sábado, 24 de outubro de 2009

Um avivamento faz coisas surpreendentes


Por: Ultimato

Em poucas palavras, avivamento é o sopro de Deus para tirar a poeira acumulada no decurso dos anos, no período variável de tempo compreendido entre o avivamento anterior e o momento atual. Não importa a quantidade nem a qualidade da poeira. É uma obra de Deus, periódica e poderosa, que ele realiza quando e onde quer. Essa manifestação surpreendente de Deus recoloca a igreja em seu primeiro amor, produz convicção e confissão de pecado, desejo sério de santificação pessoal, renovação das certezas da fé e do entusiasmo que elas criam, renúncia da soberba e da autossuficiência, anseio por Deus e prazer de ler com proveito a Palavra e de orar ao Senhor. O avivamento leva a igreja a redescobrir a pessoa e a obra do Espírito Santo, sem o qual nunca será possível vencer a pecaminosidade latente, a pressão do mundo e a força das potestades do ar.

Mesmo podendo ter um teor místico acentuado, avivamento é bem mais do que isso. É o motor de coisas novas, de realizações extraordinárias e de certa duração, na área de devoção, de educação religiosa, de evangelização e missões, e de socorro ao sofrimento humano. Forçosamente, o avivamento gera preocupação com os não-alcançados pela pregação do evangelho, os não-salvos pela graça de Deus e os moralmente marginalizados (os publicanos e as meretrizes de antigamente). A história mostra que esse sopro especial do Espírito induz os crentes a fazerem obras de caridade e a levantarem a voz contra a injustiça social, seja ela qual for e custe o preço que custar.

Problemas sérios como a escravidão, o alcoolismo, a delinquência juvenil e a licenciosidade levaram as igrejas a organizar sociedades dispostas a trabalhar com esses segmentos. As pregações de Charles Finney, líder mor do Segundo Grande Avivamento, têm muito a ver com os fortes sentimentos antiescravistas que tomaram conta dos crentes do norte e do centro-oeste dos Estados Unidos. Os textos escritos por Theodore Weld ("A Bíblia contra a Escravidão" e "A Escravidão como Ela É") e o famoso livro de Harriet Beecher Stowe ("A Cabana do Pai Tomás") são subprodutos do ministério de Finney.1

Graças ao Primeiro Grande Avivamento (1725-1760) e ao Segundo (meados do século seguinte), muitas escolas, universidades e seminários cristãos foram fundados nos Estados Unidos. Por volta de 1880, havia 142 seminários no país, quase todos no lado leste, sendo 26 presbiterianos, 22 batistas, 21 católicos, 17 episcopais, 16 luteranos, 14 metodistas, 11 congregacionais, 3 reformados, e 12 outros.2 Entre as universidades estão as de Princeton, Pensilvânia, Rutgers, Brown e Dartmouth. Por meio dessas instituições de ensino, o espírito de avivamento era transmitido a muitos jovens. Charles Dodge, um dos três teólogos mais famosos do século 19, por exemplo, converteu-se por ocasião de um avivamento na Universidade de Princeton (1815).

Como a ligação entre avivamento e missões é muito estreita, muitos jovens tornaram-se missionários. Em 70 anos de história (1812-1882), o Seminário de Princeton formou 3.464 rapazes em 150 cursos diferentes. Destes, 204 foram para os campos missionários, entre eles Ashbel Green Simonton, fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil. Todos os primeiros missionários da Junta Americana de Comissionados para Missões Estrangeiras, fundada em 1810, são frutos do avivamento. Entre eles estão Hiran Binghan, missionário no Havaí; Adoniram Judson, missionário e tradutor da Bíblia na Birmânia (hoje Myanmar); Luther Rice, missionário na Índia; e Jonas King, missionário na Palestina e, depois, na Grécia. Pelo menos quarenta estudantes convertidos na Universidade de Rochester, no estado de Nova York, tornaram-se pastores e missionários. Entre as dezenas de sociedades missionárias surgidas como resultado do Segundo Grande Avivamento está a histórica Sociedade Bíblica Americana (1816). No avivamento ocorrido na Universidade de Yale, no Connecticut, em 1831, o jornalista Horace Bushnell (1802-1876) teve uma profunda experiência de conversão e, aos 29 anos, trocou o curso de direito pela teologia, tornando-se um pastor congregacional e teólogo notável.

O avivamento é um tempo propício para conversões. Segundo Bruce Shelley, em 3 anos (1740- 1742), o Primeiro Grande Avivamento acrescentou cerca de 50 mil membros só às igrejas da Nova Inglaterra. Entre 1750 e 1760 formaram-se 150 novas comunidades eclesiásticas, sem falar na contínua proliferação dos batistas.3 Williston Walker, da Universidade de Yale, acrescenta que, por intermédio dos reavivamentos, das organizações missionárias e das sociedades voluntárias, denominações outrora sem grande expressão vieram a se destacar. Os metodistas, de 15 mil membros em 1784, passaram a mais de 1 milhão em menos de 70 anos. Na primeira metade do século 19, os batistas aumentaram oito vezes. Só em Rochester, no estado de Nova York, 100 mil pessoas tornaram-se membros de alguma igreja.4 Naturalmente nem todas as conversões são autênticas e o número diminui com o tempo. Enquanto em alguns lugares o índice de permanência era de 80%, em outros baixava para 30%.

O avivamento faz coisas surpreendentes. Ele altera, sem previsão, o rumo de pessoas, igrejas e países! Mark A. Noll, professor de pensamento cristão em Wheaton, em seu livro "The Old Religion in a New World" (2002), escreve que "o reavivamento promovido por protestantes evangelicais não foi apenas a ação mais importante da vida religiosa americana, mas também, depois dos eventos que formaram a nova nação, o acontecimento público mais importante que qualquer outro".5

Notas
1. "História do Cristianismo ao Alcance de Todos", p. 436.
2. "Religions Encyclopaedia", v. 4, p. 2378.
3. "História do Cristianismo ao Alcance de Todos", p. 389.
4. "História da Igreja Cristã", v. 2, p. 273.
5. "The Old Religion in a New World", p. 95.



Fonte: ultimato

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

FAMÍLIA DE CLOE – FOFOQUEIROS OU ZELOSOS?


"Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloe que há contendas entre vós." 1. Coríntios 1: 11 (o grifo é meu)

Uma das peculiaridades do Apóstolo Paulo, sempre foi distinguir, quando falava em nome do Senhor ou em seu próprio nome.

Em algumas situações Paulo dizia: “O Senhor”, mas em outras: ” não o Senhor, mas eu mesmo digo”.

É interessante destacar isso, em tempos, quando as pessoas, no afã de corroborarem e agregarem credibilidade às suas próprias palavras, atribuem tudo ao Senhor e à revelações.

No caso que aqui menciono, chama a minha atenção, a participação de um grupo de irmãos pertencente a uma família, que não é citada em nenhuma outra situação, a não ser nesta, a família de Cloe.

Neste capítulo, Paulo reconhece as qualidades e o caráter espiritual da Igreja de Corinto, e louva ao Senhor por elas, senão vejamos:

"Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo. Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento. Como foi mesmo o testemunho de Cristo confirmado entre vós. De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, O qual vos confirmará também até ao fim, {para serdes} irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor." 1 Coríntios 1: 3-9

Mais à frente, o Apóstolo passa a ter uma tratativa corretiva nessa mesma Igreja, porém, foi muito claro quando diz que fora comunicado pelos da família de Cloe, acerca das dissensões existentes, motivadas pelo partidarismo que havia tomado conta da Igreja.

"Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloe que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolos, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo? Dou graças a Deus, porque a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e a Gaio. Para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome. E batizei também a família de Estéfanas; além destes, não sei se batizei algum outro." 1 Coríntios 1: 11-16 (o grifo é meu)

Por certo os membros dessa família, tiveram muito zelo, e tomaram a iniciativa de comunicar ao Apóstolo Paulo, quando pressentiram que aquela politicagem não agradava a Deus e era um fermento nefasto no meio da Igreja do Senhor.

É necessário que alguém tome a iniciativa, de maneira certa, para alertar que há veneno na panela, e mais do que isso, clamar a quem tem farinha para tirar esse veneno, assim como aconteceu com Elizaeu e os filhos dos profetas, quando um deles por inexperiência colocou parras venenosas na sopa. II Reis 4: 38-41

Quem sabe se isso acontecesse em nosso meio nos dias de hoje, os membros da família de Cloe, seriam logo chamados de "os fofoqueiros da Igreja", porém, muito pelo contrário, Paulo entendeu que eles zelavam pela saúde espiritual da Igreja, e tanto é assim, que não teve qualquer receio em declarar que havia sido comunicado por eles, acerca de tal anomalia espiritual que estavam vivendo, e para tanto aplicou-lhes o remédio da Palavra, a única fonte de cura para os problemas que surgem no seio da Igreja.

Que o Senhor nos dê da sua graça, para colaborarmos, alertando e denunciando o pecado, e tudo que é prejudicial ao Reino de Deus.

Soli Deo Glória

Vosso conservo,

Pr. Carlos Roberto Silva

Em tempo:

Segundo Richard R. Losch - Todos os personagens da Bíblia de A a Z, Cloe tratava-se de uma mulher, por certo de grande importância e conhecimento da Igreja de Conrinto, tanto que sua família fora identificada por seu nome e não do marido.

BLOG POINT RHEMA

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ECUMENISMO, CAMINHO QUE CONDUZ AO INFERNO



Por Prof. Deli Rodrigues do Prado

"E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele" (Apocalipse 12:9).

Ecumenismo é mais um golpe hábil, que Satanás procura dar na humanidade, UNIR todas as religiões sob o comando do anticristo, e colocar multidões no inferno. Satanás debilitou as nações, fez estremecer a terra, fez tremer os reinos.

"Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão; e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra, e que fazia tremer os reinos?" (Isaías 14:16). Leia 14:11-15; 2ª Tessalonicenses 2:4-8.

E agora, Satanás busca unir o seu sistema religioso idólatra com a Igreja de Jesus Cristo. Isto jamais ocorrerá.

QUANDO FORES CONVIDADO:

"(14) Não vos prendais a jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? (15) E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? (16) E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo." (2ª Coríntios 6:14-16). Leia Isaías 55:7-8; Apocalipse 14:6-7.

UMA IGREJA MUNDIAL:

Satanás conseguirá, unir-se-ão ao seu sistema idólatra as igrejas apóstatas e destituídas de visão celestial, como já começou. Um cristianismo falso tornar-se-á o principal instrumento do anticristo, e Satanás conseguirá formar uma igreja mundial. Esse cristianismo falso sob o controle do anticristo, com a boca falará de Jesus Cristo, mas cujo senhor será o falso cristo.

Unir ao ecumenismo é unir com a religião das Cruzadas, da intolerância religiosa, da idolatria, da inquisição, das abominações, da mentira, das trevas, enfim; do diabo, do inferno.

A GRANDE BABILÔNIA:

Satanás sempre teve a sua igreja (Apocalipse, capítulos 17 e 18).

Prostituição corresponde à adoração dos ídolos, às orações e louvores a eles dirigidas.

Embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. "O derramamento de sangue da inquisição foi o quadro mais INFAME e BRUTAL de toda história universal".

Os governos são chamados de reis. Essa igreja exerce autoridade sobre eles.

O diabo, o anticristo, a besta instrumento de atuação do diabo e cabeça dessa igreja,

"...a mãe das Prostituições e abominações da terra." (Apocalipse 17:5).
"Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição." (Apocalipse 18:3).

A RECOMENDAÇÃO BÍBLICA É:

"Sai dela povo meu para que não sejas participantes dos seus pecados, e não incorras nas suas pregas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela. Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela em dobro." (Apocalipse 18:4-6). Leia 14:8-11; 18:20; 19:2 e 20.

Jesus, o Rei dos reis está voltando. Amém.

Fonte: Solascripturatt

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

NOVO SELO


Este é o "Prêmio Dardos" que dá a cada blogueiro o reconhecimento de seu valor, esforço, ajuda, transmissão de conhecimento, todos os dias.

Regras:1. Você terá que aceitar o award e colocar em seu blog, juntamente com o nome da pessoa que lhe deu o prêmio e o link do seu blog.

Eu recebi este selo do Leonardo Macambira do blog Marcas de Cristo qual agradeço o carinho.

2. Você terá que oferecer o prêmio para 10 blogs que são merecedores deste prêmio. E não se esqueça de avisá-los sobre a indicação.

É uma pena ter que indicar somente dez, há muitos outros em minha lista. Você que ficou de fora receba o selo no coração.

2- Danilo do Genizah
3- Ruy do Bereianos
4- Renato do blog RENATO VARGENS
5- Joelson do Graça Plena
6- Vera do blog Uma estrangeira no mundo
7- Márcio do Blog Márcio de Souza
8- Márcia Gizella do blog Não Abro Mão da Graça
9- Daniel do Soli Deo Gloria
10- Marcelo e Eunice do Caminhando na Graça de Graça
Vocês são uma bênção em minha vida.

sábado, 3 de outubro de 2009

10 motivos bíblicos para não ser Católico Apostólico Romano


O Catolicismo Romano afirma ser o único representante na terra da fé Cristã. Ensinam que fora da igreja Católica Romana não há salvação. Quando o papa Bento 16 veio ao Brasil em 2007, disse em seu discurso que os Católicos devem ser mais práticos em sua fé, com o objetivo de deter o avanço das seitas (ele considera como seita, todo seguimento cristão que não tem vínculo com a igreja Católica) na América do Sul.

Será a seita Romana a verdadeira representante de Cristo na terra? Será que salvação em Cristo só no Catolicismo Romano? Estará certo o papa Bento 16, ao chamar de seita qualquer outro seguimento Cristão que não esteja ligado ao Catolicismo. Iremos responder a estas e outras indagações neste estudo.

DEZ RAZÕES BÍBLICAS PORQUE NÃO SOU CATÓLICO APÓSTOLICO ROMANO.

I – A igreja de Cristo não nasceu em Roma, mas em Jerusalém.

a. O catolicismo romano nasceu somente em 325 d.C. com o concílio de Nicéia, promovido por Constantino, imperador de Roma. Ela recebeu esse nome em 381 com o imperador Teodósio.
b. A bíblia revela que o início da igreja cristã foi trezentos anos antes em Jerusalém, e não em Roma. Lc. 24: 47-49; At.1:4, 8, 12-14; 2: 1-5, 37-47.

II – A autoridade da bíblia está acima da autoridade de qualquer igreja.

a. A igreja católica em 1546 colocou a tradição da igreja em pé de igualdade com as escrituras. Isto significa que só a igreja romana determina o que é verdade e o que não é na bíblia.

Exemplo: No século IV a igreja romana estabeleceu as orações pelos mortos e sinal –da- cruz feito no ar. No ano de 1100 d.C. introduz na igreja o culto dos anjos.

b. Mt.15:3; Mc.7:13; II Tm.3:16. A bíblia tem autoridade suprema e não a igreja. Devemos aceitar a verdade da palavra de Deus e não uma interpretação particular de uma entidade. I Co.4:6; Ap.22:18

III - A história da igreja e acima de tudo a bíblia nos ensina que só devemos aceitar 66 livros da escritura como inspirado por Deus e não 73.

a. Os 7 livros a mais na bíblia católica foram acrescentados em 8 de Abril de 1546 no Concilio de trento (1545-1563). São estes os livros: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, A epístola de Jeremias, 1 e 2 Macabeus e acréscimos feitos a Ester e a Daniel.

b. Wayne Grudem alista 4 fatos que comprovam que você não deve recebê-los com Palavra de Deus.

b.1. Eles não atribuem a si a inspiração divina; b.2. Não foram considerados como palavra de Deus pelo povo judeu; b.3. Não foram considerados como escritura por Jesus nem pelos escritores do novo testamento; b.4. Contêm ensinos incoerentes com o restante da bíblia.

Exemplos: Baruc diz que Deus ouve as orações dos mortos (3.4); II Macabeus pede desculpas por seus erros, 15:36-39.

IV – Seguir o Catolicismo é praticar espiritismo, que é condenado por Deus.

a. A partir do momento que os sacerdotes católicos ensinam os seus seguidores a intercederem a Maria, João, José, Pedro ou a qualquer outro que está morto. Ensinam praticas espíritas que é consultar os mortos.

b. Deus condena veementemente consultar os mortos, Dt.18:9-14; Is.8:19-22.

V – A idolatria é um grande pecado diante de Deus.

a. O 3° catecismo-p. 75 da igreja católica ensinam que se deve prestar honra e veneração às imagens de escultura.

b. A imagem de escultura que é o mesmo que ídolo é condenado expressamente por Deus, Ex.20:4; Dt.7:25-26; Hc.2:18-19; Os.4:12; Mt. 4:10.

VI – O batismo é uma confirmação de fé e não um meio de Salvação.

a. A igreja católica ensina que o batismo infantil deve ser realizado como meio de salvação. Acredita-se que se a criança morrer sem se batizar, irá para o limbo e ficará numa sombra eterna sendo considerada pagã.

b. Segundo a bíblia o batismo trata de um ato de obediência que expressa fé do batizando em Cristo. Uma criança não tem entendimento suficiente para obedecer e expressar sua fé em cristo. Aliás, o próprio salvador foi batizado aos 30 anos de idade, Lc.3:21-23; Mc.16:15,16.

VII – A palavra de Deus me ensina que só Jesus não cometeu pecado algum.

a.Hb.9:28.1. O ensino católico diz que Maria a mãe de Jesus foi uma mulher que não cometeu pecado algum.

b. Em Lc. 6:46-47 A própria Maria declarou-se pecadora como qualquer outra pessoa. Em Lc.2:22-24, ela mesma se incluiu no sacrifício de um par de rolas pelo seu pecado.

VIII – Jesus é o único intercessor entre Deus e os homens.

a.I Tm.2:51. A igreja católica coloca Maria e muitos outros como intercessores entre Deus e os homens.2. O próprio Jesus nos ensinou que Devemos pedir ao Pai em Seu Nome, Jo. 15:16; 16:23, 34.

IX – Cristo é o único e grande fundamento da igreja.

a. A história revela que o papado foi instituído com fins políticos. O primeiro papa foi Leão I (440-461d.C.) e não Pedro. O título de papa não existe na bíblia, Ef. 4:11.2. Usa-se Mt. 16:16-19 para afirmar-se que Pedro foi o primeiro papa. O termo usado por Jesus para Pedro é pedra. Contudo a palavra no grego é “petrós”. Jesus empregou-a com o sentido de “pedrinha”. Já para a palavra pedra, da frase “sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. Jesus usou o termo grego “petras” para designar rocha (grande pedra). A bíblia ensina que Pedro não passa de uma pequena parte da edificação. Ele mesmo escreveu que Jesus é a pedra de esquina, I Pe.2:4-10.

X – Salvação Eterna só em Cristo Jesus.

a. Para o catolicismo, as boas obras ajudam na salvação.

b. Tal crença despreza o grande amor de Deus. Somos salvos pela graça e não por méritos pessoais. A bíblia nos dá grandes respostas sobre a doutrina da salvação:

b.1. A salvação só vem de Deus, Is.12:2; 25:19; I Tm.4:10; b.2. Salvação só por meio de Cristo. Jo.10:9; At.4:12; Rm.5:1,9; I Ts.5:9; b.3. A salvação é um dom imerecido de Deus, Jo.3:16; Ef.2:8, 9.

“Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade”. II Cor. 13:8

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amor exilado


Por Fernando Savaglia

Descrita pelo psiquiatra a Síndrome da Alienação Parental é um dos mais nocivos processos que uma criança pode sofrer Richard Gardner em 1985, a Síndrome da Alienação Parental é um dos mais nocivos processos que uma criança pode sofrer em seu desenvolvimento psíquico e afetivo

A partir de sua grande experiência clínica com crianças, a psicanalista Françoise Dolto produziu extenso trabalho que traduziu em palavras toda a angústia de um filho atingido pela experiência da separação e a falta de comunicação entre pais em litígio. Em seu famoso livro Quando os pais se separam, a francesa, uma das fundadoras da Escola Freudiana de Paris, explicita, de maneira clara e veemente, os dolorosos malefícios causados pela desqualificação promovida por um dos genitores em relação ao outro na formação psíquica e afetiva da criança.

Em 1985, o psiquiatra norte-americano Richard Gardner descreveu e batizou de Síndrome da Alienação Parental (SAP) o processo pelo qual esta desqualificação é levada aos extremos, buscando alienar totalmente um dos genitores da vida da criança. Segundo o psiquiatra, ao promover uma programação sistemática, o alienador teria como objetivo o afastamento e o desencadeamento de afetos negativos do filho para com o outro genitor.

Nos últimos anos, porém, vários debates que dizem respeito às situações descritas por Gardner vêm brotando, principalmente entre psicoterapeutas e no meio jurídico brasileiro, trazendo à tona os efeitos da SAP. Para muitos alienados, a discussão representa um alento, nesta que pode ser descrita como uma das mais dolorosas experiências afetivas que um ser humano pode experimentar: o impedimento (respaldado pela justiça) de qualquer contato com os filhos.

"Debates que dizem respeito à sap vêm brotando entre psicoterapeutas e no meio jurídico brasileiro"

Infelizmente, os expedientes colocados em prática por alienadores para conseguir seus intentos extrapolam qualquer limite do bom-senso e são lançados em detrimento das comprovadas consequências nocivas para as crianças, como atesta a jornalista Karla Mendes, vítima da alienação. "Meu pai e minha mãe se separaram quando eu tinha 2 anos de idade e cresci ouvindo-a falar coisas horrorosas a respeito dele: que havia nos abandonado e que, inclusive, tentava agredi-la fisicamente. Passei toda a infância e adolescência vivendo uma farsa".

A jornalista explica que só foi retomar o contato com o pai e tomar consciência do processo da alienação quando saiu da casa da mãe, aos 19 anos. "Descobri que todas as histórias que ela havia me contado sobre ele e sua família nunca existiram. É muito doloroso saber que você foi obrigada a odiar uma pessoa e se sentir a filha de um 'monstro'. Eu sofria muito, inclusive por acreditar que herdaria geneticamente coisas dele". Karla explica que durante anos foi torturada terrivelmente pelos seus próprios questionamentos sobre a ausência do pai. "Sentia muita raiva, queria saber o porquê de ter nascido filha de uma pessoa como aquela. Tentava entender o que eu havia feito para ele fazer isso comigo. Era um sentimento muito conflituoso, pois, ao mesmo tempo em que queria um afastamento total, sentia um vazio de não ter um pai de verdade."

PARA SEMPRE

Especialista na questão da SAP, a psicanalista e mediadora forense Tamara Dias Brockhausen explica que a síndrome deixa marcas por toda a vida afetiva do indivíduo. "Atendo casos de crianças em que os pais estão em litígio. Às vezes, elas parecem absolutamente normais, mas por dentro estão devastadas. O saudável na infância é que se conviva com os dois genitores, até para ter dois modelos e duas referências."

A psicóloga Denise Maria Perissini, que há muitos anos também estuda o assunto, aponta ainda outro aspecto prejudicial que observa constantemente no seu consultório. "Percebo que as pessoas que passaram por esse processo na infância não conseguem desenvolver vínculos afetivos duradouros. Isso porque, geralmente, possuem uma tendência a desenvolver uma grande intolerância às frustrações". Estudos indicam que indivíduos que sofreram da Síndrome da Alienação Parental podem ser mais propensos à depressão, suicídio, envolvimento com drogas e violência.

ATENÇÃO GLOBAL

O site internacional PAS Kids (Síndrome da Alienação Parental Infantil, em tradução livre) traz artigos detalhados sobre os tipos de alienadores. O obsessivo, por exemplo, é considerado o mais perigoso, e pode chegar a fantasiar sérias situações, como abuso sexual, agressão física e moral, não se importando com a saúde mental da criança envolvida. Além disso, o site traz uma detalhada lista de comportamentos de risco de um alienador como, por exemplo, o abuso de álcool e atitudes violentas perto da criança. O site também alerta para os sinais vindos da criança, como atraso para voltar do encontro com o genitor, a recusa em querer se encontrar com algum dos pais, entre outros. Visite http://www.paskids.com. Todo conteúdo está em inglês.


Ainda que tenha retomado seu relacionamento com o pai, Karla Mendes revela: "sempre fica um buraco muito grande. Penso naquele sofrimento todo e como tudo poderia ter sido diferente. A sensação de ter sido rejeitada é muito dolorosa. Ainda mais sabendo que, na realidade, isto nunca aconteceu".

No Brasil, assim como na maioria dos países, no caso de uma separação, uma esmagadora maioria de decisões judiciais determina a genitora como a guardiã do filho, o que explica no caso da SAP, a quantidade de casos relatados, nos quais a mãe se transforma no agente alienador. Porém, não são raros os casos de pais, tios, tias, avós ou padrastos, assumindo consciente ou inconscientemente o papel de alienador. "Existe também a reação passiva da alienação.

Alguns familiares percebem as atitudes insensatas do alienador, mas têm medo de interferir, porque temem virar alvo de sua ira", acrescenta Denise Perissini. "A alienação parental é um recurso que o indivíduo utiliza para induzir a criança a mudar a percepção dela em relação ao seu genitor. Porém, podemos dizer que este recurso só atinge o objetivo quando a criança passa a contribuir para agravar a situação e aí sim, se caracteriza a síndrome, que vem acompanhada de um conjunto de sintomas, entre eles as mudanças de afetos e a capacidade de exprimir emoções falsas", ressalta.

As razões que levam alguém a se colocar como alienador são inúmeras, entre elas, inconformismo em relação à separação e/ou pelo sucesso do ex-cônjuge em reconstruir uma nova relação, não concordar com os termos de divisão de bens ou da guarda, ciúmes, vingança ou mesmo sofrer de psicopatologias.

O ALIENADOR

Muitos casos de alienação seguem um padrão recorrente, como observa Denise Perissini. "Na etapa inicial da SAP a criança ainda gosta do genitor alienado e sente vontade de conviver com ele e com sua família, mas já começa a absorver as mensagens pejorativas que o genitor alienante emite". O nível intermediário, de acordo com a observação da psicoterapeuta, seria aquele em que a criança ainda tem um laço afetivo com o genitor, porém ao absorver os sentimentos do outro, acaba desenvolvendo uma ambivalência em relação aos afetos. "Ela começa a evitar o contato com genitor alienado. A criança já não faz questão de ficar com ele e passa a arrumar compromissos para fugir dos encontros".

Na etapa mais avançada e grave, a criança acaba desenvolvendo aversão a ele. Este doloroso processo vem sendo vivenciado pelo professor O.M., que há 18 meses não tem contato com a filha. "Eu e minha mulher nos divorciamos depois de quase duas décadas de casamento. Na época, nossa menina tinha 8 anos de idade. Ao assinar os documentos da separação, fiquei preocupado com uma das cláusulas do acordo que indicava que eu teria direito às visitas somente a cada 15 dias".

De acordo com o relato do professor, sua ex-mulher o tranquilizou garantindo que aquilo era puramente pro forma e que, sabendo de sua ligação com a menina, nunca o impediria de ver a criança a hora que fosse. O.M. acredita, no entanto, que o fato de ter começado um novo relacionamento após a separação, do qual a ex-esposa tomou conhecimento, pode ter influído no que estava por acontecer. "Sempre buscava minha filha na escola e almoçava com ela. Um dia minha ex-mulher pediu que devolvesse as chaves da casa e começou a exigir que eu tocasse a campainha quando fosse lá".

Aos poucos começou a sentir uma mudança no comportamento da filha também. "Uma vez fui passear com ela e minha ex-esposa exigiu que ela estivesse acompanhada da avó materna. Tentei dar a mão para ela, que se agarrou em minha ex-sogra. Pouco tempo depois desse acontecimento minha filha não queria mais sair comigo. As visitas se restringiam ao portão da casa". O professor explica que todas as formas de comunicação com a filha foram ficando cada vez mais difíceis. "Primeiro ela começou a não responder mais minhas perguntas e, depois, eu não conseguia ter nem mais contato telefônico com ela. Um dia, convidei-a para irmos até uma lanchonete e ela disse que não podia.

A partir daí percebi que algo realmente sério estava acontecendo, pois ela não falava mais 'não quero', e sim 'não posso'". Após insistir no seu direito de ter contatos com a criança, O.M. foi surpreendido com uma grave acusação. "Um dia liguei e me avisaram que eu só poderia falar com minha filha ou minha ex-mulher por meio de advogados. Tentei fazer valer pelo menos o que estava escrito no papel da separação, que me dava direito de visitá-la a cada 15 dias. O advogado dela disse que era melhor eu não vê-la porque existia uma acusação de abuso sexual contra mim". Aturdido, O.M. soube que sua ex-mulher fez um boletim de ocorrência dizendo que ele abusava sexualmente da criança desde os 2 anos de idade. "Recebi um documento nãode destituição de poder familiar, visando a me eliminar legalmente como pai da minha filha. Além do boletim de ocorrência, havia uma acusação de abuso na Vara da Família. Fiquei completamente perplexo."

GRITOS NO SILÊNCIO

Não é raro acontecerem em casos de Síndrome de Alienação Parental falsas acusações de agressão física ou mesmo abuso sexual do alienado para com as crianças. A gravidade de tais denúncias, se comprovadas suas falsidades, revelam a que estaria disposto um alienador mesmo sabendo do risco que envolve a saúde mental da criança.

A advogada Sandra Vilela explica que, no Brasil, não existem estatísticas oficiais de quantas acusações de abuso sexual contra crianças são falsas nos casos de litígio familiar, mas revela um fato preocupante: "recentemente o fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, registrou tantas denúncias nesses moldes vinculadas a processos de separação que as autoridades pediram que o Tribunal de Justiça indicasse um psicólogo para dar uma palestra sobre a SAP".

A psicoterapeuta Andréia Calçada, apontada como uma das maiores autoridades do País no que se refere a avaliações de acusações de abuso sexual contra crianças, revela como deveria ser feito o laudo que vai orientar a justiça na ponderação de cada caso: "é preciso avaliar todos os aspectos que cercam o suposto abuso. É importante colhermos dados de como, quando e onde surgiu a acusação, se existe em torno dessa denúncia brigas por guarda, visitação, por bens. É necessário avaliar, também, o histórico do relacionamento do casal e da família, como a criança se inseria dentro deste contexto e como ficou o relacionamento do casal após a separação".

Um erro apontado pela psicóloga é justamente o de não colher estes dados e focar apenas no relato da criança. "Muitas vezes os profissionais que fazem esta avaliação utilizam abordagens muito direcionadas apenas às crianças. São perguntas muito fechadas, às quais a criança acaba respondendo aquilo a que foi induzida a responder". Autora de dois livros sobre o tema, Falsas Acusações de Abuso Sexual O Outro lado da História e Falsas Acusações de Abuso Sexual e a Implantação de Falsas Memórias, a psicóloga destaca um dado importante sobre o colhimento do depoimento de uma criança que está sendo vítima da SAP: "quando existe uma acusação de abuso, o relato da criança sobre o que aconteceu tende a ficar repetitivo. Ao repetir a história para delegado, psicólogo e outros profissionais, começa automaticamente a gerar falsas memórias e ela mesma passa a acreditar naquilo".

A advogada e psicóloga Alexandra Ulmann vem tendo atuação destacada em casos de litígios familiares que envolvem a SAP no Rio de Janeiro. Há algum tempo, conseguiu desacreditar uma avaliação de um psicólogo num suposto caso de abuso sexual de um pai contra seu filho.

O caso citado exemplifica como algumas variáveis - entre elas a sobrecarga que afeta o sistema judiciário brasileiro e o despreparo de alguns dos profissionais envolvidos nas avaliações - podem beneficiar uma das partes em litígio, em detrimento do bem-estar da criança. "Percebi que o laudo falava algo que não batia com a realidade dos sintomas apresentados e, ainda assim, concluía que havia indícios de abuso sexual. A juíza não percebeu a incoerência, pois não tendo tempo hábil para ler o laudo inteiro, só leu a conclusão". Após apontar as contradições do documento, a advogada conseguiu que a juíza reconsiderasse a sentença. "Posteriormente, a própria mãe confessou que chegou até a falsificar um desenho da criança. Já o psicólogo se justificou dizendo que acabou se enganando na hora de imprimir o documento, anexando a descrição de um caso à conclusão de outro."

"A aceitação da existência da SAP é algo que a sociedade brasileira está vivenciando com 20 anos de atraso"

Para a psicanalista Tamara Dias Brockhausen, alguns psicólogos concursados nem sempre reúnem condições técnicas para trabalhar em casos tão delicados: "muitos não têm a especialidade clínica que permite um diferencial, uma firmeza e mais acuidade na avaliação".

Em relação à conduta dos advogados, Alexandra Ulmann observa: "quando alguns alienadores percebem que vão perder a causa, chegam ao extremo de fazer estas acusações de abuso sexual e o instrumento para se fazer isso é o advogado. Portanto, temos de tomar cuidado para sermos um instrumento do bem e não do mal. Temos de ter consciência de que estamos ali não para ganhar a causa, mas para contribuir da melhor forma para solucionar um problema da criança".

De acordo com sua experiência, Andréia Calçada observa que, em muitos casos, nem o fato de muitos alienadores estarem cientes de como isso pode afetar a estrutura psíquica da criança altera sua determinação em sustentar a farsa. "Verdade que alguns não têm consciência das terríveis consequências, mas observo que em muitos casos o desejo de vingança pesa mais do que o bem-estar do filho".

A LEI

A psicanalista Tamara Dias Brockhausen ressalta que a aceitação da existência da Síndrome da Alienação Parental é algo que a sociedade brasileira está vivenciando com 20 anos de atraso em relação a outros países, como os Estados Unidos. "Percebo que mesmo dentro do meio jurídico ainda há discussão se a síndrome existe ou não. Como mediadora, digo que praticamente todos os casos que avaliei tinham alienação. A alienação tem a ver com o litígio. A questão é que isso pode caminhar para algo muito patológico."

Raiz do termo

Alan Richard Gardner foi um professor de psiquiatria clínica na Divisão de Psiquiatria Infantil da Universidade da Columbia de 1963. Foi ele que cunhou o termo Síndrome de Alienação Parental (SAP), em 1985. Publicou mais de 40 livros e 250 artigos. Gardner testemunhou como perito em muitos casos de detenção nos EUA e foi defensor de pais na batalha prisional, especialmente os acusados de abuso infantil. Em um de seus livros, fala sobre as etapas da alienação - leve, moderada, grave - e sobre o impacto destrutivo sofrido por uma criança alienada. Descreve também os três tipos de alienadores: o ingênuo, o ativo e o obcecado.


A psicoterapeuta acredita que a aprovação da lei que regulamenta a guarda compartilhada, em maio de 2008, tende a chamar mais a atenção da sociedade para a SAP. Observa, ainda, que o fato de nas últimas décadas a relação do homem com os filhos ter se estreitado, também vai contribuir para um novo olhar sobre a questão. "Hoje existe muito mais envolvimento, a ponto de surgirem movimentos políticos de pais ativos, que lutam para terem contato com os filhos, para não serem impedidos de vê-los, para que as visitas sejam estendidas e para não serem relegados a simples pais provedores."

Se muitos advogados e psicólogos ainda têm um conhecimento superficial, ou nulo, sobre a SAP, pode-se dizer que o mesmo ocorre com o Poder Judiciário. Sobre isso, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Caetano Lagrasta Neto afirma: "em muitos casos, o Judiciário tem servido como esteio do alienador. Lá, o alienador é amparado na sua doença, na perseguição ao outro e no estragar a vida da criança". Para o desembargador, bastaria uma maior acuidade na apreciação de cada caso para que muitas injustiças fossem evitadas: "o que os juízes precisam fazer é aplicar a Constituição. Existe uma diferença entre se aplicar o princípio constitucional e a lei. O juiz geralmente é extremamente formal e conservador e dificilmente temos decisões que ultrapassem aquilo que a lei determina".

Tamara Brockhausen complementa: "já vi alienações serem desinstaladas imediatamente pelo simples fato de o juiz perceber o jogo do alienador e mostrar que as punições acontecerão em caso de não haver mudanças de comportamento do guardião".

Para o desembargador Lagrasta, o desconhecimento da matéria é um complicador muito grande no trabalho de quem está julgando casos litigiosos que envolvem a guarda de crianças. "Infelizmente, ainda não há um estudo específico sobre o tema; o que existe é um esforço individual no que se refere às informações sobre a SAP. Nos julgamentos que faço, sempre levo em consideração sua existência. Seria muito importante existir uma especialização sobre o tópico."

"Existe uma diferença entre se aplicar o princípio constitucional e a lei. O juiz geralmente é extremamente formal"

O projeto de Lei 4053/2008, do deputado Regis de Oliveira e idealizado pelo Juiz do Trabalho Elizio Luiz Perez, que foi aprovado por unanimidade em Julho deste ano na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, diz respeito especificamente à Síndrome de Alienação Parental e determina que, entre outras medidas referentes ao tema, todo psicólogo designado para avaliações precisa comprovar ser conhecedor da existência da Síndrome. Outro ponto do texto diz respeito especificamente a uma das maiores queixas dos genitores alienados: a impunidade de quem comete a alienação.

De acordo com o projeto, as punições passariam a ser imputadas de forma expressa para o caso da desobediência das ordens judiciais cometidas pelos alienadores. "No texto, tomamos muito cuidado para demonstrar que qualquer atitude que faça que a criança seja afastada de um dos genitores merece ser punida, independentemente se a chamamos de síndrome ou não", explica a advogada Sandra Vilela, uma das redatoras do projeto. "Para mim, esse artigo que declara espécies de punição ao alienador é o mais importante", observa o desembargador, que compartilha com a advogada Sandra Vilela da opinião que, com ou sem lei, a punição pode ser aplicada a qualquer momento pelo juiz, quando percebe uma conduta alienante.

Fonte: amigos do freud

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Obra que representa Hitler no colo de santa católica causa polêmica na Itália


VENEZA – Uma obra de arte que retrata o ditador nazista Adolf Hitler criança com o uniforme militar no colo de uma santa católica, no estilo das pinturas do artista renascentista Rafael, está gerando polêmica na cidade de Verona, no norte da Itália, onde foi exposta.

A pintura é do artista italiano Giuseppe Veneziano e foi apresentada em uma galeria durante o evento ArtVerona, uma feira que apresenta obras de arte modernas e contemporâneas, gerando críticas das comunidades judaica e católica, que as julga como uma provocação e dizem que é um trabalho que só merece “o desinteresse e o silêncio”.

O rabino de Verona, Crescenzo Piattelli, disse ao jornal Corriere del Veneto, que esta “é uma obra blasfematória e ofende profundamente os cristãos, e também os judeus, visto como a imagem de Hitler é retratada”.

O prefeito da cidade, Flavio Tosi, disse, por sua vez, que “naquele quadro não existe nada de artístico e de bonito. Se dependesse de mim, eu mandaria cobrir a pintura”.

“Desta forma o autor conseguiu obter o resultado que ele queria, buscando, de forma provocatória, a divulgação de seu trabalho através da ofensa à religião cristã. Quem organizou a manifestação, a feira de Verona, não deveria ter permitido tal exposição”, declarou Tosi.

O prefeito acredita ainda que a escolha de mostrar a obra “se deve a uma falta de controle preventivo ou a um grande erro” e explicou que “a prefeitura só patrocinou o evento como todos os outros que acontecem no espaço de exposição e não tem nenhuma possibilidade de fazer uma triagem” antes.

Por sua parte, Giuseppe Veneziano explicou que este é um trabalho que nasce da crise religiosa que caracteriza a época atual, defendendo que “destaca o fato de que Hitler também era filho de Deus e que o monstro existe de forma potencial em todos nós”.
Fonte: ANSA/UOL/O Verbo
Pitaco da Meire: Considerando que a ICAR apoiou o ditador nazista Adolf Hitler, e foi uma verdadeira mãe para o nazismo, o quadro deixa de ser ofensa aos cristãos. Que esse quadro funesto deixe a lição de que religião alguma pode apoiar atrocidades como as causadas pelo regime nazista.

Apesar de ter colaborado com o nazismo e de não desistir da canonização de Pio XII – o Papa de Hitler –, o actual pontífice procura atribuir ao ateísmo a vocação totalitária que é a sua. Nem lhe ocorre que o Vaticano é filho de Mussolini, que este déspota tornou o ensino da religião católica obrigatório nas escolas do Estado fascista de Itália, de acordo com a Concordata e a vontade de Pio XI que descreveu Il Duce como «um homem enviado pela Providência», um biltre que usou gás venenoso na Abissínia sob o pretexto de que os seus habitantes persistiam na heresia do monofisismo, um dogma incorrecto da Encarnação condenado pelo Concílio de Calcédon… em 451.

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