas de Paulo e nos ensinamentos de Jesus Cristo.

Os Cristãos Reformados sustentam as doutrinas características de todos os cristãos, incluindo a Trindade, a verdadeira divindade e humanidade de Jesus Cristo, a necessidade do sacrifício de Jesus pelo pecado, a Igreja como instituição divinamente estabelecida, a inspiração da Bíblia, a exigência para que os cristãos tenham uma vida reta, e a ressurreição do corpo. Eles sustentam outras doutrinas em comum com cristãos evangélicos, tais como justificação somente pela fé, a necessidade do novo nascimento, o retorno pessoal e visível de Jesus Cristo e a Grande Comissão.

O que, então, distinto a respeito da Teologia Reformada?

1. A Doutrina das Escrituras

O compromisso da reforma para com a Escritura enfatiza a inspiração, autoridade e suficiência da Bíblia. Uma vez que a Bíblia é a Palavra de Deus e, portanto, tem a autoridade do próprio Deus, os reformadores afirmam que essa autoridade é superior àquela de todos os governos e de todas as hierarquias da Igreja. Essa convicção deu aos crentes reformados a coragem para enfrentar a tirania e fez da teologia reformada uma força revolucionária na sociedade. A suficiência das Escrituras significa que ela não necessita ser suplementada por uma revelação nova ou especial. A Bíblia é o guia completamente suficiente para aquilo que nós devemos crer e para como nós devemos viver como cristãos.

Os Reformadores, em particular, João Calvino, enfatizaram o modo como a Palavra escrita, objetiva e o ministério interior, sobrenatural do Espírito Santo trabalham juntos, e o Espírito Santo iluminando a Palavra para o povo de Deus. A Palavra sem a iluminação do Espírito Santo mantém-se como um livro fechado. A suposta condução do Espírito sem a Palavra leva a erros excessos. Os Reformadores também insistiam sobre o direito de os crentes estudarem as Escrituras por si mesmos. Ainda que não negando o valor de mestres capacitados, eles compreenderam que a clareza das Escrituras em assuntos essenciais para a salvação torna a Bíblia propriedade de todo crente. Com esse direito de acesso, sempre vem a responsabilidade sobre a interpretação cuidadosa e precisa.

2. A Soberania de Deus

Para a maioria dos reformadores, o principal e o mais distinto artigo do credo é a soberania de Deus. Soberania significa governo, e a soberania de Deus significa que Deus governa sua criação com absoluto poder e autoridade. Ele determina o que vai acontecer, e acontece. Deus não fica alarmado, frustrado ou derrotado pelas circunstâncias, pelo pecado ou pela rebeldia de suas criaturas.

3. As Doutrinas da Graça

A Teologia Reformada enfatiza as doutrinas da graça.

Depravação Total: Isso não quer dizer que todas as pessoas são tão más quanto elas poderiam ser. Significa, antes, que todos os seres humanos são afetados pelo pecado em todo campo do pensamento e da conduta, de forma que nada do que vem de alguém, separado da graça regeneradora de Deus, pode agradá-lo. À medida que nosso relacionamento com Deus é afetado, nós somos tão destruídos pelo pecado, que ninguém consegue entender adequadamente Deus ou os caminhos de Deus. Tampouco somos nós que buscamos Deus, e, sim, é ele quem primeiramente age dentro de nós para levar-nos a agir assim.

Eleição Incondicional: Uma ênfase na eleição incomoda muitas pessoas, mas o problema que as preocupa não é realmente a eleição; diz respeito à depravação. Se os pecadores são tão desamparados em sua depravação, como a Bíblia diz que são, incapazes de conhecer a Deus e relutantes em buscá-lO, então, o único meio pelo qual eles podem ser salvos é quando Deus toma a iniciativa de mudá-los e salvá-los. É isso que significa eleição. É Deus escolhendo salvar aqueles que, sem sua soberana escolha e subseqüente ação, certamente pereceriam.

Expiação Limitada: O nome é, potencialmente, enganoso, pois ele parece sugerir que os reformadores desejam de alguma forma limitar o valor da morte de Cristo. Não é o caso. O valor da morte de Cristo é infinito. A questão é saber qual é o propósito da morte de Cristo e o que ele realizou com ela. Cristo pretendia fazer da salvação algo não mais que possível? Ou ele realmente salvou aqueles por quem morreu? A Teologia Reformada acentua que Jesus realmente fez a propiciação pelos pecados daqueles a quem o Pai escolhera. Ele realmente aplacou a ira de Deus para com seu povo, assumindo a culpa sobre si mesmo, redimindo-os verdadeiramente e reconciliando verdadeiramente aquelas pessoas específicas com Deus. Um nome melhor para expiação “limitada” seria redenção “particular” ou “específica”.

Graça Irresistível: Abandonados em nós mesmos, nós resistimos à graça de Deus. Mas, quando Deus age em nosso coração, regenerando-nos e criando uma vontade renovada, então, o que antes era indesejável torna-se altamente desejável, e voltamo-nos para Jesus da mesma forma como antes fugíamos dele. Pecadores arruinados resistem à graça de Deus, mas a sua graça regeneradora é efetiva. Ela supera o pecado e realiza os desígnios de Deus.
Perseverança dos Santos: Um nome melhor seria “perseverança de Deus para com os santos”, mas ambas as idéias estão realmente juntas. Deus persevera conosco, protegendo-nos de deixar a fé, que certamente aconteceria se ele não estivesse conosco. Mas, porque ele persevera, nós também perseveramos. Na realidade, perseverança é a prova definitiva de eleição.

4. Mandato Cultural

A Teologia Reformada também enfatiza o mandato cultural ou a obrigação de os cristãos viverem ativamente em sociedade e de trabalharem para a transformação do mundo e suas culturas. Os reformadores tiveram várias perspectivas nessa área, dependendo da extensão como acreditam que a transformação seja possível. Mas, no geral, concordam com duas coisas. Primeira, nós somos chamados para estar no mundo e não para nos afastarmos dele. Isso separa os reformadores crentes do monasticismo. Segunda, nós devemos alimentar os famintos, vestir os despidos e visitar os prisioneiros. Mas as principais necessidades das pessoas são espirituais, e a obra social não é substituto adequado para a evangelização. Na verdade, o empenho em ajudar as pessoas só será verdadeiramente eficiente se seu coração e mente forem transformados pelo Evangelho. Isso separa os crentes reformados do simples humanitarismo.

Tem-se alegado que, para a Teologia Reformada, qualquer pessoa que crê e faça parte da linha reformada perderá toda a motivação para a evangelização. “Se Deus vai agir, por que devo me preocupar?” Mas não é assim que funciona. É porque Deus executa a obra que nós podemos Ter coragem de nos unirmos a ele, da forma como ele nos ordena a agir. Nós agimos assim alegremente, sabendo que nossos esforços jamais serão em vão.

Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra
http://www.monergismo.com/

sexta-feira, 11 de julho de 2008

PODE UM HOMEM DIVORCIADO SER PASTOR?



Não! 10 motivos o impedem!

1. Ele não é exemplo dos fiéis.

Em 1 Tm 4:12, Paulo exorta ao pastor Timóteo para que seja "...o exemplo dos fiéis..." O homem que está no segundo, e em até alguns casos, terceiro ou mais casamentos, não pode ser exemplo dos fiéis, por não ser esta a vontade de Deus para o seu povo: Ele odeia o divórcio (Mal 2:16). Os jovens de tal igreja estariam automaticamente, levantando a possibilidade de o seus futuros casamentos, se não derem certo "como o do pastor", o divórcio seria uma opção e ainda Deus os estaria ainda abençoando após algumas "tribulações..." Desastroso exemplo seria também para os que entrarão ou já estão no ministério pastoral. O cristianismo verdadeiro não segue o lema de "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço". Paulo disse "sede meus imitadores como eu sou de Cristo"( 1Cor 3:15). O ministério pastoral não é para qualquer um, mas para os que tem condições morais de dar exemplo ( Heb. 13:7).

2. Ele não é irrepreensível.

Em 1 Tm 3:2 temos as qualificações para o pastor: " Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível..." A palavra traduzida por irrepreensível usada no texto acima é no grego "anepleptos". Ela aparece 3 vezes no Novo Testamento, a saber: 1 Tim 3:2, 5:7 e 6:14. O significado é sempre o de alguém de quem não se pode falar nada contra, sem mancha, sem culpa inacusável. Independente ser ou não o causador do divórcio ( se é que existe tal condição ), o homem que passou por esta experiência não se encaixa nas exigências bíblicas e será usado pelo Diabo para escandalizar e envergonhar o evangelho. Existe "pastor" que se casou em rebeldia contra os conselhos dos pais, de amigos e até de seus pastores atraindo as maldições do Senhor. Tal flagrante violação da vontade de Deus, tornou tal crente o único responsável pela falência do seu próprio casamento, desqualificando-o de uma vez por todas, para o exercício do pastorado.

3. Ele não é marido de uma mulher.

"Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher... " (1Tim 3:2). A expressão "marido de uma mulher" significa muito mais do que o leitor superficial possa imaginar. O ensino é que a mulher com quem o bispo é casado, é a sua primeira e única! Não tem nada a ver com a condenação de relacionamentos simultâneos, o que seria adultério. A condenação da poligamia seria um absurdo tão redundante e flagrante que Paulo não precisaria se referir para uma pessoa especial como o bispo. O que está em jogo é a conduta ilibada e irrepreensível do pastor no seu relacionamento singular com a sua primeira esposa. Veja o verso afim em 1 Tim 5:9. "...e só a que tenha sido mulher de um só marido." É óbvio que a viúva a que Paulo se refere, só poderia receber auxílio da igreja se tivesse vivido com um só homem. Por estar ele morto não haveria outro. Esta é a mesma construção gramatical que se refere a situação do pastor, apenas invertendo-se os substantivos. A ênfase em 1 Tim 3:1 sobre a vida conjugal do pastor é tão flagrante, que a mesma palavra que é usada para expressar a unicidade da mulher da sua vida, é usada também em todas as vezes no Novo Testamento para expressar que marido e mulher se tornam uma só carne. O homem que se divorcia e se casa com outra mulher não reverte o se tornar uma só carne com a primeira, portanto ele não é mais marido de uma só mulher nem na singularidade nem na ordem numeral. Se voltasse para a primeira mulher cessaria o adultério, mas a desqualificação está selada para sempre.

4. Ele não tem autoridade para exortar nem aconselhar.

Certo pastor, que estava no segundo casamento, teve a audácia de, ao pregar numa determinada igreja, mencionar a sua indignação ao se deparar com colegas que estavam no segundo casamento...Tal falta de honestidade e coerência nos faz lembrar a advertência do Mestre que disse "Ou como dirás ao teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu" ( Mat 7:5 ). O divorciado não pode pregar numa igreja como pastor, muito menos aconselhar os casais crentes sobre família, porque a sua não é mais exemplo. Se tentar aconselhar estará sendo hipócrita, se não aconselhar estará sendo omisso com o ministério mutilado. Não tem jeito, o cristianismo não funciona segundo palavras vazias, mas com exemplo de vida. Mesmo que o homem não tenha se casado novamente, a situação de separação da primeira esposa já o desqualifica para o pastorado.

5. Ele contradiz a própria palavra que prega por exercer, em rebeldia, uma posição para a qual Deus não o permitiu nem o chamou.

Quando o pastor sobe ao púlpito para pregar, ele não pode expressar as suas opiniões. Ele tem que entregar uma mensagem que não é a sua. Ele tem que pregar a Palavra de Deus em obediência a Cristo. Se o pregador está em rebeldia no seu viver, ele está desqualificado para pregar. Suas palavras são vazias e sem unção. Não importa o que a igreja pense, o tamanho da congregação, ou quantas conversões acontecem: o seu líder nessas condições está sem a bênção do Senhor, não importando os "sinais externos": os resultados não autenticam a fonte (1Cor 3:13-15).

6. Ele seria um desastre espiritual a médio e longo prazo para a igreja imatura que o aceitar.

Não se pode colocar o pecado em compartimentos. Quando ele entra na igreja sob a forma de omissão e rebeldia contra a palavra de Deus, qual fermento se espalha para vários outros setores. Com o pecado não se brinca. A tendência do homem é o pecado, principalmente na área de família e sexo. Na igreja isto também se verifica. Se a liderança não tem os padrões de Deus, a degeneração dos crentes é certa. Os líderes cristãos não podem ser egoístas, buscando seus interesses a curto prazo nem status de liderança para encobrir pecados pessoais. Se os padrões são decadentes, pode esperar que os crentes que se desenvolveram dentro do ambiente de tolerância com o pecado serão cada vez mais decadentes, frios e finalmente apóstatas. Veja as advertências do Senhor às 7 igrejas do Apocalipse. A igreja local muito menos ordem de pastores não têm autoridade para aceitar um pastor divorciado. Eles estariam em rebeldia contra a palavra de Deus, independente do número de votos que homologou a aceitação. Os crentes sérios que porventura pertençam a tal igreja deveriam imediatamente se retirar dela, recusando submeter-se a um líder desqualificado e não aprovado por Deus. O voto da maioria nesse caso não opera a vontade de Deus (Ex.23:2).

7. Ele desonra o gesto nobre de ex-pastores que abandonaram o ministério por fracassarem no casamento.

Há diversos casos de pastores que, apesar de terem o chamado de Deus para o ministério, tiveram a dignidade e a nobreza de abandoná-lo após se desqualificarem devido ao divórcio, separação ou conduta. Quando alguém insiste em permanecer no ministério nessas condições está desonrando a Deus e a esses homens dignos que entenderam que não era mais a vontade de Deus a sua liderança sobre o Seu povo. Quando alguém assim permanece no ministério, na verdade está se julgando muito importante e indispensável para o trabalho de Deus (Luc. 17:10).

8. Ele destruiu o modelo de compromisso eterno e indissolúvel entre Cristo e a igreja.

O relacionamento eterno entre Cristo e os salvos, é comparado com o do marido e esposa cujo compromisso não é para ser quebrado (Ef. 5:22-33).

9. Ele não pode celebrar nenhum casamento.

Até que a morte os separe (Rom. 7:2-4, 1Cor 7:39) ? Como pode um pastor proferir os votos conjugais para um casal de noivos , se ele mesmo não cumpriu na sua vida?

10. Ele está contribuindo para a degeneração dos padrões familiares das gerações seguintes.

Se pastores, tendo suas famílias dentro dos padrões bíblicos, já sofrem com a desintegração de várias famílias da membrezia, imagine se do púlpito vem o péssimo exemplo do fracasso conjugal. Nesse caso os fundamentos da família estão abalados para as gerações seguintes (Sal. 11:3).

Conclusão

O divórcio é uma ameaça para a família cristã. As sua conseqüências são devastadoras para a família. Por esse motivo "...o Senhor Deus de Israel diz que aborrece o repúdio..." (Mal 2:16). O homem que foi chamado para anunciar a palavra de Deus como pastor não pode ser divorciado, muito menos casado pela segunda vez. Se alguém está nessa triste situação deve ter a humildade suficiente de abandonar o ministério urgentemente para não causar mais prejuízos ao testemunho do evangelho e procurar exercer os seus dons fora da liderança da igreja, pois o seu chamado acabou tão logo tenha ocorrido a desqualificação. Para os crentes que desfrutam a bênção de ter o seu casamento dentro da vontade de Deus, fica o alerta para, humildemente, reconhecer a graça do Senhor (1Cor. 10:12) e buscar em fervente oração, forças e discernimento para combater as armadilhas do maligno para a destruição da família.

Obtido de www.baptistlink.com

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Adorando o Verdadeiro Deus


Quando Josafá percebeu que uma coalizão de exércitos superava em muito suas tropas, descobriu que sua esperança só poderia ser depositada em Deus. Em meio a grande desespero, orou dizendo: “Ó nosso Deus, não irás tu julgá-los? Pois não temos forças para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti” (2Cr 20.12). Esse homem sabia que nossa maior necessidade é sempre olhar para Deus. Quando mais clara for nossa visão a respeito dEle, maior será nossa motivação para confiar, obedecer e adorar. A.W. Tozer estava certo quando disse que aquilo que acreditamos sobre Deus é a coisa mais importante sobre nós mesmos.

Mas em qual Deus devemos acreditar?

Embora as pesquisas indiquem que a maioria das pessoas acredita em Deus, não é exatamente o Deus da Bíblia que conhecem. De acordo com o jornalista Chris Stamper, essa deidade “se parece cada vez menos com o Deus verdadeiro, pois se aproxima cada vez mais da personagem principal do evangelho self-service da lanchonete pós-moderna”. Essa geração simplesmente eliminou a idéia da crença em uma deidade transcendente, capaz de mexer com nossa vida profundamente, reorganizar nossas prioridades e forçar-nos a lidar com o temível conceito de pecado.
Em vez disso, nossa geração prefere satisfazer suas necessidades espirituais indo às compras em uma busca de uma fé que possua fragmentos do cristianismo misturado com cientologia, budismo e qualquer noção derivada da “experiência pessoal”. Desse modo, embora uma imensa quantidade de pessoas continue a dizer que acredita em Deus, sua concepção de Deus é tão diversa quanto os itens que podem ser encontrados em um shopping center. Nietzsche estava certo: logo que Deus fosse declarado morto, uma “chuva de deuses” se seguiria, e cada pessoa adoraria o deus de sua escolha.

Em círculos acadêmicos mais liberais viceja o pós-modernismo, segundo o qual o conceito de Deus é na verdade uma construção social. Esse conceito afirma que nenhuma realidade exterior pode determinar a noção de Deus, pois cada indivíduo ou grupo de pessoas decide qual concepção adotar. O fato é que, para eles, não existe verdade, religiosa ou não, que devas ser descoberta: a verdade deve ser simplesmente “criada”. A sociedade contemporânea não aceita nenhuma alegação quanto à existência da razão objetiva, declarando pelo contrário, que “tudo o que existe é o que está em minha mente; minhas idéias são ‘verdadeiras’ simplesmente porque eu as concebo”.

Estas tendências são compreensíveis em nosso momento cultural. O mais lamentável é que estas crenças distorcidas sobre Deus também podem ser encontradas na igreja. A grande visão de Deus, o legado dos autores bíblicos, foi, em grande parte, perdida. Essa visão deu lugar à ênfase na “percepção das necessidades” e na “saúde e riqueza”. Pior do que isso é vermos algumas pessoas que ainda querem ser reconhecidas como evangélicas negando que Deus conheça o futuro ou que devamos ser salvos apenas pela fé em Cristo. Muitos freqüentadores-de-igrejas extraem sua compreensão de Deus tanto da cultura popular quanto das Escrituras. Não rejeitam o cristianismo abertamente, mas o filtram para que se encaixe no pluralismo da religião do “sinta-se bem”, muito difundida nos dias de hoje.

“Resumindo”, escreve Os Guinnes, “um dos males de nossa época é termos corpos esbeltos, mas mentes flácidas e almas sedentárias. Desse modo, como o preguiçoso que cochila depois do almoço e reluta em levantar-se para atender ao telefone, vemo-nos pouco inclinados a atender ao desafio de estar acima de nossa geração”. Se a igreja pudesse ser despertada para ouvir a voz de Deus, seria muito provável que nossa tolerante cultura se levantasse e desse uma segunda olhada em sua enfermidade moral e espiritual. Mas isso deve se iniciar com pessoas como nós dispostas a se voltar para o Deus das Escrituras, em vez de ser cooptadas pelo que C.S. Lewis chamou de “cristianismo e água”, a visão segundo a qual realmente existe um bom Deus lá no céu, mas não precisamos nos preocupar com doutrinas complicadas como pecado, inferno e redenção.

Afirmo mais uma vez que as mentiras aqui expostas estão cada vez mais presentes não apenas na cultura popular, mas também na própria igreja. Por isso estou firmado em três convicções:

Primeiramente, devemos obter conhecimento de Deus apenas a partir da Bíblia e não a partir de nossas experiências e preferências pessoais.

Naturalmente, não acho que seja possível nos isentarmos totalmente das influencias culturais, mas, à medida do possível, devemos perguntar o que a Bíblia diz, e não o que queremos que ela diga. Logo descobriremos que o que o Deus da Bíblia é profundamente diferente de outras divindades. Esse Deus coloca-se à parte da mais intrincada deidade.

Tal como todos nós, enfrento o perigo da idolatria, ou seja, a tentação de fabricar um Deus baseado em minha inclinação e experiência. Cientistas sociais dizem que há fortes evidencias de que cada cultura cria os próprios deuses; aliás, tais deuses não podem na maioria dos casos, ser separados da cultura onde são adorados. Povos ligados à agricultura desenvolvem deuses a partir do sol e da chuva; culturas ligadas ao mar criam um deus mar e lua. Os ocidentais, de modo geral, obcecados pelo consumismo e pelo prazer, criam um deus que é tolerante com nossos estilos de vida, que nos deixa estar no controle e que serve principalmente para nos ajudar a alcançar o máximo do nosso potencial – um Deus “sob medida” para nós.

Creio que ninguém ousaria criar a idéia do Deus santo e transcendente da Bíblia. Esse Soberano põe à prova nossos pensamentos mais ocultos, pede que nos arrependamos e exige adoração que põe fim a qualquer pensamento de auto-engrandecimento. Nossa tarefa é compreendê-lo da maneira pela qual ele optou para se revelar a nós, não do modo que nós achamos que ele seja.

Minha segunda convicção é que, quanto mais claramente virmos a Deus, mais claramente veremos a nós mesmos.

Calvino estava certo quando disse que nenhum homem pode conhecer a si mesmo sem que primeiramente conheça a Deus. Na presença do Todo Poderoso, a vara com a qual medimos nossa bondade é finalmente revelada. Logo, devemos rapidamente confessar, como fizeram os santos antes de nós: “Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). Felizmente Deus não nos deixa “perdidos”, mas estende a nós a cura de sua amorosa graça e de sua misericórdia.

Equipados com o conhecimento de quem somos, estaremos bem mais preparados para ordenar nossa vida de acordo com os valores eternos. A inquietação interior dará lugar à paz de saber que pelo menos descobrimos a razão de termos sido criados. Nossa busca por Deus afetará profundamente todos os aspectos de nossa vida. Olhemos nosso viver, até mesmo para as tragédias, com a fé de Josafá, que confessou: “nossos olhos se voltam para ti”.

Em terceiro lugar, quanto melhor conhecermos a Deus, mais intensamente o adoraremos.

Quando Jó soube que seus dez filhos haviam sido mortos em uma tempestade, voltou-se para Deus e o adorou. Perceba que, naquele ponto de sua jornada espiritual, não tinha idéia do que havia acontecido. Contudo, lemos:

Ao ouvir isso, Jó levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça. Então prostrou-se, rosto em terra, em adoração, e disse:”Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei! O SENHOR deu, o SENHOR o levou; louvado seja o nome do Senhor” (Jó 1.20,21).

Jó aprendeu a adorar a Deus mesmo se não recebesse explicações. Mesmo sem ser capaz de penetrar a mente de Deus e sem estar inteirado de todos os detalhes dos propósitos ocultos do Todo-Poderoso, Jó sabia que seu lugar era diante do Deus em quem confiava.

Concordo com John Stott quando diz que “existe alguma coisa fundamentalmente errada quando temos um interesse em Deus puramente acadêmico. Deus não é um objeto possível de observação científica e de avaliação fria, crítica e isenta. Não, o verdadeiro conhecimento de Deus sempre nos levará à adoração [...] Nosso lugar é diante dele, prostrados em adoração”.

Oro para que você seja transformado, da mesma maneira que eu fui, ao contemplar nosso grande e misericordioso Deus.

Extraído do prefácio do livro 10 mentiras sobre Deus de Erwin Lutzer. Editora Vida, 1º ed. Fevereiro de 2003.

terça-feira, 1 de julho de 2008

DEUS EXISTE


“O insensato diz no seu coração: ‘Não há Deus” (Sl. 13,1)


Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta:
* Deus fez tudo que existe?
* Um estudante respondeu corajosamente: - "Sim, fez!"
* Deus fez tudo, mesmo?
* Sim, professor - respondeu o jovem.
* O professor replicou:
* Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mal.
* O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito.
* Outro estudante levantou sua mão e disse:
* Posso lhe fazer uma pergunta, professor?
* Sem dúvida, respondeu-lhe o professor.
* O jovem ficou de pé e perguntou:
* Professor, o frio existe?
* Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?
* O rapaz respondeu:
* Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.
* E a escuridão, existe? - continuou o estudante.
* O professor respondeu:
* Mas é claro que sim.
* O estudante respondeu:
* - * Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda.
* A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca.
* Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço?
* Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo?
Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.
* Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:
* Diga, professor, o mal existe?
* Ele respondeu:
* Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.
* Então o estudante respondeu:
* O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz."








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