Sua esposa já te amaldiçoou? Eu espero que não, mas caso isso aconteça, Jesus nos deu a seguinte instrução: “Amai vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam” (Lc 6:27,28). Essa abordagem diante de um abuso verbal é tão anti-intuitiva que parece incrível! Nós estamos tão acostumados a “devolver com a mesma moeda” que a possibilidade de “apagar o fogo” com palavras suaves não passa com muita frequência por nossa mente.
Muitos de nós têm se tornado tão hábeis em explorar o outro, que fica difícil ouvir as palavras de Jesus. Muitos acham que se tomarem as palavras de Jesus de forma literal acabarão por viver debaixo do domínio de suas esposas.
Creio que o oposto seja verdadeiro. Bondade não merecida tem um profundo poder de penetração no coração de nossas esposas. Não é esse o modus operandi de Deus? O apóstolo Paulo reconhece isso quando diz: “ignorando que a bondade de Deus é que te leva ao arrependimento” (Rm 2:4). Deus é o nosso modelo, e com a ajuda do Espírito nós conseguiremos responder com gentileza.
Um marido me disse que sua esposa tentou conversar com ele enquanto ele assistia a uma partida de futebol. Ele respondeu rispidamente: “A gente não pode conversar sobre isso depois? Eu quero assistir ao jogo!” Sua esposa saiu da sala e voltou 20 minutos depois, com um sanduíche, batatas fritas, um refrigerante e um biscoito. Ela colocou tudo isso na frente dele, deu um beijo em sua testa e disse: “te amo”! Depois, retirou-se da sala.
Aquele marido me disse: “eu fiquei constrangido. Não merecia aquele gesto de bondade. Quando acabei de lanchar sabia que tinha que me desculpar. Desliguei a televisão, fui até a sala onde ela estava lendo um livro e disse: “Desculpe-me por ter te tratado daquele jeito. Te tratei mal e você me fez um sanduíche e disse que me amava. Me perdoa por ter sido tão insensível?”. Ela virou-se para mim, dizendo: “É claro! Eu te perdôo”.
Ele disse que se ofereceu para falar com ela imediatamente, ao invés de esperar o jogo acabar. Sua resposta foi: “Eu posso esperar. Sei que você realmente quer assistir o jogo, e eu não estava pensando nisso quando lhe chamei para conversar. Quando acabar a gente se fala”.
Nem todos aprendem a aplicar os ensinamentos de Jesus no casamento. Estamos satisfeitos em deixar suas palavras nas Escrituras e jamais trazê-las para a vida. Contudo, aqueles que as transportam para sua vida logo percebem quão maravilhoso é abençoar uma pessoa que nos amaldiçoa. É um instrumento que fortalece a união conjugal.
Estamos acostumados a ler bastante sobre o “amor durão”, mas falhamos em praticar o “amor suave”. Não estou dizendo que não há espaço para o amor durão no casamento. Estou apenas dizendo que ele deve ser a última opção, o último recurso a ser usado. Quando você retribui o mal com o bem, a grosseria com a gentileza e ora com sinceridade pela esposa que lhe trata mal, você está desenvolvendo uma relação que fará o “amor durão” muito mais efetivo, quando ele for necessário.
Se não tem havido amor, gentileza, preocupação com o outro, então o amor durão levará a um divórcio. Sua esposa lançará sua própria culpa sobre você e lhe culpará pela ruptura do casamento. Se, por outro lado, você agir com bondade, cordialidade, a ofensa que foi causada na relação será prontamente substituída por gestos de amor e haverá mais valorização quanto à importância do outro em sua vida. A esposa que costuma errar bastante será mais propensa a se arrepender e buscar uma reconciliação.
Estou plenamente consciente de que sem ajuda divina nenhum de nós estará apto a colocar em prática os ensinos de Jesus. Nossa reação natural é de responder palavras duras com palavras duras e destrato com destrato. Contudo, essa atitude só nos leva a uma ruína em nossas relações. O apóstolo Paulo sumariou o ensino de Jesus com as seguintes palavras: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.” (Rm 12:21). Caminhando na via da “benção ao invés da maldição” conseguiremos desenvolver melhor nossas relações, aprendendo com as diferenças e trabalhando conjuntamente, como em uma equipe.
Gary D. Chapman, Ph.D., autor de “Agora você está falando minha linguagem” (Now You're Speaking My Language) (B&H Publishing), casado com Karolyn há 45 anos.
Copyright © 2008 por Christianity Today International
(Traduzido por Daniel Leite Guanaes)
Muitos de nós têm se tornado tão hábeis em explorar o outro, que fica difícil ouvir as palavras de Jesus. Muitos acham que se tomarem as palavras de Jesus de forma literal acabarão por viver debaixo do domínio de suas esposas.
Creio que o oposto seja verdadeiro. Bondade não merecida tem um profundo poder de penetração no coração de nossas esposas. Não é esse o modus operandi de Deus? O apóstolo Paulo reconhece isso quando diz: “ignorando que a bondade de Deus é que te leva ao arrependimento” (Rm 2:4). Deus é o nosso modelo, e com a ajuda do Espírito nós conseguiremos responder com gentileza.
Um marido me disse que sua esposa tentou conversar com ele enquanto ele assistia a uma partida de futebol. Ele respondeu rispidamente: “A gente não pode conversar sobre isso depois? Eu quero assistir ao jogo!” Sua esposa saiu da sala e voltou 20 minutos depois, com um sanduíche, batatas fritas, um refrigerante e um biscoito. Ela colocou tudo isso na frente dele, deu um beijo em sua testa e disse: “te amo”! Depois, retirou-se da sala.
Aquele marido me disse: “eu fiquei constrangido. Não merecia aquele gesto de bondade. Quando acabei de lanchar sabia que tinha que me desculpar. Desliguei a televisão, fui até a sala onde ela estava lendo um livro e disse: “Desculpe-me por ter te tratado daquele jeito. Te tratei mal e você me fez um sanduíche e disse que me amava. Me perdoa por ter sido tão insensível?”. Ela virou-se para mim, dizendo: “É claro! Eu te perdôo”.
Ele disse que se ofereceu para falar com ela imediatamente, ao invés de esperar o jogo acabar. Sua resposta foi: “Eu posso esperar. Sei que você realmente quer assistir o jogo, e eu não estava pensando nisso quando lhe chamei para conversar. Quando acabar a gente se fala”.
Nem todos aprendem a aplicar os ensinamentos de Jesus no casamento. Estamos satisfeitos em deixar suas palavras nas Escrituras e jamais trazê-las para a vida. Contudo, aqueles que as transportam para sua vida logo percebem quão maravilhoso é abençoar uma pessoa que nos amaldiçoa. É um instrumento que fortalece a união conjugal.
Estamos acostumados a ler bastante sobre o “amor durão”, mas falhamos em praticar o “amor suave”. Não estou dizendo que não há espaço para o amor durão no casamento. Estou apenas dizendo que ele deve ser a última opção, o último recurso a ser usado. Quando você retribui o mal com o bem, a grosseria com a gentileza e ora com sinceridade pela esposa que lhe trata mal, você está desenvolvendo uma relação que fará o “amor durão” muito mais efetivo, quando ele for necessário.
Se não tem havido amor, gentileza, preocupação com o outro, então o amor durão levará a um divórcio. Sua esposa lançará sua própria culpa sobre você e lhe culpará pela ruptura do casamento. Se, por outro lado, você agir com bondade, cordialidade, a ofensa que foi causada na relação será prontamente substituída por gestos de amor e haverá mais valorização quanto à importância do outro em sua vida. A esposa que costuma errar bastante será mais propensa a se arrepender e buscar uma reconciliação.
Estou plenamente consciente de que sem ajuda divina nenhum de nós estará apto a colocar em prática os ensinos de Jesus. Nossa reação natural é de responder palavras duras com palavras duras e destrato com destrato. Contudo, essa atitude só nos leva a uma ruína em nossas relações. O apóstolo Paulo sumariou o ensino de Jesus com as seguintes palavras: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.” (Rm 12:21). Caminhando na via da “benção ao invés da maldição” conseguiremos desenvolver melhor nossas relações, aprendendo com as diferenças e trabalhando conjuntamente, como em uma equipe.
Gary D. Chapman, Ph.D., autor de “Agora você está falando minha linguagem” (Now You're Speaking My Language) (B&H Publishing), casado com Karolyn há 45 anos.
Copyright © 2008 por Christianity Today International
(Traduzido por Daniel Leite Guanaes)
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