sábado, 28 de março de 2009

Seleção pastoral


Informativo da Comissão de Seleção Pastoral

Em nossa procura por um pastor adequado, a seguinte compilação foi feita para seu exame. Dos candidatos investigados pela comissão, apenas um foi encontrado com as qualidades necessárias. A lista contém os nomes dos candidatos e comentários sobre cada um, caso você esteja interessado em investigá-los mais para futuras posições abertas.

NOÉ: ele tem 120 anos de experiência em pregação, mas nenhum convertido.

MOISÉS: gagueja e sua última congregação disse que perde seu temperamento sobre pequenas coisas.

ABRAÃO: saiu para o Egito durante tempos difíceis. Soubemos que se meteu em problemas com as autoridades enquanto tentava se safar de forma mentirosa.DAVI: tem um caráter moral inaceitável. Poderia até ter sido considerado para a posição de Ministro de Música, se não tivesse sucumbido.

SALOMÃO: ele tem uma reputação de grande sábio, mas falha em colocar em prática o que prega.

ELIAS: Provou ser inconsistente, e é conhecido por afrouxar quando submetido a pressões.

OSÉIAS: sua vida familiar está em pedaços. Divorciado, casou-se com uma prostituta.

JEREMIAS: muito emocional e alarmista; alguns dizem que é uma dor de cabeça.

AMÓS: vem de um passado no campo. Melhor se continuasse por lá.

JOÃO: autodenomina-se Batista, mas não tem tato e se veste como um hippie. Não se sentiria bem num jantar da igreja.

PEDRO: tem um temperamento forte, e dizem até mesmo que ouviram-no negar a Cristo publicamente.

PAULO: pensamos que ele também não tem tato. Por demais duro, sua aparência é igual, e suas pregações são muito longas.

TIMÓTEO: tem potencial, mas é muito jovem para a posição.

JESUS: tem a tendência de ofender os membros da igreja quando prega. É muito controversial. Até mesmo ofendeu esta comissão com suas perguntas desconfortantes.

JUDAS: pareceu ser bem prático, cooperador, bom com finanças, pensa nos pobres, e se veste bem. Todos nós concordamos haver encontrado o homem que estávamos procurando para preencher o cargo de pastor-presidente. Obrigado a todos vocês que nos ajudaram em nossa procura pastoral.

Relator da Comissão de Seleção Pastoral.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Rodolfo Abrantes ex- integrante da banda Raimundos


No ano de 2000, eu estava cheio do que o mundo diz que é o auge, que é o tesouro, que é beleza e significa fama, dinheiro, etc...

Tudo isso que o mundo pode oferecer para uma pessoa, mas as pessoas se matam por isso. Eu estava cheio de tudo isso, mas por dentro eu estava na maior miséria que já havia enfrentado na vida.

Eu viajei com meu irmão pra praia da Pipa para passar um revellion junto com ele e durante o tempo que eu passei com ele eu só sabia falar cinco frases que eram: ‘vamo fuma’, ‘vamo come’, ‘vamo chapá’, ‘vamo surfá’ e ‘vo não’. Porque quando ele me chamava para fazer uma coisa diferente dessas eu dizia ‘vo não’.

Em um mês eu falei apenas cinco frases com meu irmão, de tão drogado que eu era, de tão infeliz, de tão sem assunto e de tão vazio, porque ninguém dá o que não tem. Como é que eu ia falar alguma coisa, eu não tinha nada! Eu era seco, vazio, um nada , um boneco, apenas corpo presente ali. Em qualquer lugar que eu estivesse, minha cabeça estava em marte. Eu não sabia nem onde estava.

Tem cidades que eu fui que eu nem sabia que lá já tinha ido. Lesado, completamente drogado. Estragado. Usava drogas desde os treze anos de idade. Mas Deus viu a minha situação e sabia que dali em diante eu não conseguia carregar nada sozinho. Eu estava morrendo, e com os sintomas de um monte de doenças no meu corpo.

Por ser filho de médicos (mãe pediatra e pai ginecologista e obstetra) conheço um pouco de doença, então sabia que o que tinha no meu corpo era algo muito sério. Comecei a emagrecer de uma hora para outra e tinha uma dor no estômago que me corroía todos os dias. Começou a aparecer um monte de caroços debaixo do braço que doíam muito, cheguei a contar nove caroços debaixo do braço, fora os da virilha que eram enormes, doíam demais. Eu tinha que tomar dois anti-inflamatórios por dia para poder fechar os braços.

Eu estava em um estado terrível porque sabia que ia morrer. Ter saúde é uma bênção e quando a temos não damos valor. Estava nesse estado, sozinho, morando em São Paulo, com uma vida louca, trezentas namoradas por aí, espalhadas, drogas a valer, balada todos os dias, fãs de montão, disco de platina, dinheiro na conta, agenda lotada de shows, mas completamente infeliz.Aí tinha a Alexandra, que é minha esposa, que ‘estava passando, vindo do campo’. Eu a conheci em 1994, e fui reencontrá-la no ano de 2000.

Deus nos colocou juntos de uma forma milagrosa pois havia seis anos que tínhamos nos conhecido e pelo menos uns três que não nos víamos, eu me reencontrei com ela e nós não desgrudamos mais. Trouxe-a para São Paulo, para morar comigo. Ela estava mais drogada do que eu. As drogas que ela consumia eram muito mais fortes dos que as que eu usava. Mas acontece que a Alexandra tinha uma coisa dentro dela que eu não tinha, uma coisa que vale mais do que o mundo inteiro. Ela tinha uma semente que se chama Palavra de Deus dentro do coração dela, porque aos quinze anos, quando ela me conheceu, ela conheceu a Jesus também.
Só que naquela época ela não seguiu nem a mim e nem a Jesus. Mas era o suficiente para saber que Jesus era o auxílio na hora da dificuldade. Toda vez que a coisa ficava preta, ela corria para dentro da igreja. Essa era a mulher que Deus colocou ao meu lado, uma mulher torta. Muita gente podia dizer que essa mulher era pior do que eu. Mas Deus não faz acepção de pessoas e Deus escolhe quem quer. Não interessa se você é o Presidente da República ou se você é gari. Um homem torto, com uma mulher torta. E começamos a brigar e a nos agredir.

A nossa vida virou um reflexo de tudo o que nós fazíamos: um casal drogado, vivendo em pecado, na mentira, porque os pais dela nem sabiam que ela morava comigo. Na casa dos pais dela podiam falar cão, mas não podia falar Rodolfo.
Hoje minha sogra é uma bênção e trabalha conosco. O cenário para o diabo operar estava completo. Mas Deus, que é o todo poderoso, começou a mexer as coisas também. E a Alexandra começou a buscar a Jesus e a se encher. E dizer: Se tu me deres o Rodolfo, eu nunca mais te largo.
E o fogo começou a aumentar e os capetas tentando apagar através de mim, que era um saco de demônios, mas Deus estava ali protegendo a brazinha dela, e o foguinho foi pegando e pegou num ponto que consumiu o Rodolfo no coração dela, ao ponto dela dizer: Senhor, com Rodolfo ou sem Rodolfo eu nunca mais te largo! Já não era eu mais em primeiro lugar, era Deus. Deus estava em primeiro lugar, aí Deus começou a transbordar na vida dela.
Ela convidou umas irmãs para fazerem uma campanha de oração dentro de casa para ajudar a Alexandra a carregar a cruz dela, não pense que ela conseguiu sozinha.Elas começaram uma campanha de sete segundas-feiras lá em casa. Eu fugi das três primeiras. Na quarta, Deus me pegou, não teve jeito. Eu não queria saber de crente e achava que era a pior raça, que crente só servia para tirar dinheiro dos outros. ‘Eu sou doido, mas crente é ainda mais doido, não presta’.

Eu aceitei Jesus naquele dia, sabe porquê? Porque Deus dominou o lugar, Deus dominou o lugar completamente, eu não sabia isso na hora, claro. Hoje eu sei. Aquelas irmãs chegaram com simplicidade. Eu que nunca tinha visto um culto evangélico na minha vida. O primeiro era um culto ultra, mega, super pentecostal ao extremo dentro de casa, dentro da sala em que eu fumava maconha.
Era irmã correndo, dentro do banheiro todo enfumaçado em que eu tinha acabado de fumar. Vi lá uma irmã orando na latinha, aliás, uma latona de maconha que eu tinha.Era irmã orando pra tudo quanto é lado. E eu perguntava: Deus que negócio é esse?Sabe o que aconteceu? Deus tomou conta do lugar, Deus tomou conta de tudo. Era a presença de Deus enchendo aquilo ali. Glória a Deus! Aceitei Jesus naquela tarde, meio sem saber o que estava fazendo. Não sei porque eu aceitei Jesus. Acho que foi para elas irem embora. Mas eu aceitei Jesus e Ele entrou e não teve mais como escapar. Ele entrou e ficou.
E quando Ele entrou, começou a trabalhar, e começou a mexer as coisas. Passou uma semana, e o Rodolfão estava lá no segundo culto da vida dele, dentro de casa, porque eu era tão doido que eu nunca ia pisar numa igreja, e aí Deus é tão misericordioso que Ele enfiou uma igreja prontinha dentro de minha casa. Nessa segunda semana, Deus se revelou para mim dessa maneira, a irmã começou a orar sem eu pedir nada.
Ela começou a orar e abaixou a mão até a minha barriga e me disse que Jesus estava me curando de um câncer para você saber que Ele é Deus, que Ele te ama e que Ele tem uma grande obra para fazer na sua vida. Ela falou que era um câncer de estômago. O interessante é que eu não tinha contado isso a ninguém. Meu avô morreu de câncer, dois tios meus morreram de câncer no estômago, duas tias minha tiveram que arrancar os seios porque tiveram câncer; era uma maldição que se alastrava na minha família.
Graças a Deus Jesus Cristo cortou essa maldição quando chegou em mim.
Naquela tarde a minha dor de estômago desapareceu, e todos os caroços que eu tinha desapareceram. Passei a engordar, chegando a engordar uns 18 quilos, não de uma hora para outra. Fui ficando saudável e engordando, feliz. Jesus foi entrando em minha vida.Fui curado, passei a viver apaixonadamente por Jesus e aquelas irmãs começaram a me ajudar, com muito amor.
Fomos caminhando. Fui expelido daquela banda como um dente que cariou e que tem que ser arrancado. Deus me tirou de lá. Graças a Deus, no momento certo. Levei muitas pedradas por causa disso, levo até hoje. Deus tem um treinamento intensivo com quem se coloca à sua disposição.
Você quer servir a Cristo? Então te prepara irmão! É um privilégio maravilhoso servir a Deus. Naquele momento os pais da Alexandra que estavam desviados, começaram a ver a obra, a ver que agente não se drogava mais, que estávamos noivos, depois nos casamos rapidinho.Em meu primeiro testemunho, subi no púlpito e comecei a chorar.
Eu só sabia dizer: fui curado e não uso mais droga, não conseguia falar nada mais, só chorava. Eu não entendia mais nada e pensava: pra falar palavrão no microfone quando era da Banda eu falava tão bem, porque que pra falar das coisas de Deus eu não consigo?
É porque até você se acostumar com o fogo do altar leva tempo! É o fogo queimando as impurezas ainda. Quer ter vitória, anda no caminho do Senhor, obedeça, leia a Bíblia e siga seus conselhos. Hoje eu não bebo, não é porque eu não possa, é porque eu não quero. Eu quero ter comunhão com o Pai. Isso vai atrapalhar minha comunhão, então fora com a bebida! Atitude inteligente é você andar por um caminho que te leva pra vida e não em um caminho que te leva pro buraco! Vai pra vida e você vai ver que você será feliz sem uma gota de álcool! Sem cigarro, sem droga. Você vai ver o que é ser verdadeiramente feliz e sem nada dessas porcarias!
O caminho da felicidade nada mais é que a Presença de Deus em nós! Isso satisfaz o ser humano.”
Rodolfo Abrantes

Caminhão de lixo


Um dia peguei um táxi e fomos direto para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.

O motorista do táxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós.

O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara. E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente. Assim eu perguntei: "Por que você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital"!

Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo "A Lei do Caminhão de Lixo".

Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva e de desapontamento. A medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente.

Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os seus caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta para levantar cedo de manhã com remorso, assim... Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem.

A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!


"Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre justos e injustos." (Mt 5.43-44).

Reflexão do Pavão e o Urubu


Tem um conto japonês milenar que é mais ou menos assim:

Em uma planície, viviam um Urubu e um Pavão.

Certo dia, o Pavão refletiu:-Sou a ave mais bonita do mundo animal, tenho uma plumagem colorida e exuberante, porém nem voar eu posso, de modo a mostrar minha beleza. Feliz é o Urubu que é livre para voar para onde o vento o levar.

O Urubu, por sua vez, também refletia no alto de uma árvore:- Que infeliz ave sou eu, a mais feia de todo o reino animal e ainda tenho que voar e ser visto por todos, quem me dera ser belo e vistoso tal qual aquele Pavão.

Foi quando ambas as aves tiveram uma brilhante idéia em comum e se juntaram para discorrer sobre ela: cruzar-se seria ótimo para ambos, gerando um descendente que voasse como o Urubu e tivesse a graciosidade de um Pavão...

Então cruzaram... e daí nasceu o peru: Que é feio igual a fome e não voa!!

Moral da história: "Se tá ruim, nem vem com gambiarra que piora!!"


"...porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação". (Fl 4.11).

O elefante acorrentado


Você já observou elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.

Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.

A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério! Por que o elefante não foge?

Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair.

A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar os grilhões e se ver livre é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse.

A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes! Não espere que o seu "circo" pegue fogo para começar a se movimentar. Vá em frente!

Autor desconhecido


"Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão." (Gl 5.1).

quinta-feira, 5 de março de 2009

Lembrete...


'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira.

Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê, já se passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado. Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Desta forma, eu digo: não deixe de fazer algo de que gosta devido a falta de tempo; a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Mário Quintana

Sherlock Holmes


Sherlock Holmes e Dr. Watson vão acampar...

Montam a barraca e, depois de uma boa refeição e uma garrafa de vinho, deitam-se para dor
Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê.

Watson responde:
- Vejo milhares e milhares de estrelas.

Holmes então pergunta:
- E o que isso significa?

Watson pondera por um minuto, depois enumera:

1) Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galáxias e, potencialmente, bilhões de planetas.
2) Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte
3) Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03h15min pela altura em que se encontra a Estrela Polar.

4) Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e insignificantes.

5) Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã. Correto?
Holmes fica um minuto em silêncio, então responde:
- Watson, seu imbecil! Significa apenas que alguém roubou nossa barraca!!!

Moral da hstória: "A vida é simples, nós é que temos a mania de complicar..."

O jogo nos relacionamentos


Há duas formas básicas de estarmos em um relacionamento: cooperando ou competindo. Em estado de dança ou de luta.

Quando vemos um casal dançando, algumas coisas nos chamam a atenção: estão abraçados, juntinhos, sincronizados nos passos e no ritmo, alegres e combinados.

Quando assistimos a uma luta de boxe, o cenário é outro: os lutadores estão separados e quando se aproximam é para destruir o outro. Estão tensos, raivosos. Estão em campos opostos.O casamento, pela própria essência, como instituição afetivo-sexual, deveria ser regido pelos princípios da dança: afeto, respeito, cooperação. O que ocorre é que a maioria de nós foi treinada para brigar, destruir, competir e vencer o outro. Não sabemos estar do lado de alguém, mas sabemos estar contra alguém. E aí vamos para o casamento e levamos, nos nossos comportamentos, as leis da competição e da luta.

Nenhum casamento sobrevive se o casal se relaciona constantemente regido pela disputa.

Em outras palavras, você pode estruturar suas relações de duas maneiras: como brincadeira ou como jogo. A diferença entre elas é que na brincadeira, não existe quem ganha ou quem perde, os dois ganham. No jogo, um ganha e o outro perde. O resultado da brincadeira é a alegria, o prazer, o estar junto. No jogo, o resultado é o medo, o ressentimento, o sofrimento. O único jeito de o casamento da leitora melhorar é ela e o marido tomarem consciência dos jogos que são efetuados no relacionamento e parar de fazê-los. São inúmeros os jogos presentes nas relações conjugais. E todos com o objetivo de destruir o outro. Com o tempo, os conflitos se tornam mais freqüentes, mais pesados e conseguem destruir o pouco de alegria e amor com que chegaram para o casamento. Os jogos destroem o casal.
Antônio Roberto

terça-feira, 3 de março de 2009

PERDA? O QUE É ISSO?‏


Meu pai trabalhou sério a fim de me ensinar a perder. Dizia que quem não sabia perder não estava pronto pra ganhar.
Também me proibia de fazer da alegria da vitória uma humilhação para os perdedores.

Uma vez me excedi na celebração de uma vitória bem na cara dos que haviam perdido o jogo, e papai não me deu parabéns pelo ganho, embora estivesse assistindo a partida e torcendo com muita alegria até ao final.

Ficou calado. Depois de um tempo me disse: “Não gostei do modo como vocês humilharam os que perderam. Para mim uma derrota teria sido melhor”.

As primeiras lições sobre perda na vida me vieram de meu pai. Ele perdeu. Perdeu tudo o que tinha conquistado. Foi humilhado e publicamente execrado, depois de cultuado como advogado e empresário, antes de sua conversão ao Evangelho.

O vi recomeçar do nada já na meia idade. O vi deixar tudo o que conquistará outra vez, só que agora de modo voluntário, pois, apenas queria dedicar o resto de sua existência à pregação e ao ensino do Evangelho.

Assisti sem entender as renuncias que ele fazia de coisas às quais tinha total direito, algumas vezes coisas que lhe renderiam uma fortuna; mas ele continuava firme no desejo de não ter dinheiro do passado na missão do presente.
Sofri com ele, mamãe e as manas a morte de meu mano Luiz, aos 19 anos de idade.

Depois fui testemunha das renuncias sem fim no dia a dia...

Ofendido, sempre dizia que a justiça do homem não promovia a justiça de Deus. Mas nunca fazia nada. Apenas entrega aos céus tudo e com todo amor.

Então, uma sucessão de perdas: a visão, a saúde, a capacidade de auto-locomoção, e de muitas outras coisas.
No entanto, apenas adaptou a vida às novas condições, mas não parou nada até o fim.

Estava tão habituado a perder sem sofrer como se fosse o fim das coisas, que, quando meu filho Lukas partiu, apenas disse a ele:

“Hoje estou sentindo a dor que o senhor e mamãe sentiram no dia 2 de novembro de 1976”.
Então ele me indagou: “Qual deles?”

Disse: “O Luk papai. O Luk!”
“Filho, agora é gloriamo-nos nas tribulações e na esperança da glória de Deus!”

Algumas lições de perdas os pais podem nos dar quando nos ensinam a perder e a ganhar — como em competições, etc.
Outras lições se pode aprender com o modo errado deles perderem ou pelo modo sadio como tenham aprendido a perder o que amavam.

Mas somente na vida, sob os caminhos misteriosos de Deus, é que se aprende a perder como quem ganha sempre.
Em tudo quanto um dia se me pareceu perda, confesso, diante de Deus e dos homens, que, logo depois, verifiquei terem sido os meus maiores e melhores ganhos na existência.

Entretanto, só foi assim pelo Evangelho e pelo ensino do Evangelho que vi praticado pelos meus pais.
O caminho humano nesta existência é um caminhar de perdas sempre...

Perde-se tudo, do vigor físico à memória; do poder de levantar e sair fazendo à falta de ilusão que justifique a necessidade de muitos e muitos feitos antes considerados essenciais.

Quando a mente está cativa do amor de Deus, todas as perdas são ganhos; e, ao final, o coração fica mais forte, mais amoroso, mais doce, mais esperançoso, e, infinitamente menos agoniado acerca de tudo.

Cada perda provada em Deus, já acontece como prelúdio de um bem maior.

A sabedoria é não desperdiçar os sacramentos de alegria e novidade de vida que Deus vai fazendo passar diante de nós..., mesmo que vivos estejamos sob uma montanha de escombros.

Assim, mais uma vez, anuncia-se um principio do Evangelho:
“Porventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse em Sua Glória?”

Ora, essas palavras de Jesus foram tão assimiladas por Pedro, que na sua 1ª Epistola o apostolo nos diz que este é também o caminho de todo discípulo.

Quem não aprende a considerar toda perda como lucro por amor a um amor maior, o de Deus — esse jamais saberá qual seja a verdadeira jornada do discípulo no Caminho da Vida.

Portanto, há algumas lições da Jornada que a gente só fica de fato apto a entender quando Deus mesmo julga que seja a Hora; pois, antes, não se teria como assimilar; e, depois de certo tempo..., não se terá mais como crescer sem que alguma poda nos seja feita pelo Amor do Pai, o Agricultor de meu ser.

Assim, ame a Deus; e não se sinta jamais perdendo nada. No máximo você está na “muda”, como um pássaro perdendo as penas, mas preparando-se para uma nova estação: mais madura e de vôos mais certos e leves.

Nele, que ensinou o Caminho que faz de toda vitória apenas gratidão e de toda perda apenas uma transição para o melhor e mais excelente,

Caio
http://www.caiofabio.com/
http://www.vemevetv.com.br/

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