quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A ÁRVORE DA HIPOCRISIA - A propaganda enganosa da igreja de hoje


Por Manoel Silva Filho

Essa semana o tema da mensagem foi a respeito da figueira que Jesus secou desde à raiz, por não encontrar frutos nela. É a figueira impostora. Mas é Incrível como nos identificamos com ela, quando vendemos uma imagem pra crente ver, e fazemos a publicidade de uma copa linda, cheia de folhas verdes, mas sem conteúdo, sem verdade, sem verdadeiros frutos.

Um pouco de luz contextual. Existe uma época certa para a frutificação dos figos na região de Jerusalém. Os figos pequenos, que crescem dos brotos dos figos da última safra, começam a aparecer no final de março e podiam ser colhidos em maio ou junho. os figos grandes são colhidos no final de agosto até outubro.
quando os figos pequenos surgem, eles surgem junto com as folhas. logo, se há folhas...há figos.

Jesus saiu muito cedo, com os primeiros raios do sol, que salpicavam com tons laranjas o céu azul escuro. Ele havia pernoitado na casa de seus amigos em Betânia,(Lázaro,Marta e Maria) e deve ter saído sem tomar o “café da manhã”. Durante sua cansativa caminhada para Jerusalém, sentiu fome, quando viu, à beira da trilha tortuosa, uma figueira copada, indício certo de frutos suculentos, cheios de sumo doce e delicioso.

Quão profundamente humano é esse nosso Jesus, e quão semelhante a nós, às vezes chega a sentir o estômago roncar de tanta fome!
... “E, não tendo achado senão folhas...”. O raciocínio natural de Jesus era: se há folhas... há figos.
A oferta de folhagem era a promessa da certeza de haver fruto.

Mas era propaganda enganosa, só camuflagem! Qualquer semelhança com a espiritualidade rasa de muitos de nós e de muitas igrejas de hoje, não é mera coincidência.

Aquela era uma estação em Israel em que todas as demais figueiras de Israel estavam peladas de folhas. Só aquela “enxerida” estava esnobando uma linda copa de folhas! E como Jesus não suporta venda de imagem, a fez secar completamente para nos ensinar grandes lições.

Essa árvore é mais que uma simples figueira à beira do caminho; ela é um símbolo e uma metáfora grandiosa sobre nossas vidas reais. Essa árvore gabola é um símbolo vivo do pecado dos nossos primeiros pais e metáfora eloquente da religião hipócrita dos rituais mecânicos no templo suntuoso, com seus cultos requintados de folhagens brilhantes, mas totalmente desprovidos dos frutos que Deus mais se agrada: a sinceridade e a verdade no íntimo.

Lembram que Adão, depois que desobedeu a ordem de Deus, ele e sua mulher, logo se viram envergonhados e acapachados pela culpa, e cheios de constrangimento tentaram cobrir sua nudez? Pois bem, sua empresa imediata foi fabricar uma tosca tanga de folhas de figueira, para tentar cobrir a nudez. Mas não adiantou nada. Então Deus toma a iniciativa e derrama sangue pela primeira vez, matando um animal inocente, e Ele mesmo, tece uma vestimenta de pele de animal, nova e adequada para o casal confuso. E é assim que aconteceu quando Jesus derramou seu sangue na cruz do Calvário. Nós, pecadores, tentamos inutilmente tecer vestimentas de folhas de figueira para disfarçar a podridão do nosso coração enganoso, nossas obras de fachada, nossa religiosidade legalista, nossa mania de fazer falsa propaganda do que jamais fomos.

Essas roupas nada mais são do que tentativas camufladas para mostrar que somos eficientes,que somos bonzões, inerrantes, que nossas obras, ações e religiosidade podem ser vistas e reconhecidas por Deus, e elogiadas pelos homens. De fato é comum tentarmos barganhar com Deus, mostrando currículo, que somos bons de oração, de jejum, de evangelizar, de pregar, de ter discípulos, de saber mais doutrina, de ser mais separado do mundo, de sermos mais santos que os demais, mas só Deus sabe da armação, da farsa engendrada por detrás de nossas motivações repugnantes.

Então o primeiro passo é rasgar essas folhagens, esses trapos, e nos mostrar nus, desprovidos, e humilhados na presença daquele que sonda os corações e conhece as intenções e os propositos mais profundos do nosso coração. Ele faz hilasterion, propiciação, uma cobertura realmente adequada para cobrir os nossos pecados e vestir nossa vergonha. E Isso vem via humilhação, confissão sincera e aberta, e através de arrependimento genuíno. O que passar disso é anomalia, é aberração e camuflagem ridícula de folhas de falsidade e impostura.

Mas aí Ele vem em nossa direção cheio de graciosa compaixão e perdoa os pecados, e nos purifica de toda injustiça. E a partir da nossa nudez e transparência, quando formos simplesmente figueiras peladas, despretenciosos, sem forçação de barra, vamos esperar naturalmente a estação certa para começar a frutificar, então vamos ser transformados em árvores frutíferas, cujas raízes tocam as correntes de águas, e adquiriremos uma folhagem que nunca murchará e sempre dará frutos vistosos e saborosos.

Mas se não assumirmos essa atitude de compromisso radical com a verdade, individualmente e como igreja, e continuarmos a apresentar cultos pretenciosos, com nossa venda de imagem, com nossa falsa propaganda, seremos passivos de Sua reprimenda, e consequentemente, nos tornamos árvores secas até a raiz, e como diz Judas, seremos árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas , desarraigadas, e seremos tão somente estéreis, infecundas, e improdutivas como sempre fomos mesmo antes, quando apresentávamos uma basta e copada folhagem de belas folhas.

Folhagens de hipocrisia e de mentira.

Fonte: Manoel dC

O grande deus entretenimento


Por A. W. Tozer

Há muitos anos um filósofo alemão disse alguma coisa no sentido de que, quanto mais um homem tem no coração, menos precisará de fora; a excessiva necessidade de apoio externo é prova de falência do homem interior.

Se isto é verdade (e eu creio que é), então o desordenado apego atual a toda forma de entretenimento é prova de que a vida interior do homem moderno está em sério declínio. O homem comum não tem nenhum núcleo central de segurança moral, nenhum manancial no seu peito, nenhuma força interior para colocá-lo acima da necessidade de repetidas injeções psicológicas para dar-lhe coragem para continuar vivendo. Tornou-se um parasita no mundo, extraindo vida do seu ambiente, incapaz de viver um só dia sem o estímulo que a sociedade lhe fornece.

Schleiermacher afirmava que o sentimento de dependência está na raiz de todo culto religioso, e que por mais alto que a vida espiritual possa subir, sempre tem que começar com um profundo senso de uma grande necessidade que somente Deus poderia satisfazer. Se esse senso de necessidade e um sentimento de dependência estão na raiz da religião natural, não é difícil ver porque o grande deus entretenimento é tão cultuado por tanta gente. Pois há milhões que não podem viver sem diversão. A vida para eles é simplesmente intolerável. Buscam ansiosos o alívio dado por entretenimentos profissionais e outras formas de narcóticos psicológicos como um viciado em drogas busca a sua injeção diária de heroína. Sem essas coisas eles não poderiam reunir coragem para encarar a existência.

Ninguém que seja dotado de sentimentos humanos normais fará objeção aos prazeres simples da vida, nem às formas inofensivas de entretenimentos que podem ajudar a relaxar os nervos e revigorar a mente exausta de fadiga. Essas coisas, se usadas com discrição, podem ser uma benção ao longo do caminho. Isso é uma coisa. A exagerada dedicação ao entretenimento como atividade da maior importância para a qual e pela qual os homens vivem, é definitivamente outra coisa, muito diferente.

O abuso numa coisa inofensiva é a essência do pecado. O incremento do aspecto das diversões da vida humana em tão fantásticas proporções é um mau presságio, uma ameaça às almas dos homens modernos. Estruturou-se, chegando a construir um empreendimento comercial multimilionário com maior poder sobre as mentes humanas e sobre o caráter humano do que qualquer outra influência educacional na terra. E o que é ominoso é que o seu poder é quase exclusivamente mau, deteriorando a vida interior, expelindo os pensamentos de alcance eterno que encheriam a alma dos homens, se tão-somente fossem dignos de abrigá-los. E a coisa toda desenvolveu-se dando numa verdadeira religião que retém os seus devotos com estranho fascínio, e, incidentalmente, uma religião contra a qual agora é perigoso falar.

Por séculos a igreja se manteve solidária contra toda forma de entretenimento mundano, reconhecendo-o pelo que era – um meio para desperdiçar o tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência, um esquema para desviar a atenção da responsabilidade moral. Por isso ela própria sofreu rotundos abusos dos filhos deste mundo. Mas ultimamente ela se cansou dos abusos e parou de lutar. Parece Ter decidido que, se ela não consegue vencer o grande deus entretenimento, pode muito bem juntar suas forças às dele e fazer o uso que puder dos poderes dele. Assim, hoje temos o espantoso espetáculo de milhões de dólares derramado sobre o trabalho profano de providenciar entretenimento terreno para os filhos do Céu, assim chamados. Em muitos lugares, o entretenimento religioso está eliminando rapidamente as coisas sérias de Deus. Muitas igrejas nestes dias têm-se transformado em pouco mais do que pobres teatros onde “produtores” de quinta classe mascateiam as suas mercadorias falsificadas com total aprovação de líderes evangélicos conservadores que podem até citar um texto sagrado em defesa de sua delinqüência. E raramente alguém ousa levantar a voz contra isso.

O grande deus entretenimento diverte os seus devotos principalmente lhes contando estórias. O gosto por estórias, característicos da meninice, depressa tomou conta das mentes dos santos retardados dos nossos dias, tanto que não poucas pessoas, pelejam para construir um confortável modo de vida contando lorotas, servido-as com vários disfarces ao povo da igreja. O que é natural e bonito numa criança pode ser chocante quando persiste no adulto, e mais chocante quando aparece no santuário e procura passar por religião verdadeira.

Não é uma coisa esquisita e um espanto que, com a sombra da destruição atômica pendendo sobre o mundo e com a vinda de Cristo estando próxima, os seguidores professos do Senhor se entreguem a divertimentos religiosos? Que numa hora em que há tão desesperada necessidade de santos amadurecidos, numerosos crentes voltem para a criancice espiritual e clamem por brinquedos religiosos?

“Lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido; considera, e olha para o nosso opróbrio. … Caiu a coroa da nossa cabeça; ai de nós porque pecamos! Por isso caiu doente o nosso coração; por isso se escureceram os nossos olhos.” Amém. Amém.

(O Melhor de A. W. Tozer, Editora Mundo Cristão)

Amor de Cristo


Soren Kierkegaard
(1813-1855)

Amar o outro a despeito das suas fraquezas e erros e imperfeições não é o perfeito amor. Não, amar é considerá-lo amável a despeito e junto com suas fraquezas e erros e imperfeições [...] A tarefa não é encontrar um objeto amável, mas considerar o objeto diante de si amável - seja dado ou escolhido - e ser capaz de continuar considerando esse objeto amável, não importa o quanto essa pessoa mude. Amar é amar a pessoa que se vê. Como o apóstolo João nos lembra: "Aquele que não ama seu irmão, a quem ele vê, não pode amar a Deus, a quem ele não vê." (1 Joao 4:20)

Considere como Cristo olhou para Pedro, uma vez que ele negou Jesus. Foi um olhar repelente, um olhar de rejeição? Não. Foi um olhar tal como o que uma mãe dá a sua criança quando a criança está em perigo devido à sua própria imprudência. Como ela não pode se aproximar e tomar a criança de perto do perigo, ela a desarma com um olhar reprovador mas salvador. Entao Pedro estava em perigo? Ah, nós não entendemos quão sério é para alguém trair seu amigo. Mas na paixão da raiva ou do ferimento o amigo ferido não consegue ver que o traidor é quem está em perigo. Ainda assim o Salvador viu claramente que era Pedro que estava em perigo, não ele, e que era Pedro que precisava se salvar. O Salvador do mundo não cometeu o erro de considerar sua causa como perdida porque Pedro não correu para salvá-lo. Em vez disso, ele viu Pedro como perdido caso ele não corresse para salvá-lo.

O amor de Cristo por Pedro era tão ilimitado que, ao amar Pedro, ele realizou o objetivo de amar a pessoa que se vê. Ele não disse: "Pedro, primeiro você precisa mudar e se tornar outro homem antes que eu possa te amar novamente." Não, ele disse simplesmente o oposto: "Pedro, você é Pedro, e eu te amo; amor, e mais nada, vai te ajudar a se tornar uma pessoa diferente." Cristo não terminou sua amizade com Pedro, e então a renovou quando Pedro se tornou um homem diferente. Não, ele preservou a amizade e dessa forma ajudou Pedro a se tornar um outro homem. Você pensa que Pedro seria ganho de volta, um dia, sem um amor tão fiel como esse?

Nós, gente tola, pensamos com freqüência que, quando uma pessoa mudou para pior, nós estamos livres de ter que amá-la. Que confusão de linguagem: estar livre de amar! Como se fosse uma questão de compulsão, um fardo do qual alguém quisesse se livrar! Se é assim que você vê a pessoa, então você realmente não a vê; você só vê indignidade, imperfeição, e admite assim que, quando você a ama, você não viu realmente a pessoa mas viu somente sua excelência e perfeições. O amor verdadeiro é uma questão de amar exatamente a pessoa que se vê. A ênfase não é em amar as perfeições, mas em amar a pessoa que se vê, não importa quais perfeições ou imperfeições aquela pessoa possa possuir.

Aquele que ama as perfeições que ele vê na pessoa não vê a pessoa, e portanto não ama verdadeiramente, pois tal pessoa cessa de amar assim que a perfeição cessa.

Fonte: Kierkegaard diz Via: Soli Deo Gloria

QUEM SÃO OS FARISEUS DE HOJE?


Por Manoel Silva Filho

QUEM SÃO MESMO OS FARISEUS DE HOJE?

São os exterminadores da liberdade alheia, que excluem sumariamente as pessoas e se afastam delas, achando que são muito melhores do que elas.

São os que usam luvas de assepsia e jogam no lixo os diferentes, os quais diferem deles quanto ao estilo, conceitos, doutrina, postura moral, ética e religiosa.

São os que têm “complexo de São Pedro” por se julgarem acima da lei, se achando no direito de abrir ou fechar as portas do céu de acordo com seu julgamento distorcido, separando antes do tempo determinado o joio do trigo, quem é salvo ou não, quando Jesus proíbe veementemente tal atitude.

São os que pensam que estão sozinhos no mundo, e acham que eles e sua igreja, serão os únicos que vão ser salvos, e sua doutrina, teologia, liturgia e preceitos morais são os únicos certos e todos ao redor estão errados.

São os que se prendem a teias de legalismos tentando comprar a graça de Deus com obras humanas e ofertas de desempenho pessoal. Estes, na prática, esperam ainda obter o favor de Deus, com boa moralidade e bom comportamento, anulando assim, completamente o sacrifício de Cristo na cruz.

São os que colam máscaras de religiosidade na cara para impressionar o mundo, assumindo ridículas atitudes de bajulação e arrotando vantagens, tecem grandes relatos de proezas espirituais exacerbadas.

São os que ficam à espreita da liberdade dos outros, criticando e disseminado suspeitas de todo tipo, visando salvar sua própria reputação e descobrir e expor à vergonha a reputação de quem não concorda com sua maneira hipócrita de ser.

Se nos tempos de Cristo os fariseus eram os líderes religiosos de sua época, os anciãos do povo, os que compunham o Sinédrio, os líderes que detinham o poder religioso e mantinham o status quo econômico da nação, os fariseus de hoje também compõem grande parte da liderança das igrejas de hoje. Eles são os que se assentam nos concílios, nas juntas administrativas, nas comissões gestoras das organizações eclesiásticas, e se reúnem como donos e os chefes das grandes corporações da fé.

São, no entanto, aos olhos infalíveis de Jesus, hipócritas (atores que atuam com máscaras) que disseminaram ervas danosas no meio do trigo da igreja.

Sua atitude, apesar do alto teor moral, é tida diante de Deus, como palha que queima e que, ao passar pelo crivo do fogo purificador dos olhos do Rei, só sobrará cinza e poeira.

São os que ainda hoje Jesus chama de cobras venenosas, sepulcros caiados, bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e todo tipo de imundície, os que coem um mosquito e engolem um camelo, guia de cegos, e dignos do inferno.

São esses aos quais Jesus disse que o honram com os lábios mais seu coração está longe Dele, e que adoram a Deus em vão, e cujos ensinos não passam de regras ensinados por homens.

Fico pensando em quão inconsistente é, para Jesus, tanta pompa, tantas construções, tantos cursos infindáveis de educação religiosa, tantas regras proibitivas, tantos sistemas complexos, tantos preceitos inócuos, e que no final pouca coisa sobrará de útil para o Reino, e quase nada que perdurará para vida eterna.

Não seja nem consinta ser um fariseu de hoje. Sai das fileiras da hipocrisia, e venha se alistar no exército dos filhos da luz, que andam na verdade, na simplicidade do Reino e que não tem outra motivação que não seja agradar ao Rei oferecendo um coração sincero e transparente, e motivações que advém do coração, por saber que Ele se compraz (se alegra sobremaneira) da verdade no íntimo.

Fonte: Manoel dC Via: MINISTÉRIO BERÉIA

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Princípios de uma reforma religiosa

Por Kléber Nobre de Queiroz

Ao falar de avivamento precisamos fazer algumas perguntas a nós mesmos: estamos vivendo um verdadeiro avivamento no Brasil? O Crescimento da igreja brasileira pode se caracterizar um avivamento?

Vamos à luz do texto meditar sobre quais são os princípios de um grande avivamento, à luz da Bíblia e da história do povo de Deus.

1. A ênfase na palavra de Deus

Esdras 7.10 “Pois Esdras tinha decidido dedicar-se a estudar a Lei do SENHOR e a praticá-la, e a ensinar os seus decretos e mandamentos aos israelitas”. O primeiro livro a ser impresso com a criação de imprensa é a Bíblia. Lutero tem a preocupação de colocar a língua no idioma alemão e com isso deu uma grande contribuição para a consolidação do idioma alemão. E em todos os reformadores havia a preocupação com a o ensino da Palavra de Deus.

2. Arrependimento verdadeiro

Só a palavra de Deus pode nos levar ao verdadeiro arrependimento, pois é ela que nos revela a vontade de Deus. O arrependimento significa mudança de rumo, de mudanças de hábitos, de atitudes, de práticas contrárias à Palavra de Deus.

Não existe avivamento sem arrependimento, sem mudança de caráter. Sem que Deus trate a nossa língua, o nosso pensamento, as nossas ações, os nossos relacionamentos.

3. Preocupação com os necessitados

Uma marca distintiva dos avivamentos foi a preocupação com o próximo em suas necessidades físicas e espirituais e emocionais.

Aqui, podemos enfatizar o que se chama de missão integral. Devemos atender o ser humano em suas necessidades físicas e espirituais.

Diz-se de John Wesley, que promoveu um grande avivamento na Inglaterra, que não fosse a obra espiritual e social realizada por ele, a Inglaterra teria passado por uma revolução sangrenta como foi a francesa.

A propósito, a Escola Dominical, nasce da combinação do ensino da Palavra de Deus com a preocupação social. Ela foi criada para ensinar a ler com a Bíblia as crianças que não podiam ir à escola durante a semana porque estavam trabalhando.

4. Louvor Intenso

Só um coração puro, contrito e arrependido pode desfrutar da alegria do Senhor que nos fortalece.

Os períodos de avivamento são períodos muito férteis para a celebração. No período da reforma, Lutero, disseminou a reforma através dos hinos. John Wesley, que promoveu o avivamento na Inglaterra tinha em seu irmão Charles um grande auxiliar. Charles Wesley compôs muitos hinos e ajudou no avivamento. Não existe avivamento, sem louvor, sem celebração, sem festa.


Aplicações:

1. Se queremos um avivamento em nossa nação devemos orar para que Deus levante expositores da Palavra de Deus que a exponham com clareza, profundidade e autoridade. Alguns podem ter clareza, mas não têm profundidade, outros têm profundidade, mas, não têm clareza. Outros têm clareza e profundidade, mas não têm autoridade. O ideal é se ter as três coisas. Mas, a autoridade para pregar e ensinar e está acima das outras. A clareza pode ser conseguida com o estudo da didática, a profundidade pode ser obtida com o estudo das ciências bíblicas, como Exegese, Teologia, Hermenêutica, etc..., Mas a autoridade é algo que é dada por Deus e é conseqüência de uma vida de santidade e temor a Deus.

2. Se queremos um avivamento em nossa nação devemos orar por arrependimento e santidade de vida. Deus nos chamou para santidade de vida. A santidade de vida só é possível quando nós nos arrependemos. Que haja um clamor por arrependimento, por confissão de pecados, que Deus esteja colocando o seu povo em pranto por causa do seu pecado.

3. Oremos para que Deus desperte o seu povo para o clamor dos necessitados. O clamor das meninas que vendem o seu corpo, dos meninos que cheiram cola, dos famintos, dos desabrigados, dos desesperados. Alegre, festeje, celebre com a abundância que Deus tem dado, mas não se esqueça dos necessitados.

4. Oremos para que haja um grande movimento de louvor e adoração em nosso país. Que brote de um coração grato a Deus pelo perdão e pela redenção.

Autor: Kléber Nobre de Queiroz

Fonte: [ Sola Fide Blog ] Via: Bereianos

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pe. Marcello Rossi e a "Santa Cervejinha"


Calma, gente, o Pe. Marcelo Rossi não ficou tão fã da novela "Caminho das Índias" que resolveu virar hindu. É que ele virou garoto-propaganda de todas as cervejas, segundo informa a Folha Online, na campanha que as cervejarias e os clubes de futebol estão fazendo para que se volte a permitir a venda da loira gelada nos estádios:

Espécie de "garoto-propaganda" do G4, o padre Marcelo Rossi também defendeu a volta da cerveja aos estádios.

"As bebidas fermentadas são toleradas pela igreja. O problema está nos destilados", declarou Rossi, que pediu a ajuda da imprensa para "promover a volta das famílias ao futebol".

Resta saber se o Pe. Marcelo vai se dispor a dar a extrema-unção ou rezar a missa de 7º dia dos coitados que, eventualmente, no futuro, tiverem problemas com alguns torcedores bêbados do time adversário.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ESPIRITISMO KARDECISTA E A ORIGEM DO HOMEM

Por: João Flávio Martinês

T
emos observado que o Espiritismo Kardecista, por se considerar uma ciência (o que é pura mentira), ensina seus adeptos ser a Bíblia mentirosa no que se refere à origem do homem. Como dizem os espíritas e infelizmente uma quantidade considerável de professores "cristaos" em seminários católicos e evangélicos, o homem foi o produto da evolução, ou seja, do macaco. Para comentar essa heresia, que se fosse verdadeira reduziria a nada o surgimento do pecado na humanidade e o posterior sacrifício de Jesus, João Flávio Martinez, presidente do CACP - Centro Apologético Cristão de Pesquisas, faz uma excelente defesa da fé cristã, a qual recomendamos a leitura extraída de seu site, indicado no final da matéria.

A PALAVRA DO ESPIRITISMO
"Da semelhança, que há, de formas exteriores entre o corpo do homem e do macaco, concluíram alguns fisiologistas que o primeiro é apenas uma transformação do segundo. Nada aí há de impossível, nem o que, se assim for, afete a dignidade do homem. Bem pode dar-se que corpos de macaco tenham servido de vestidura dos primeiros espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados, que viessem encarnar na Terra, sendo essa vestidura mais apropriada às suas necessidades e mais adequadas ao exercício de suas faculdades, do que o corpo de qualquer outro animal. Em vez de se fazer para o espírito um invólucro especial, ele teria achado um já pronto. VESTIU-SE ENTÃO DAS PELE DE MACACO, sem deixar de ser espírito humano, como o homem não raro se reveste da pele de certos animais, sem deixar de ser homem" - A Gênese, Allan Kardec, FEB, Rio de Janeiro, 1985, 28a ed., p. 212.
Allan Kardec, como se vê, ficou muito impressionado com a teoria revolucionista do seu contemporâneo inglês Charles Robert Darwin (1809-1882), e resolveu incluí-la na codificação do Espiritismo. Seus adeptos seguiram-lhe os passos. O espírita Alexandre Dias, no livro Contribuições para o Espiritismo (2a ed., Rio de Janeiro, 1950, a partir da p. 19), além de corroborar o pensamento kardecista, acrescentou que antes de serem macacos, os homens foram um mineral qualquer, ou seja, uma pedra ou um tijolo. Não apenas isso:
"A espécie humana provém material e espiritualmente da pedra bruta, das plantas, dos peixes, dos quadrúpedes, do mono (macaco). E, de homem, ascenderá a espírito, a anjo, indo povoar mundos superiores..." - (Leopoldo Machado, Revista Internacional do Espiritismo, 1941, Matão, SP, p. 193).
"A espécie humana não começou por um só homem. Aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro nem o único a povoar a Terra" - Livro dos Espíritos, Allan Kardec, resposta à pergunta número 50.
A PALAVRA DO CRISTIANISMO

A teoria da seleção natural das espécies é contrária ao que ensina a Bíblia Sagrada. Esta teoria diabólica que incorpora o pensamento panteísta (Deus é tudo em todos) é a negação do Deus criador de todas as coisas. "NO PRINCÍPIO CRIOU DEUS OS CÉUS E A TERRA". É assim que inicia o primeiro livro da Bíblia, Gênesis, escrito por Moisés. Com a Sua palavra, Deus criou a luz, as águas, o firmamento, a parte seca (a terra), a relva e árvores frutíferas para "darem frutos segundo a sua espécie"; depois produziu os astros luminosos para iluminarem a terra; produziu os peixes e as aves, segundo suas espécies; produziu Deus os animais domésticos, répteis e animais selvagens conforme a sua espécie.
"Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os animais domésticos, sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra. Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente. Assim Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. Viu Deus que tudo o que tinha feito, e que era muito bom" - Gênesis 1 e 2."Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva" - 1 Timóteo 2.13.
Como vimos, depois de fazer a terra e os céus, Deus criou as matas, as árvores frutíferas, os animais, e, enfim, o homem. O sopro de Deus no homem formado do pó representa que a vida é um dom de Deus; que o homem foi criado para ser moralmente semelhante a Deus, como expressão do seu amor e glória; para ter permanente comunhão com Deus. Portanto, não tem respaldo das Sagradas Escrituras a afirmação de que a alma humana encontrou morada primeiramente em animais, e que o homem é conseqüência de uma seleção natural das espécies. O Senhor Jesus legitima o livro de Gênesis, ao dizer:
"Não leste que no princípio o Criador os fez macho e fêmea"? - Mateus 19:4, 5.
Como poderia a alma humana, nascida do sopro de Deus, haver se instalado no macaco, criado antes do homem? Por que então afirmar que espiritismo e cristianismo ensinam a mesma coisa? Proselitismo, engodo, mentira, hipocrisia ou leviandade? Moisés teria escrito uma asneira? Mas como, se o espiritismo diz que Moisés foi a Primeira Revelação de Deus? Se as revelações de Deus não sabem o que afirmam ou mentem, a Terceira Revelação, o espiritismo, seria uma exceção?

Fonte: CACP

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Série: Falsos profetas - parte II


Valnice Milhomens - a "profetisa" da volta de Cristo.
Por Renato Vargens

“Jesus voltará no ano de 2007 num dia de sábado...”

Foi exatamente isso que a “apostola” Valnice Milhomens afirmou alguns anos atrás.

Paulo Romeiro em seu livro Supercrentes, relata que a profecia em questão teria sido divulgada num programa televisivo antes de seis de janeiro de 1992, data em que o autor, por escrito, convidou referida pastora para uma conversa em torno do assunto.

Para chegar à conclusão da profecia, (1) Valnice primeiro argumenta que o sábado (shabbath) é o verdadeiro Dia do Senhor e que portanto Jesus voltaria em uma noite de sábado. A seguir, ela diz que Satanás teve dois mil anos, Israel também teve dois mil, e portanto a Igreja Cristã não teria mais que dois mil, assim a volta de Cristo seria após o ano 2000. Para chegar a uma data mais específica, Valnice usa a parábola da figueira de Mateus 24:32-35. Como a figueira representaria Israel (que virou Estado em 1948), ela usa a data de 07 de junho de 1967, terceiro dia da “Guerra dos Seis Dias”, quando diversas nações árabes se uniram para destruir Israel. Nesta guerra, Israel se antecipou aos planos dos inimigos e atacou antes da ofensiva árabe. O terceiro dia da guerra, especificamente 07 de junho de 1967, foi o dia em que Israel já tinha o controle de toda a península do Sinai e começou a conquista de outros territórios (Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém e as Colinas de Golan). Assim, para ela, este seria o início do renovar dos ramos e do brotar das folhas da figueira (Mt. 24:32). Como é dito que “não passará esta geração sem que tudo aconteça” (Mt. 24:34), ela faz o seguinte cálculo: 1967 + 40 anos (tempo de uma geração) = 2007. Desta forma, num sábado de 2007 deveria acontecer o retorno do Messias à Terra.

Caro leitor, infelizmente Valnice e sua igreja igualam-se as seitas como a Igreja Adventista do Sétimo Dia) e as “Testemunhas de Jeová” que marcaram por várias vezes datas para o fim do mundo e a volta de Jesus, mas sem nada acontecer.

Se não bastasse isso, a “apostola” Valnice , anuncia um tipo de evangelho extremamente judaizante onde datas e símbolos israelitas se fazem presentes em sua liturgia e fé. Em entrevista à revista Vinde declarou: "Meu contato com Israel me mostrou várias coisas, como os dias proféticos, as alianças: seis' dias trabalharás e ao sétimo descansarás. Êxodo 31 declara que o sábado é o sinal de uma aliança perpétua e da volta de Cristo."

Para piorar a coisa, Valnice também é adepta de atos proféticos, os quais segundo o movimento neopentecostal, se fundamenta na crença de que tudo aquilo que o cristão faz ou diz, tem repercussão no mundo espiritual.

Com base nessa aberração a "apóstola" já realizou vários "atos proféticos" pela conversão do Brasil:

- Já raspou a cabeça
- Já andou descalça
- Já se vestiu de "saco"
- Já enterrou exemplares da Bíblia em vários Estados do Brasil (Segundo ela, só os Estados que "DEUS revelou". Minas ficou de fora)
- Já enterrou estacas em locais específicos (também revelados por DEUS, claro), "marcando território" e "tomando posse da terra que DEUS deu aos crentes por promessa e herança.

Caro leitor, os ensinos de Valnice são espúrios, anti-biblicos e devem ser rejeitados por todo aquele que ama a Deus e sua Palavra.

Pense nisso!

SOLIDÃO, O VAZIO DE RELACIONAMENTOS


Por Rev. Hernandes Dias Lopes

A solidão é o apanágio da geração contemporânea. Somos experimentados no relacionamento com as máquinas e inexperientes no trato com as pessoas. Vivemos cercados de gente e ao mesmo tempo, como uma ilha existencial, somos profundamente solitários. A solidão não é simplesmente uma questão de viver no ostracismo, à margem dos relacionamentos interpessoais, mas uma atitude interna, uma inadequação para esses relacionamentos. Há indivíduos solidários que vivem no meio da multidão, mas que não conseguem construir pontes de contato com as pessoas. Quando um dos grandes vultos da música popular brasileira, Roberto Carlos, foi interrogado acerca da pior coisa que lhe poderia acontecer, ele respondeu sem hesitar: a solidão. A solidão atinge grandes e pequenos, ricos e pobres, doutores e analfabetos.

Emile Durkhaim, ínclito sociólogo francês, chegou a afirmar que o suicídio, a maior agressão contra si mesmo, é uma inadequação social. É a incapacidade de inserir-se no convívio social e relacionar-se com as pessoas de modo a criar vínculos de amor e amizade. Vivemos numa sociedade doente. Na mesma proporção que cresce a população do mundo, aumenta a solidão das pessoas. Os grandes centros urbanos fervilham de pessoas que se acotovelam todos os dias em imensas aglomerações humanas, mas essas pessoas são rostos sem nome e sem identidade: uns que vão, outros que vêm e todos que passam.

A solidão não está apenas do lado de fora da família; está também dentro do lar. A televisão ocupou o lugar da conversa ao redor da mesa. A internet preencheu o espaço do diálogo cheio de intercâmbio das idéias. O telefone celular nos conecta com o outro, do outro lado da linha, mas nos afasta daqueles que estão ao nosso derredor. Vivemos no paraíso das comunicações virtuais, mas transformamos esse jardim cheio de raras belezas num deserto de relacionamentos vazios e carente de significado. Transformamos o palácio da cibernética na masmorra da solidão.

Não precisamos jogar pela janela as conquistas da ciência. Não precisamos viver paquerando nostalgicamente o passado que se foi. Mas, precisamos urgentemente, preservar os valores do passado, usar com racionalidade as conquistas do presente e estabelecer metas elevadas de comunhão para o futuro. Não podemos transformar o conforto da tecnologia em armas mortíferas contra nós mesmos. É tempo de buscarmos as primeiras coisas primeiro. É tempo de realinharmos nossas prioridades de conformidade com a prioridade de Deus. É tempo de entender que devemos adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas em vez de amarmos as coisas, usarmos as pessoas e nos esquecermos de Deus. Pessoas valem mais do que coisas. Família é mais importante do que sucesso. Relacionamento sadio na família, na igreja, no trabalho e na escola é melhor do que a solidão na masmorra luxuosa da sofisticada tecnologia contemporânea.

Deus não nos criou para a solidão, pois fomos feitos à sua imagem e semelhança. Deus é Triúno e plenamente feliz em si mesmo. As três pessoas da Trindade relacionam-se em perfeita harmonia. O projeto de Deus é que vivamos em profunda comunhão com ele e uns com os outros. A solidão é uma negação dessa semelhança divina, uma conspiração contra essa vocação celestial, uma oposição radical contra esse sublime desiderato. Não somos apenas uma gota desse vasto oceano da humanidade. Não somos apenas um rosto sem nome no meio da multidão; somos alguém especial, criados de forma especial, para um propósito especial, para vivermos de forma abundante, maiúscula e superlativa a realidade bendita da comunhão íntima e profunda com Deus, com a família e com a igreja.

Serie: Falsos profetas - parte I

Kenneth Hagin - O pai do movimento Palavra da Fé.

Por Renato Vargens

Kenneth Hagin Nasceu em 20 de agosto de 1917 e faleceu em 19 de setembro de 2003. Ele é considerado o pai do Movimento Palavra de Fé, e um dos primeiros a escrever sobre as filosofias que se tornaram o fundamento do movimento neopentecostal.

Hagin escreveu 52 livros cujo conteúdo é espúrio, herético e absolutamente antagônico aos ensinamentos das Sagradas Escrituras. Infelizmente as doutrinas deste falso profeta influenciaram um grande número de pregadores norte-americanos, a começar de Kenneth Copeland, Benny Hinn, Frederick Price, John Avanzini, Robert Tilton, Marilyn Hickey, Charles Capps, Hobart Freeman, Jerry Savelle além do sul coreano, Paul (David) Yonggi Cho. No Brasil alguns líderes evangélicos também abraçaram sua teologia como RR. Soares, Robson Rodovalho, Jorge Tadeu, das Igrejas Maná (Portugal); Cássio Colombo (“tio Cássio”), do Ministério Cristo Salva, em São Paulo; o “apóstolo” Miguel Ângelo, da Igreja Evangélica Cristo Vive, além obviamente da “apóstola” Valnice Milhomens, líder do Ministério Palavra da Fé, que conheceu os ensinos da confissão positiva na África do Sul.

Este falso profeta ensinou com base em Gl. 3.13,14, que todos os crentes foram libertos da maldição da lei, que se resume em: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Fundamentado nesta premissa, Hagin afirmava que o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições que precisam ser sobrepujadas. Hagin também ensinava que "todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças" e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento, e o que ficar doente é porque não reivindicou seus direitos ou não tem fé. suficiente para ser curado.

Além disso, este profeta da mentira ensinou que Is. 53.4,5 é de valor absoluto. Segundo o profeta da confissão positiva todos fomos sarados e não existe mais doença para o crente. Para piorar a situação os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova própria, as melhores roupas, e uma vida de luxo.

Utilizando a Bíblia fora de contexto, ele costumava dizer que opecado de Adão fez com que o homem perdesse a produtividade. Para ele, José era um empresário madeireiro, Jesus se rodeou de amigos e damas ricas e que dispunha de tanto dinheiro que necessitou de um tesoureiro” daí a crença "rodovaliana" de que Jesus era rico.

Hagin também pregava, que “Deus é glorificado com cura e a libertação, e não com a doença e o sofrimento.” “Não é a vontade de Deus que pessoa alguma fique doente.” ” As doenças e as enfermidades procedem de Satanás, afirmava ele. É sempre da vontade de Deus que cada crente seja curado fisicamente de qualquer doença ou enfermidade.” “Uma pessoa que busque cura deveria olhar para a Palavra de Deus e não para seus sintomas. Em outras palavras isto significa que mesmo diante do câncer, o crente deve declarar e determinar que está curado.Caro leitor, Hagin, através de seus ensinos trouxe prejuizos substanciais a fé cristã. Sem sombra de dúvidas afirmo que seus ensinamentos são espúrios e que suas doutrinas afrontam a Palavra de Deus e que mais do que nunca devemos combater suas doutrinas, pensamentos e filosofias que de forma sorrateira tem levado milhares de pessoas ao engano e apostasia.


Pense nisso!


Livro Católico Retrata Jesus Como Orixá da Compaixão

Como? É isso mesmo, Jesus é o orixá da compaixão, ele foi um homem que viveu de forma tão lindinha, que, depois de morto foi divinizado por Deus.
Veja a pérola:


Descer da cruz os pobres: cristologia da libertação. Ed. Paulinas.

"Jesús de Nazaré, Orixá da Compaixão, Elementos para uma cristologia afro-brasileira", p. 21 e seguintes, o monge beneditino da comunidade de Goiás, assessor das CEBS e do MST afirma que “se faz cada vez mais urgente e essencial o trabalho de reencontrar outras formas de crer e falar de Jesus”, propõe uma cristologia “a partir das culturas afro-brasileiras”.

“reinterpretar a fé, transmitida pelo cristianismo imposto pelos colonizadores”. A divindade de Cristo é negada: "cristologia" afro e ver Cristo apenas como um "orixá":“as comunidades negras passam a ver Jesus como alguém que viveu em tudo a existência humana e, a partir de sua morte, foi assumido por Deus e se tornou divino. É como um Orixá. É um homem que, por haver vivido de forma justa e santa, foi divinizado, como toda pessoa humana está chamada a ser divinizada.”

Fonte: PENSAR E ORAR

Cada dia mais nós vemos como as religiões estão fazendo de tudo para ter mais adeptos ou para não perdê-los. Isso está ocorrendo em todas as ramificações, não só entre os católicos. No meio evangélico a coisa está no mesmo patamar, e isso não é um andaço, é algo que veio para ficar. A necessidade de ter templos super lotados é a base, não importa os meios, ainda que para isso a mensagem seja mesclada com a mentiras, com filosofias, auto-estima... O importante é o freguês estar satisfeito e sair satisfeito. A igreja virou comércio e os membros meros fregueses.

O que a Igreja Católica está fazendo é o que mais temos visto por aí em muitas outras igrejas, infelizmente.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

“Por que sou católico?”


Tenho em mãos o livro de Felipe Aquino “Por que sou católico?” (Editora Cléofas). Pelo título da obra já da para perceber que se trata de uma temática apologética, mas como cristão que defendo o proveitoso diálogo entre as diversas tradições do cristianismo, a priori, não vejo nada de mais em um livro que tenha por objetivos explicar os porques de sua tradição, logo, não veria nenhum problema também em um livro: “Por que sou ortodoxo?”, “Por que sou anglicano?”, “Por que sou presbiteriano?”, ou outro, desde que, pautado na verdade e na caridade cristã.

Para que eu exponha o que creio ser a verdade, para que explicite a doutrina a qual eu defendo, não preciso mentir, foi o apóstolo São Paulo quem abertamente declarou: “Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo” (1Ts 2,3).

Este é o problema com a obra supra citada. Há nela, ao menos, quatro tipos de erros graves, a saber: raciocínio falacioso, imprecisão exegética, imprecisão histórica e imprecisão teológica, tudo colocado de forma tal que o leigo ou o neófito entendem que se tratam de verdades absolutas. Aqui, quero deixar claro que minhas observações visam somente trazer a luz da verdade sobre inverdades presentes no livro citado. Vejamos então alguns casos destes.

1. Argumento falacioso:

a) O autor argumenta por todo o livro que Jesus Cristo fundou a Igreja Católica Romana, mas não prova historicamente ou biblicamente o fato, apenas afirma, ora isto é engodo, falar e não provar não tem qualquer valor. Jesus nunca esteve em Roma, como poderia fundar uma Igreja “romana”? Cuja sede é em Roma? A Igreja de Cristo foi fundada na Terra Santa, onde Jesus nasceu, exerceu seu ministério, morreu e ressuscitou (Mt 16,13-20), logo, a Igreja de Roma não foi fundada diretamente por Jesus.

b) Querendo desmerecer as outras tradições cristãs, principalmente o protestantismo, o autor do livro declara puerilmente: “Antes do século XVI não se falava em Confissão Luterana; antes do século XX não se falava em Assembléia de Deus, Comunidade 'Nova Vida', Igreja Universal do Reino de Deus, etc.” (p. 87). É verdade, ou pelo menos meia verdade. Usando o mesmo argumento do livro podemos afirmar, antes do século V não se falava em Igreja Católica Apostólica Romana, os pais da Igreja citavam a “Igreja Católica” (do grego: universal, isto é, espalhada por todo o mundo), não de “católica romana”, logo, o argumento do autor volta-se contra si mesmo, perdendo completamente o seu valor.

2. Imprecisão exegética:

Nas páginas 75-83 o autor cita vários textos bíblicos querendo aplicá-los aos bispos católicos de hoje, afirmando que o episcopado monárquico que temos hoje é de origem divina. Só não percebe, ou não quer perceber, que os próprios textos citado desconstroem o que ele quer edificar, a saber, que no primeiro século “bispos” e “presbíteros” eram termos sinônimos e intercambiáveis para o mesmo ministro, como claramente se vê em textos como Atos 20,17-28 e Tito 1,5-7, logo, a monarquia episcopal não é de origem divina.

3. Imprecisão histórica:

a) Na página 140 reza: “João Calvino para implantar o protestantismo, a seu modo, em Genebra, Suiça, em 15/8/1553 mandou o líder católico espanhol Miguel Servet e mais cinquenta para a fogueira”. Em uma frase, Felipe Aquino, citando Daniel Rops, consegue acumular quase meia dúzia de mentiras, pois senão vejamos, em 1553 o protestantismo já estava implantado em Genebra, não foi Calvino quem condenou Servet (Serveto) foi o Conselho da Cidade, Serveto não era católico era unitarista (negava a Santíssima Trindade e este foi o motivo de sua condenação), Serveto veio para Genebra fugindo da Inquisição católica onde havia sido igualmente condenado a morte, Miguel Serveto foi condenado a morte sozinho não haviam 50 outros com ele (http://www.mackenzie.br/7035.html ).

b) Outro absurdo histórico do livro é atribuir todos os bons feitos à Igreja Católica e os graves delitos que praticou aos “filhos da Igreja” (p. 141-142), isto é um mero jogo de palavras para confundir os incautos – a Igreja, seja ela qual for, só existe nos seus filhos e portanto erros e acertos que seu filhos fazem pela Igreja é a Igreja quem faz.

c) Mais um erro histórico, possivelmente motivado pelo preconceito do autor, está em atribuir a Lutero o cisma causado no século XVI com a Reforma (p. 142), enquanto qualquer historiador isento sabe que Lutero foi expulso (excomungado) da Igreja e não foi ele quem dela saiu – seu objetivo era apenas reformá-la (daí “Reforma”), é muito fácil, conveniente e comum o algoz atribuir a culpa a vítima para poder se justificar. d) Para não me delongar muito, vemos nas páginas 84-85 o autor dizendo que Santo Irineu (+202) é a fonte histórica da suposta sucessão dos bispos de Roma que os liga até os apóstolos, eis o grande problema, pois é historicamente sabido que “a primeria lista de bispos, do padre da igreja do século II Irineu de Lyon, segundo a qual Pedro e Paulo transferiram o minsitério dos episkopos para um certo Lino, é uma falsificação do século II” (cf. A Igreja Católica, Hans Küng, Ed. Objetiva, p. 49) e mais “A lista de Papas ou bispos de Roma do Anuário Pontifício é, do ponto de vista histórico, discutível” (cf. Os Ministério, Pe. Alberto Antoniazzi, EDIPUCRS, p.17). Assim, os próprios teólogos e sacerdotes católicos derrubam o engano que este livro quer propagar. Note-se que ao contrário de Felipe Aquino que só cita fontes que lhe sejam favoráveis, só citei fontes (católicas) que não são de minha linha teológica, portanto, não teríam nenhum interesse em defender o meu pensamento, mas que apenas expressaram a verdade dos fatos.

4. Imprecisão teológica:

O autor defende a infalibilidade dos papas e da Igreja Católica (p. 56-65), mas de cara admite que alguns deles tiveram vidas repreensíveis (p. 61). admite também a intromissão político-financeira na eleição de papas e bispos (p. 141-142), ora, se o Espírito Santo garante a integridade teológica da Igreja, teria ele também que garantir sua retidão moral, pois não há doutrina pura sem vida pura, é o próprio Deus que desqualifica um sacerdote ímpio e seus ensinos: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Os 6,4). Assim sendo, é falso o argumento apresentado neste livro.

No sistema jurídico é conhecido que se uma testemunha fala nove verdades, mas comprovadamente mentiu uma única vez em seu depoimento, todo o depoimento é rejeitado como falso. Assim também nas Escrituras “qualquer um que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2,10). Como vimos este livro está eivado de inverdades, portanto, é de todo desqualificado.

O que mais me estarrece é o fato de que o autor não o faz inconscientemente, ele é formado, segundo afirma, em Teologia (p. 12), portanto deveria ter o conhecimento mínimo necessário, logo, por que mentir? Preconceito? Necessidade de justificar o que se crê? Não é esta a atitude de Jesus, ele é a Verdade e só se compraz nela (Jo 14,6).Portanto, abandonemos os erros e preguemos o evangelho sim, mas sem dolo, somente com a verdade.

Rev. Sandro

+P.S. - Este artigo não é uma crítica a nenhuma denominação religiosa, mas uma análise crítica do livro citado.

Fonte: O FARISEU

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Se o Diabo pregar a verdade (Spurgeon)


Por Charles Spurgeon

Irmãos, é de suma importância na obra do ministério que o pregador seja um homem iluminado por Deus. Não se trata de que a educação deva ser desprezada; pelo contrário, não podemos esperar que o Espírito Santo, nesses dias, conceda aos homens o conhecimento das línguas, se eles podem adquiri-lo mediante um perseverante estudo. A regra divina é: Nunca produzir um milagre supérfluo. Com as faculdades e os poderes que possuímos, temos que apresentar à Deus nossos membros como instrumentos de justiça.

Então, no que concerne à educação do homem, nós cremos que Deus nos delega isso, pois se podemos fazer, não há necessidade de que realize-se nenhum milagre. Porem, ainda que o homem esteja educado de uma maneira excelente, segue sendo, nessa condição, uma massa de barro; Deus tem que soprar em suas narinas o alento de vida espiritual como pregador, pois do contrario não poderia prestar nenhum servico e sería mais certamente um peso morto para a Igreja de Deus.

O que diremos, então, desses homens que passam ao púlpito porque o sustento familiar é débil, ou porque, talvez, sendo grandíssimos inaptos, seja para o exército, seja para a advocacia, necessariamente precisam ser colocados ali onde sua manutenção pode ser obtida com mais facilidade, na igreja?

Qual deplorável é este pecado em nossos tempos: que as mãos episcopais pousem sobre os homens, declarando que são guiados ao ministério pelo Espírito Santo, quando ainda nem sequer sabem se há um Espírito Santo, no tocante a qualquer conhecimento prático de Seu poder em seus próprios corações! O dia finda, assim espero, em que os homens são mais destros para a caça à raposa do que para pescar uma alma e, em geral, Deus está levantando nesta terra um espírito de decisão enquanto a este ponto: o cristão tem que ser um homem que conhece na prática, em sua própria alma, as verdades que pretende pregar.

É verdade que Deus poderia converter almas por meio de um mal pregador. Vamos, se o diabo pregasse, não me surpreenderia que algumas almas se convertessem, se ele pregasse a verdade. É a verdade, e não o pregador. Os corvos, mesmo sendo pássaros imundos, levaram a Elias seu pão e sua carne: e os ministros imundos podem, algumas vezes, levar aos servos de Deus seu alimento espiritual; porem, apesar disso, Deus diz aos ímpios: “O que você tem a falar sobre a minhas leis?” O ministro tem que ser um homem ensinado por Deus, cujos olhos devem ter sido abertos pelo Espírito Santo. Isto, ao menos, é a regra em vigor, sem importar quantas exceções possam ser argumentadas.

trecho do sermão Sermão No.570 The First Five Disciples

Fonte: Projeto Charles Spurgeon Via: Bereianos

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O menino que aproveitou o vento: uma história de superação


Motivado a melhorar a realidade do povoado em que vive, William Kamkwamba se tornou exemplo de persistência no Malauí, país onde nasceu. Aos 14 anos, depois de ter interrompido os estudos porque sua família não tinha os 80 dólares anuais para a taxa de matrícula, ele decidiu passar seus dias estudando na biblioteca local. Lá ele encontrou o livro “Using energy” – que descrevia como os moinhos de ventos podem ser utilizados para gerar eletricidade.

Para ele, um moinho de vento significava mais que o poder, mas sim a liberdade, pois sua casa e as outras em sua vila poderiam ter iluminação, possibilitando que as pessoas pudessem ler à noite, após o trabalho. Outras vantagens foram que um moinho poderia bombear a água, fazendo com que o número de colheitas aumentasse e que existisse o bombeamento de água para as casas.

William buscou em latas de lixo materiais que poderia usar para construir seu moinho de vento. Com apenas um par de chaves-inglesas e sem recursos para adquirir até mesmo porcas e parafusos, coletou materiais que as pessoas considerariam sem serventia: pedaços de canos PVC, uma hélice de ventilador de trator e uma bicicleta quebrada.

Com eles, construiu um gerador de energia eólica. Para o ferro de solda, utilizou um fio rígido aquecido no fogo. Um raio curvado de bicicleta serviu como adaptador para suas chaves inglesas.

Após terminar seu primeiro moinho de vento, William equipou sua casa com quatro lâmpadas elétricas e dois rádios, instalou interruptores feitos de sandálias de borracha e instalou um disjuntor para evitar que o telhado de palha de sua casa pegasse fogo.

Seu projeto não chamou a atenção apenas dos moradores da vila, mas também de autoridades do mundo inteiro. Ele foi convidado para apresentar seu trabalho na Technology Entertainment Design, na Tanzânia. Hoje, aos 22 anos, estuda na renomada Universidade de Joanesburgo, onde conseguiu uma bolsa de estudos.

Sua comovente história pode ser encontrada no livro “The Boy Who Harnessed the Wind” (“O Menino Que Coletou o Vento”, em tradução livre), do jornalista Bryan Mealer.

Fonte: .alma marcada


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Café da manhã no McDonald´ s


Por Lucilene Barbalho

Esta é uma bela história e é também uma história real. Sou mãe de três crianças (14, 12 e 3 anos) e recentemente terminei a minha faculdade.

A última aula que assisti foi de sociologia.

O professor dava as aulas de uma maneira inspiradora, de uma maneira que eu gostaria que todos os seres humanos também pudessem ser.

O último projeto do curso era simplesmente chamado "Sorrir".


A classe foi orientada a sair e sorrir para três estranhos e documentar suas reações...

Sou uma pessoa bastante amigável e normalmente sorrio para todos e digo oi de qualquer forma. Então, achei que isto seria muito tranquilo para mim...


Após o trabalho ser passado para nós, fui com meu marido e o mais novo de meus filhos numa manhã fria de Março ao McDonald's.


Foi apenas uma maneira de passarmos um tempo agradável com o nosso filho...


Estávamos esperando na fila para sermos atendidos, quando de repente todos a nosso redor começaram a ir para trás, e então o meu marido também fez o mesmo...


Não me movi um centímetro... Um sentimento arrebatador de pânico tomou conta de mim, e me virei para ver a razão pela qual todos se afastaram...

Quando me virei, senti um cheiro muito forte de uma pessoa que não toma banho há muitos dias, e lá estava na fila dois pobres sem-teto.


Quando eu olhei ao pobre coitado, próximo a mim, ele estava "sorrindo".


Seus olhos azuis estavam cheios da Luz de Deus, pois ele estava buscando apenas aceitação.

Ele disse, Bom dia!, enquanto contava as poucas moedas que ele tinha amealhado.


O segundo homem tremia suas mãos, e ficou atrás de seu amigo. Eu percebi que o segundo homem tinha problemas mentais e o senhor de olhos azuis era sua salvação.


Eu segurei minhas lágrimas, enquanto estava lá, parada, olhando para os dois.


A jovem mulher no balcão perguntou-os o que eles queriam.

Ele disse, "Café já está bom, por favor....", pois era tudo o que eles podiam comprar com as poucas moedas que possuiam... (Se eles quisessem apenas se sentar no restaurante para se esquentar naquela fria manhã de março, deveriam comprar algo. Ele apenas queria se esquentar)...


Então eu realmente sucumbi àquele momento, quase abraçando o pequeno senhor de olhos azuis.

Foi aí que notei que todos os olhos no restaurante estavam sobre mim, julgando cada pequena ação minha.


Eu sorri e pedi à moça no balcão que me desse mais duas refeições de café da manhã em uma bandeja separada.

Então, olhei em volta e vi a mesa em que os dois homens se sentaram para descansar... Coloquei a bandeja na mesa e coloquei minha mão sobre a mão do senhor de olhos azuis...

Ele olhou para mim, com lágrimas nos olhos e me disse, "Obrigado!!"


Eu me inclinei, acariciei sua mão e disse "Não fui eu quem fiz isto por você, Deus está aqui trabalhando através de mim para dar a você esperança!!"

Comecei a chorar enquanto me afastava deles para sentar com meu marido e meu filho... Quando eu me sentei, meu marido sorriu para mim e me disse, "Esta é a razão pela qual Deus me deu você, querida, para que eu pudesse ter esperança!!"...


Seguramos nossas mãos por um momento, e sabíamos que pudemos dar aos outros hoje algo pois Deus nos tem dado muito.


Nós não vamos muito à Igreja, porém acreditamos em Deus. Aquele dia, me foi mostrada a Luz do Doce Amor de Deus. Retornei à aula na faculdade, na última noite de aula, com esta história em minhas mãos.


Eu entreguei "meu projeto" ao professor e ele o leu. E então, ele me perguntou: "Posso dividir isto com a classe?"

Eu consenti enquanto ele chamava a atenção da classe para o assunto.


Ele começou a ler o projeto para a classe e aí percebi que como seres humanos e como partes de Deus nós dividimos esta necessidade de curarmos pessoas e de sermos curados.


Do meu jeito, eu consegui tocar algumas pessoas no McDonald's, meu filho e o professor, e cada alma que dividia a classe comigo na última noite que passei como estudante universitária...


Eu me graduei com uma das maiores lições que certamente aprenderei:


Aceitação incondicional

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Será que o diabo também é evangélico?


Por Luiz Sayão

Por que se fala tanto nele?

Não faz tanto tempo, em algumas de minhas andanças, tentei falar de Cristo a um senhor interessado no Evangelho. A conversa estava boa, até que fui interrompido por uma pergunta abrupta: "O senhor pode me explicar por que a minha mulher só fala no demônio"? Assustado, fiquei olhando para ele, que calmamente prosseguiu: "Eu quero saber mais sobre Deus, mas minha mulher, que é evangélica, fala mais no diabo do que em Deus; tudo para ela é o demônio!" Nunca imaginei que fosse me deparar com uma situação dessas. Foi, então, que comecei a pensar: "Será que o diabo é evangélico"? Parece que muitos evangélicos falam tanto sobre ele! Deve haver alguma explicação para isso. Diante de tão estranha questão, imaginei se o diabo seria aceito como membro de alguma igreja. Avaliando muitos textos bíblicos, vejam só o que descobri.

O diabo, ou Satanás, parece estar acostumado a reuniões religiosas, inclusive "na presença de Deus". Em Marcos 1.23 e em Lucas 4.33, vemos que Jesus enfrentou um possesso pelo demônio dentro da sinagoga, num momento de culto. Os religiosos dos tempos de Jesus tinham como pai o diabo (Jo 8.44)! Em Jó 1.6 (e 2.2), fiquei impressionado ao ver que "certo dia os anjos vieram apresentar-se ao SENHOR, e Satanás também veio com eles". Satanás? Numa reunião angelical, diante de Deus? Será que foi por isso que ele levou Jesus para "o pináculo do templo" (Lc 4.9)? Com isso, percebi que o diabo não teria nenhuma dificuldade em freqüentar cultos e participar de reuniões religiosas. O seu histórico o favorece! Será que poderíamos dizer que ele "foi criado no Evangelho"? Talvez não!

Prossegui refletindo e pensei que o diabo talvez viesse a ser um mero freqüentador de igreja, mas não um membro assíduo e comprometido. Depois de ler alguns textos, passei a questionar se isso se comprovaria. Descobri que ele está sempre perto dos crentes, ainda que sempre procurando destruí-los "como um leão" (1Pe 5.8). Ele encheu o coração de Ananias (At 5.3), inspirou as palavras de Pedro (Lc 16.23) e entrou em Judas Iscariotes (Lc 22.3), que foi chamado de "um diabo" (Jo 6.70). Observem que ele estava no meio dos apóstolos. Para minha surpresa, comecei a pensar que o diabo parece ter estado mais dentro da igreja do que fora!

De repente, imaginei que tinha achado a solução para deixar o diabo fora da igreja. Cheguei a pensar que o diabo não teria poder e que "sinais e prodígios" o manteriam bem longe da igreja. Achei que aí estava a diferença! O diabo não aguentaria uma igreja cheia de "poder e maravilhas". No entanto, que susto tive depois de ler alguns textos! Vejam só o que encontrei nas Escrituras. É estarrecedor! Descobri que o diabo (ou os seus agentes) é capaz de milagres extraordinários. Os falsos cristos farão "sinais e maravilhas que, se possível, enganariam os eleitos" (Mt 24.24; Mc 13.22); isso é absolutamente confirmado em 2 Tessalonicenses 2.9. Quando cheguei ao Apocalipse, quase fiquei sem dormir; lá vi que o diabo (através da Besta) consegue fazer descer fogo do céu (Ap 13.13), e para piorar, os seus subalternos, os demônios, também entendem do assunto (Ap 16.14). Para minha surpresa, descobri que o diabo poderia facilmente unir-se a um movimento de "sinais e maravilhas". Com facilidade, ele chegaria à liderança.

Foi quando surgiu uma esperança em minhas preocupações. Raciocinando um pouco mais, pensei. Espere um pouco! Já sei! O diabo não gostará de ler a Bíblia, de falar sobre doutrina e muito menos de teologia. Está aí! Ele não poderia ser evangélico, pois seria reprovado numa igreja histórica num simples teste de conhecimento e ortodoxia. Para variar, fui dar uma olhada na Bíblia outra vez. E, mais uma vez, acabei me surpreendendo! Descobri que o diabo anda de Bíblia na mão. Quando foi tentar Eva no Éden, partiu do que "Deus disse" (Gn 3.1). No episódio da tentação de Cristo, mais uma vez, o diabo usou textos bíblicos (Mt 4.6), e, para a surpresa de muitos, ele usou justamente o Salmo 91 que, supostamente, o assustaria! Além disso, não é difícil descobrir que o diabo tem até fé e passaria num teste de ortodoxia, pois ele e seus subalternos "crêem e tremem" (Tg 2.19). A fé do diabo é maior do que a de muitos teólogos liberais! Duvido que ele tenha dúvidas sobre a inspiração bíblica, a divindade de Cristo e os milagres bíblicos. Mais do que ninguém, ele sabe que são verdadeiros e autênticos. Por fim, surpreendi-me ao perceber que Satanás também tem interesse por controvérsias teológicas. Não tenho notícias se ele já encerrou a questão relativa ao corpo de Moisés, deflagrada com Miguel há muitos séculos (Jd 9). Fiquei perplexo! Assustado! Seria o "tentador" uma espécie de "irmão de fé"? Não é possível!

A finalidade de nossa reflexão não é receber o diabo como evangélico, numa espécie de "macro ecumenismo trans-infernal". A idéia, sem dúvida, não é essa. Nosso enfoque aqui é mostrar como certas práticas, doutrinas e maneirismos cristãos e evangélicos não garantem autenticidade e genuinidade alguma. Creio que está na hora de peneirarmos muito daquilo que parece cristianismo autêntico, mas não é.

Se examinarmos bem as Escrituras, veremos que o diabo não se encaixa em muitas coisas importantes, e na verdade luta contra elas. Vamos destacar as principais.

O diabo detesta "hermenêutica". Já diziam os escritos barrocos do padre Vieira que "as palavras de Deus mal interpretadas são palavras do diabo". A interpretação que o diabo faz do Salmo 91 é absurda e não pode ser aceita.

O diabo tem problemas com oração (Ef 6.11,12,18). Com certeza, ele deseja que a igreja desista de orar.

O diabo detesta o ensino correto (1Tm 4.1-3). Ainda que ele não possa negar a realidade do Evangelho, seu interesse é que a igreja despreze a boa doutrina e abrace a heresia. Ele sabe que a doutrina errada destrói a igreja.

O diabo luta contra a evangelização do mundo (Mt 13.19). A igreja que evangeliza e faz missões incomoda o inimigo de Deus.

O diabo deseja e trabalha para que os cristãos pequem contra Deus e não se incomodem com isso. "Aquele que pratica o pecado é do diabo", afirma João, ao se referir aos hereges imorais que perturbavam a igreja cristã do primeiro século.

Ufa! Que bom! Finalmente, podemos confirmar que o diabo não é evangélico. No máximo, ele é pseudo-evangélico. Agora que o diabo está "devidamente desenvangelicizado", falta apenas que a vida dos evangélicos esteja cada vez mais longe de um "paradigma diabolizado".


Fonte: Via: Sepal

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